É interessante perceber que a condição de pleno emprego está muito bem definida em algumas localidades brasileiras.
Desde o mês de dezembro passado ouvimos falar uma expressão completamente nova para a realidade brasileira: o pleno emprego. É que em novembro de 2010, o nível de desemprego medido pelo IBGE ficou em 5,7% da população economicamente ativa, o mais baixo já apurado na série histórica do atual indicador, iniciada em março de 2002. Esse patamar é considerado por especialistas equivalente à situação de pleno emprego em um país.
Trata-se de uma grande notícia para nós brasileiros, especialmente tendo em vista que o desemprego avançou fortemente em países desenvolvidos logo após a crise financeira de 2008/2009.
É interessante perceber que a condição de pleno emprego está muito bem definida em algumas localidades brasileiras, como é o caso da região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde o nível de desemprego ficou em apenas 3,7% no mês de novembro passado, por exemplo.
Pode-se questionar a referência "pleno emprego" quando ainda há um pequeno, mas persistente, percentual de desocupação. No entanto, nesse patamar, considera-se que a oferta de vagas está equilibrada ou é maior que a procura, e que muitos daqueles que se enquadram entre os desempregados estão nessa condição não por falta de oportunidades, mas por fazer questão de ganhar mais do que o salário que é oferecido pelo mercado.
O grande problema da situação de pleno emprego está relacionado justamente à dificuldade que as empresas e empregadores têm em encontrar trabalhadores devidamente capacitados para ocupar as vagas disponíveis. Mesmo havendo muitas vezes um aumento natural da remuneração média para os profissionais, alguns setores sofrem com a carência de mão de obra preparada para assumir suas funções.
Este é o dilema enfrentado atualmente pelo setor da construção civil, que registrou em 2010 um crescimento notável, que deve ficar em torno dos 11%, maior patamar em 24 anos. O segmento planeja manter-se aquecido agora em 2011, mas enfrenta dificuldades para contratar profissionais qualificados e completar seus quadros funcionais em velocidade equivalente e alinhada ao avanço das obras assumidas.
Percebemos que um dos grandes desafios que enfrentaremos nos próximos anos é o da qualificação profissional. Somos ainda um país de jovens, de mão de obra abundante, mas, infelizmente, pouco capacitada.
Formar profissionais qualificados nos mais variados níveis e setores de atuação será, portanto, uma necessidade que devemos enfrentar com muito empenho. Nosso futuro está de fato nas mãos de nossos trabalhadores, especialmente dos mais jovens. Estimular a qualificação e oferecer condições para a formação e a capacitação de pessoal são questões que precisam ser encaradas como objetivos essenciais para o país.
Eduardo Pocetti - é CEO da BDO no Brasil, firma-membro integrante da quinta maior rede do mundo em auditoria, tributos e advisory services
Desde o mês de dezembro passado ouvimos falar uma expressão completamente nova para a realidade brasileira: o pleno emprego. É que em novembro de 2010, o nível de desemprego medido pelo IBGE ficou em 5,7% da população economicamente ativa, o mais baixo já apurado na série histórica do atual indicador, iniciada em março de 2002. Esse patamar é considerado por especialistas equivalente à situação de pleno emprego em um país.
Trata-se de uma grande notícia para nós brasileiros, especialmente tendo em vista que o desemprego avançou fortemente em países desenvolvidos logo após a crise financeira de 2008/2009.
É interessante perceber que a condição de pleno emprego está muito bem definida em algumas localidades brasileiras, como é o caso da região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde o nível de desemprego ficou em apenas 3,7% no mês de novembro passado, por exemplo.
Pode-se questionar a referência "pleno emprego" quando ainda há um pequeno, mas persistente, percentual de desocupação. No entanto, nesse patamar, considera-se que a oferta de vagas está equilibrada ou é maior que a procura, e que muitos daqueles que se enquadram entre os desempregados estão nessa condição não por falta de oportunidades, mas por fazer questão de ganhar mais do que o salário que é oferecido pelo mercado.
O grande problema da situação de pleno emprego está relacionado justamente à dificuldade que as empresas e empregadores têm em encontrar trabalhadores devidamente capacitados para ocupar as vagas disponíveis. Mesmo havendo muitas vezes um aumento natural da remuneração média para os profissionais, alguns setores sofrem com a carência de mão de obra preparada para assumir suas funções.
Este é o dilema enfrentado atualmente pelo setor da construção civil, que registrou em 2010 um crescimento notável, que deve ficar em torno dos 11%, maior patamar em 24 anos. O segmento planeja manter-se aquecido agora em 2011, mas enfrenta dificuldades para contratar profissionais qualificados e completar seus quadros funcionais em velocidade equivalente e alinhada ao avanço das obras assumidas.
Percebemos que um dos grandes desafios que enfrentaremos nos próximos anos é o da qualificação profissional. Somos ainda um país de jovens, de mão de obra abundante, mas, infelizmente, pouco capacitada.
Formar profissionais qualificados nos mais variados níveis e setores de atuação será, portanto, uma necessidade que devemos enfrentar com muito empenho. Nosso futuro está de fato nas mãos de nossos trabalhadores, especialmente dos mais jovens. Estimular a qualificação e oferecer condições para a formação e a capacitação de pessoal são questões que precisam ser encaradas como objetivos essenciais para o país.
Eduardo Pocetti - é CEO da BDO no Brasil, firma-membro integrante da quinta maior rede do mundo em auditoria, tributos e advisory services
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