Comportamentos de proximidade entre colaboradores e gestores são cada vez mais comuns.
Por Camila F. de Mendonça , Infomoney
Ter os colegas de trabalho nas redes sociais é comum. Mas quando o seu líder quer lhe seguir no Twitter ou ser seu amigo no Orkut ou Facebook, como lidar? Nas redes sociais, não existem regras consolidadas. O que vale é o bom senso, afirma a consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Rercursos Humanos, Thais Pontin.
Para ela, comportamentos de proximidade entre colaboradores e gestores são cada vez mais comuns. Daí o fato de o líder querer fazer parte da vida social e virtual dos seus colaboradores. "É preciso observar o contexto, pois dependendo do grau de relacionamento entre o chefe e o subordinado, essa proximidade fora da empresa é comum", diz.
Contudo, com o mercado aquecido, e ainda que a relação entre líder e colaborador seja boa, sempre há certa desconfiança por parte dos profissionais quando o assunto é o chefe nas redes. "O receio do profissional existe, mas acaba sendo mais mito, sem muito fundamento", afirma Thais.
Seu chefe quer ser seu amigo
Recusar o pedido nas redes gera um mal estar desnecessário. E não adianta demorar a aceitar, a menos que você, de fato, não utilize as ferramentas. Para Thais, a tendência é que esses pedidos sejam mais recorrentes. E isso é saudável, pois ajuda a criar uma relação mais próxima com o líder. E essa proximidade só ajuda a resolver problemas mais rápido. Sem contar no networking.
"Acredito que é possível estabelecer um ponto mais próximo sem grandes problemas", afirma. Para ela, não é preciso muito para isso. "Demonstrar insatisfação e denegrir a imagem da empresa não pode", diz. Isso porque, na avaliação de Thais, comportamentos como esse prejudicam a sua imagem como profissional, pois nem só o líder está lendo esse tipo de comentário.
E quando um desabafo gera um desconforto? "É importante o líder saber separar o pessoal do profissional nas redes", diz Thais. "Mas não acredito que chefes utilizem as redes para repreender o funcionário", considera.
Para Thais, se tanto o profissional como o líder souberem estabelecer essa linha de separação, as redes sociais só ajudarão. "Redes sociais são algo particular, mas o ideal é manter o bom senso e uma postura no que você diz", completa. E isso vale não só no mundo virtual, mas no real também.
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