quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Como estabelecer metas para 2012


Objetivos inalcançáveis, prazos exíguos, escopo amplo ou impossibilidade de medi-las podem desmotivar os colaboradores.

Por Marcos Morita

O mundo corporativo já entrou em contagem regressiva, faltando menos de uma semana para as festas de final de ano. Grande parte das empresas costuma programar férias coletivas neste período, época em que quase nada se decide no campo dos negócios. Apesar do marasmo, aproveite para definir os principais objetivos a você e sua equipe para o próximo ano.

Praticamente todas as firmas utilizam metas para medir o desempenho de departamentos e colaboradores, independentemente do nível hierárquico e função. Ao topo da pirâmide temas mais abrangentes, estratégicos e de longo prazo. Já para a base, ações táticas e de curto prazo. Operacionalizá-las é função do corpo gerencial, localizados no meio da figura.

Apesar de simples, estabelecê-las esconde alguns segredos. Objetivos inalcançáveis, prazos exíguos, escopo amplo ou impossibilidade de medi-las podem desmotivar os colaboradores. Aprecio a técnica SMART, a qual menciona que as metas devem ser específicas, mensuráveis, atingíveis, realistas e tangíveis, já traduzidas para o português. Vejamos.

Específicas: aumentar o market share, reduzir a inadimplência ou penetrar um novo mercado são metas interessantes, porém muito gerais. Para torná-las menos genéricas é necessário um maior nível de detalhamento. Conquistar dois pontos de market share no mercado carioca, através da penetração na classe A da zona sul , por exemplo, seria algo bem mais específico.

Mensurável: ainda na mesma linha, é necessário medir os dois pontos de market share obtidos, sejam eles em unidades físicas, monetárias ou margens de contribuição. Caso contrário, um vendedor poderia conquistá-lo oferecendo grandes descontos, comprometendo a lucratividade.

Atingível: imagine um novo entrante no setor de bebidas, cuja meta seja obter metade do mercado da Coca-Cola. Apesar de desafiadora é na prática inatingível, mesmo que pertença a um grupo com grande poderio financeiro. O feitiço neste caso virará contra o feiticeiro, arrefecendo os ânimos dos envolvidos num curto período de tempo.

Realista: algumas multinacionais têm sofrido deste mal após 2008. Com os mercados maduros em queda, executivos globais recorrem aos emergentes para cobri-los. É comum aplicar taxas de crescimento chinesas à filiais brasileiras, ao mesmo tempo em que se solicitam margens de lucro cada vez mais elevadas. São as conhecidas metas para inglês ver.

Tangíveis: aqui entra o critério tempo, em meu ponto de vista o corolário de todos os anteriores. Um prazo muito curto pode desmotivar os envolvidos pela impossibilidade de cumprimento, enquanto sua falta pode levar a acomodação. O governo brasileiro é mestre neste quesito, aplicando-os em suas duas vertentes.

Em minha experiência pude verificar que alguns gestores têm dificuldade em utilizar o critério SMART, criando metas muito amplas, fracas ou inatingíveis, as quais não contribuem para o resultado da empresa. Sugiro que comece aplicando-o ainda neste ano, revisando as metas estabelecidas. Talvez seja um bom programa aos que ficarão de castigo, nesta época de telefones mudos.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

QUATRO PONTES PARA EVITAR A FALTA DE RESULTADOS


Olá!

A infelicidade por falta de resultados é uma das mais doloridas que existem e lentamente despedaça o ânimo de muitos profissionais.

É muito duro quando a pessoa olha para sua vida e percebe que realizou muito pouco de seu potencial, olha para o passado e vê as oportunidades que perdeu, lembra-se dos sonhos desperdiçados.

Essa é uma situação muito comum na vida de pessoas habituadas a procurar soluções paliativas para tudo. Os atalhos que percorrem apenas criam mais complicações. Elas são os reis do “quase”:

– quase entraram na faculdade.

– quase se formaram.

– quase competiram por uma grande equipe.

– quase foram atrizes famosas.

– quase se casaram.

– quase foram promovidos.

Sua maior dificuldade é concluir os projetos, pois falta organização, ritmo e foco. Um dia fazem muito e no outro abandonam a tarefa. Por isso seus esforços são desordenados e produzem poucos resultados.

Para resolver essa situação e aprender a transformar esforço em resultado, é preciso que a pessoa atravesse quatro pontes, que compõem um método prático para estimular essa mudança:

Primeira ponte: determinação

Determinação é aquela força interior capaz de levar alguém a afirmar com convicção:

“Este é o meu sonho. Não morro sem realizá-lo, mesmo que demore vinte, trinta anos”.

Determinação é ter clareza do seu objetivo, do que se quer alcançar. É preciso determinar uma meta e trabalhar para atingi-la, e só parar quando terminar.

Pessoas determinadas fixam sua atenção nos objetivos, enquanto os perdedores não conseguem ser maiores que meros obstáculos.

Segunda ponte: dedicação

Dedicação é a capacidade de se entregar à realização de um objetivo.

Não conheço ninguém que tenha progredido na carreira sem trabalhar pelo menos doze horas por dia nos primeiros anos. Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho sem sacrificar sábados e domingos pelo menos uma centena de vezes.

Você precisa se dedicar ao seu projeto. É fundamental ir fundo no que se está fazendo, devotar suas energias para alcançar o resultado planejado.

Há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica. Mas toda mágica é ilusão. E ilusão não tira ninguém do lugar onde está.

Terceira ponte: disciplina

Disciplina é a capacidade de seguir um plano obedecendo a um método, e principalmente de manter o foco.

Quando a atenção não fica concentrada em um único objetivo, a distração faz com que a energia seja desperdiçada

Ter método evita desperdício de energia. O método pode ser seu, de seu professor, de seu líder religioso, de seu pai, não importa. O importante é que funcione e que você se disponha a segui-lo.

Para seguir um método, você tem de ser organizado e humilde. A humildade é fundamental para que não se perca tempo querendo reinventar a roda. Aprenda com aqueles que já conseguiram chegar lá, ande pela estrada que outros já abriram. E, quando chegar aonde eles já chegaram, aproveite para superá-los.

Quarta ponte: desprendimento

É a capacidade de abandonar o que não está funcionando para aprender o novo. É desapegar-se de certa maneira de fazer algo para conseguir um resultado melhor.

Pode ser que a vida inteira você tenha trabalhado de um jeito. Mas chega a hora em que tem de mudar. É preciso haver desprendimento. Abandone o que você sabe (e muitas vezes o que você gosta) e pense nas vantagens da mudança.

Esta é a maior dificuldade de muitas pessoas: desaprender comportamentos que funcionaram no passado e partir para outros que funcionam melhor.

A rejeição à mudança é muito comum no ambiente empresarial, onde profissionais com muito tempo de casa recusam-se a mudar porque sempre fizeram as coisas de determinada maneira e deu certo. Alegam que têm experiência, mas se esquecem de que a experiência deles refere-se a outro momento.

Aí estão as ações que moldam os vencedores e formam os campeões. Use-as como base para investir em você e na sua equipe.

Aprenda a transformar esforços em resultados! Faça acontecer.

Um grande abraço,


Roberto Shinyashiki
O seu sucesso é o meu sucesso!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

10 dicas para entrar em 2012 com as finanças no azul


Evitar compras por impulso e planejar as compras de final de ano estão entre entre as principais recomendações.

Por Redação, www.administradores.com.br

Para ter dinheiro no bolso nesse fim de ano e se preparar para realizar os objetivos definidos para 2012, planejamento financeiro ainda é mais garantido do que simpatia. O educador financeiro Reinaldo Domingos, do Instituto DSOP, preparou algumas orientações aos brasileiros que querem passar longe da onda de endividamento.

Confira abaixo:

Evitar compras por impulso: os consumidores devem se fazer algumas perguntas antes de comprar - Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima? Se não comprar isso hoje, o que acontecerá? Tenho dinheiro para comprar à vista? Se comprar a prazo, terei o valor das parcelas? O acúmulo de parcelas coloca em risco a realização dos sonhos que foram priorizados com a família?

Planejamento do fim de ano: liste os ganhos do período (renda e ganhos extras como 13º, bonificações e férias). Liste todas as despesas ˆ fixas e variáveis. Avalie sua situação financeira. Há margem para novos gastos? Há pendências financeiras? Faça um esforço para identificar excessos, que geralmente representam 30% das despesas das famílias brasileiras. Avalie quanto poderá reservar para comprar presentes, artigos das festas de fim de ano, preferencialmente à vista. Evite a todo custo entrar no limite do cheque especial e pagar a parcela mínima do cartão de crédito. Reserve parte do décimo terceiro para as despesas do início do ano como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar. Cuidado ao parcelar viagens. Pense: será que vale a pena passar dificuldades o ano todo por alguns dias de diversão? Será que uma viagem mais barata e dentro do orçamento não trará satisfação?

Planejamento financeiro de 2012: é fundamental evitar parcelamentos das compras de final do ano. Na empolgação do consumismo típico da época, esquece-se que os rendimentos extras, também típicos do período, não persistirão pelo ano seguinte. Porém, se o parcelamento for inevitável, faça uma planilha em que o valor já comprometido esteja previsto nos meses correspondentes. Sem esse controle, é certo o acúmulo de dívidas e o risco da inadimplência. É assim que inicia-se o ciclo de endividamento que afasta a realização daquilo que realmente traz satisfação e agrega valor à vida das pessoas. Por isso, reúna-se com a família para definir os desejos de curto (um anos), médio (até cinco anos) e longo (mais de 10 anos) prazos ou aqueles que se pretende em realizar em 2012 e incorpore o valor mensal necessário para a realização dos mesmos no orçamento mensal do próximo ano. Subtraia o valor desses sonhos da receita. O saldo restante é o orçamento para as demais despesas mensais.

Pesquisar preço e comprar à vista: Tudo que se compra em prestações paga-se mais caro. Já quem pesquisa o melhor preço paga menos e aumenta a chance de comprar à vista e obter desconto.

Pedir desconto: Se um produto custa mil reais e pode ser parcelado em 10 vezes de 100 reais, certamente à vista custará de 10% a 20% menos.

Reter 10% dos rendimentos: para começar a construir a independência financeira, deve-se guardar 10% do que ganha. Com o tempo, pode-se partir para um plano de previdência privada para complementar o INSS.

Qualquer que seja a dívida, o consumidor deve investigar o que está levando ele a gastar mais do que ganha, somando dívidas que não consegue pagar e que roubam recursos que deveriam ser destinados para a realização de sonhos. Fazer acordos para pagamentos de dívidas sem antes saber qual é a real capacidade de pagamento, sem cortar excessos, sem ajustar o orçamento ao verdadeiro padrão de vida é um grande risco, além de uma medida paliativa que apenas adia a solução da causa do problema. Abaixo, algumas medidas para ajudar a quitar dívidas e reequilibrar as finanças.

Cheque especial - cheque especial é uma das mais altas taxas de juros praticadas no mundo. Procure o gerente da conta e proponha imediato cancelamento dessa linha de crédito, mesmo que esteja utilizando. Proponha troca por uma linha de crédito que não ultrapasse 3% de juros mensais. Caso esteja pagando 100 reais de juros ao mês, proponha um parcelamento do mesmo valor, com prazo alongado. Isto fará com que não tenha mais que pagar juros mensais de 10% - isso faz sua dívida dobrar a cada 7 meses. Caso o gerente não aceite, o melhor a fazer é poupar para uma futura negociação.

Cartão de crédito - busque negociação com operadora do cartão ou banco. Proponha um parcelamento com juros que não ultrapassem 3% ao mês, e que estas prestações caibam no orçamento financeiro mensal. Caso a operadora ou banco não aceitem, não faça acordos que não conseguirá cumprir. Mesmo que o nome seja negativado, guarde dinheiro mensalmente para uma futura negociação. Outra estratégia é buscar crédito com taxas mais baixas como, por exemplo, o crédito consignado. Mas atenção: não resolve trocar um credor por outro, é preciso resolver e atacar a verdadeira causa do desequilíbrio financeiro.

Financiamento de casa - Para a maioria dos brasileiros a compra da casa própria é um sonho que só é possível realizar adquirindo uma dívida ˆ o financiamento imobiliário. Em boa parte dos casos, o que impede o pagamento das prestações da casa são os gastos supérfluos. Se está difícil pagar as prestações, o melhor a fazer, além de cortar excessos de gastos, é procurar a financiadora e propor um alongamento da dívida, adequando a prestação à real capacidade de pagamento. Caso não consiga a renegociação, estude a possibilidade de trocar esse imóvel por um de preço inferior.

Carro - um veículo não é investimento e, sim, um bem de consumo. A prestação em si nem sempre é o motivo da dificuldade de custear esse bem - embora ao final do financiamento a pessoa tenha pagado por dois veículos e levado apenas um. O verdadeiro problema está na manutenção do veículo, cujo custo mensal equivale, em média, a 3% do valor do carro. A manutenção de um veículo de 20 mil reais, por exemplo, tem um custo de aproximadamente 600 reais mensais - gasolina, seguro, licenciamento, IPVA, entre outros. Portanto, é importante analisar o custo-benefício da compra do veículo. Se tê-lo é uma necessidade e está difícil pagar é melhor rever o orçamento e tentar renegociar o prazo da dívida com prestações que realmente caibam no bolso, considerando todas as demais despesas já assumidas. Se a renegociação também não for possível, o melhor é buscar um advogado e providenciar a devolução do veículo.