sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sucesso é sinônimo de comportamento


Há empresas nas quais o comportamento é mais bem avaliado do que as técnicas de trabalho

Rita Palladino/ Press & Mídia

Atualmente muitas empresas, seja para contratar um profissional ou demiti-lo, estão priorizando a avaliação do comportamento, da postura e do caráter da pessoa para só depois verificar suas habilidades técnicas. Esse tipo de atitude está diretamente ligado à necessidade cada vez maior das corporações de atuarem em bloco, em equipes na busca por melhores resultados.

De acordo com o gerente de RH Leandro Ferreira, “outro fato que leva as empresas a priorizarem o comportamento é a preocupação com sua imagem. Quando alguém (seja em que nível hierárquico for) possui caráter questionável, certamente estará levando uma imagem ruim da empresa para o mercado”, afirma ele, continuando: “Ao viajar de avião, se a aeromoça não atende bem, a companhia aérea é responsabilizada pelo tratamento que ela dispensa aos passageiros, do mesmo modo que culpamos o restaurante pelo garçom malcriado ou pelo atendente de call center ignorante e estúpido. Afinal a parte técnica do ofício pode ser ensinada, mas não se pode ensinar alguém a ter caráter”.

De acordo com Leandro, é importante não confundir profissionais exigentes com profissionais maus-caracteres. “Exigir qualidade, cumprimento de prazos, comprometimento etc. é uma obrigação de todo bom gestor, mas quando está cobrança é feita através de ameaças e outras atitudes baixas, aí sim o mau-caráter aparece”.

Mas não apenas o caráter é visto na hora de contratar ou demitir alguém. Outras habilidades, pouco ligadas à parte técnica dos ofícios estão cada dia mais em pauta. “O reconhecimento da importância que há no desenvolvimento das habilidades interpessoais dos executivos está intimamente relacionado com a necessidade das organizações em conseguirem funcionários com alto desempenho em um mercado bastante disputado”.

De acordo com Leandro, o oposto também é verdadeiro: “Os profissionais de hoje procuram trabalhar em empresas nas quais seus perfis serão mais bem avaliados e em corporações com reputação de bons locais de trabalho. Hoje em dia os salários e os benefícios adicionais não são os motivos pelos quais uma pessoa gosta de seu emprego ou nele permanece. Muito mais importantes são a qualidade do trabalho exercido e o apoio recebido em seu ambiente de trabalho”, diz.

O gerente afirma que nos dias atuais, as empresas procuram ter executivos com boas habilidades interpessoais. “Isso é o mesmo que garantir um ambiente de trabalho mais agradável, que, por sua vez, facilita a contratação e a manutenção de pessoas qualificadas”, continua.

“Descobrimos que as habilidades técnicas são necessárias, mas insuficientes para o sucesso das atividades de gestão. Hoje em dia, em um ambiente de trabalho cada vez mais competitivo e demandante, os executivos não podem depender apenas de suas habilidades técnicas. Eles precisam também de habilidades interpessoais”, conclui ele.

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