segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Seu chefe nas redes sociais: como lidar?

Comportamentos de proximidade entre colaboradores e gestores são cada vez mais comuns.

Por Camila F. de Mendonça , Infomoney

Ter os colegas de trabalho nas redes sociais é comum. Mas quando o seu líder quer lhe seguir no Twitter ou ser seu amigo no Orkut ou Facebook, como lidar? Nas redes sociais, não existem regras consolidadas. O que vale é o bom senso, afirma a consultora de Recrutamento e Seleção da Ricardo Xavier Rercursos Humanos, Thais Pontin.

Para ela, comportamentos de proximidade entre colaboradores e gestores são cada vez mais comuns. Daí o fato de o líder querer fazer parte da vida social e virtual dos seus colaboradores. "É preciso observar o contexto, pois dependendo do grau de relacionamento entre o chefe e o subordinado, essa proximidade fora da empresa é comum", diz.

Contudo, com o mercado aquecido, e ainda que a relação entre líder e colaborador seja boa, sempre há certa desconfiança por parte dos profissionais quando o assunto é o chefe nas redes. "O receio do profissional existe, mas acaba sendo mais mito, sem muito fundamento", afirma Thais.

Seu chefe quer ser seu amigo

Recusar o pedido nas redes gera um mal estar desnecessário. E não adianta demorar a aceitar, a menos que você, de fato, não utilize as ferramentas. Para Thais, a tendência é que esses pedidos sejam mais recorrentes. E isso é saudável, pois ajuda a criar uma relação mais próxima com o líder. E essa proximidade só ajuda a resolver problemas mais rápido. Sem contar no networking.

"Acredito que é possível estabelecer um ponto mais próximo sem grandes problemas", afirma. Para ela, não é preciso muito para isso. "Demonstrar insatisfação e denegrir a imagem da empresa não pode", diz. Isso porque, na avaliação de Thais, comportamentos como esse prejudicam a sua imagem como profissional, pois nem só o líder está lendo esse tipo de comentário.

E quando um desabafo gera um desconforto? "É importante o líder saber separar o pessoal do profissional nas redes", diz Thais. "Mas não acredito que chefes utilizem as redes para repreender o funcionário", considera.

Para Thais, se tanto o profissional como o líder souberem estabelecer essa linha de separação, as redes sociais só ajudarão. "Redes sociais são algo particular, mas o ideal é manter o bom senso e uma postura no que você diz", completa. E isso vale não só no mundo virtual, mas no real também.

O sucesso vem do berço?


Até que ponto as experiências que temos nos primeiros anos de vida podem determinar nossos sucessos ou fracassos na vida profissional? É surpreendente, mas nossa infância é determinante naquilo em que nos tornamos quando adultos. Para entender melhor, é preciso relembrar alguns conceitos das aulas de Biologia. Nascemos com cerca de 100 bilhões de células nervosas – os famosos neurônios – que, quando formam conexões entre si, realizam as chamadas sinapses.

De zero aos três anos, estas conexões são construídas de forma muito acelerada. Aos três anos, uma criança já formou aproximadamente 1,5 quatrilhão de sinapses (quase três vezes mais do que um adulto possui). A partir dos quatro anos, a tendência do cérebro é se especializar, deixando ainda mais fortes as sinapses estruturais, aquelas que darão sentido aos nossos padrões de pensamentos, comportamentos, valores e princípios. Ao final da adolescência, restam apenas cerca de 500 trilhões de conexões, e a maioria delas permanecerá pelo resto da vida.

É por isso que os primeiros anos são tão importantes: é neles que formamos a base de nossa personalidade. E afinal, o que isso tem a ver com sucesso profissional? James Heckman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia no ano 2000, afirma que há evidências científicas de que dois tipos de habilidade têm enorme influência sobre o sucesso na vida de uma pessoa: as capacidades cognitivas, relacionadas ao QI (Quociente de Inteligência), e as habilidades não cognitivas, ligadas ao QE (Inteligência Emocional).

Segundo Heckman, as crianças que não desenvolvem suas principais capacidades pessoais nos primeiros anos de vida terão muito mais dificuldade em assimilar tais habilidades e conhecimentos na vida adulta. A personalidade é a resultante da interação da hereditariedade com o ambiente, ou, como disse o cientista Matt Ridley, “o gene carrega a arma, e o ambiente puxa o gatilho”. Nascemos geneticamente cheios de tendências e aptidões, mas o meio no qual fomos criados e as experiências que vivenciamos é que definirão nossos pontos fortes e pontos fracos.

Muitas dessas competências podem ser estimuladas desde a infância, por meio do estudo formal, do incentivo à leitura, aos jogos, e principalmente pela convivência com cuidadores. Porém, isso não significa que devamos encher nossos filhos de atividades e estímulos, ultrapassando seus limites e capacidades.

Analise um grupo de crianças a partir dos oito anos em sala de aula e você verá cada um desempenhando um papel consistentemente diferente: há a líder, a divertida, a criativa, a intelectual, a esportista, a meticulosa, a agressiva, a questionadora... Entre os oito e dez anos a criança percebe em que atividades se destaca e em quais tem dificuldade ao se comparar com as outras. Assim, ela tende a se especializar onde funciona melhor.

Devemos ficar atentos a essas tendências sem nos esquecer que não somos capazes de moldar a personalidade de nossos filhos. Estas aptidões poderão se transformar em talentos ou pontos fortes, e contribuirão de forma decisiva no sucesso profissional e emocional do futuro adulto.

Não há um manual de como formar filhos inteligentes e bem sucedidos, pois, as experiências vividas por eles são únicas. Porém, podemos ajudá-los a aperfeiçoar suas aptidões, auxiliá-los em suas decisões, e apoiá-los onde houver limitações. Mais do que estímulos, a formação de uma personalidade "saudável" se deve aos bons exemplos que damos, e em uma mistura equilibrada entre carinho e limites.

Eduardo Ferraz.

Felicidade


O que você tem feito de sua vida!

Ainda procurando a felicidade?

Correr atrás da felicidade é o mesmo que um cachorrinho correndo atrás de seu rabo. Por mais que ele persiga, mais ele corre em círculo, chegando a lugar algum.

A felicidade não é uma coisa que se persegue e, em seguida, se encontra. É uma atitude. É a habilidade de se alegrar com o que possuímos mesmo que não seja exatamente o que queremos. As coisas boas e as circunstâncias agradáveis sozinhas não constituem a felicidade.

A felicidade não depende das coisas exteriores e sim da maneira como lidamos com elas. Não é o muito que temos, mas o quanto apreciamos o que temos que gera a felicidade. Ao invés de buscar aumentar nossas posses, devemos subtrair nossos desejos.

Nos iludimos correndo atrás da felicidade. Às vezes achamos que ela está na concretização do sonho de se formar na universidade, outras vezes na promoção na empresa. Há os que pensam que só serão felizes quando conquistarem vitórias financeiras: um bom carro, uma casa maior, ganhar na loteria.

A felicidade precisa estar dentro de nós, trazendo paz e tranqüilidade em qualquer situação. Se ela estiver em um carro, corre o risco de ser destruída em um simples acidente de trânsito. Se estiver em uma casa, corre o risco de ruir com qualquer abalo. Se estiver em um emprego, pode desaparecer no momento de uma demissão. Não, a felicidade não pode estar em nenhuma dessas coisas.

A felicidade entra em nossos corações para nos ajudar a enxergar tudo de maneira diferente; com ela, aprendemos a nos alegrar não com o que ainda não conquistamos, mas com o que já temos.

(autor desconhecido)

domingo, 30 de janeiro de 2011

As lições de um maestro


"Uma empresa tem que ser dirigida não só com a razão, mas também com o coração. Tudo funciona se ambos estiverem juntos na hora de traçar objetivos".

Grandes homens se fazem com grandes histórias. Prova disso é o maestro João Carlos Martins. Pianista desde os oito anos de idade, começou sua carreira nacional aos treze e, aos dezoito, já fazia apresentações internacionais. Aclamado como um dos maiores intérpretes de Johann Sebastian Bach, ganhou fama pela destreza no piano, chegando a tocar 21 notas por segundo. Hoje ele é regente e dirige concertos no mundo todo, com sua Orquestra Bachiana Filarmônica e a Bachiana Jovem do SESI/SP, projeto de inclusão social que une, nos palcos, jovens de comunidades carentes a músicos profissionais.

Lendo assim, chegar ao sucesso parece ter sido simples. Entretanto, por trás das conquistas e da genialidade há uma grande história de superação. Ainda jovem, o maestro perdeu temporariamente os movimentos da mão direita, depois de uma queda em um jogo de futebol. Mais tarde, sofreu com uma síndrome causada pela repetição de movimentos. Como se não bastasse, uma agressão sofrida durante um assalto lhe comprometeu os movimentos de todo seu lado direito. Pouco depois de se recuperar e voltar a tocar, João Carlos recebeu dos médicos a notícia de que teria de passar por uma cirurgia que o impediria de tocar para o resto da vida. Sem se dar por vencido, o maestro passou a usar a mão esquerda para tocar. Mas, com algum tempo, esta também ficou comprometida por conta de outra doença.

Em conversa com a equipe da revista Administradores, o maestro João Carlos conta como superou tantas adversidades e se tornou um dos músicos mais respeitados do mundo. Ele fala ainda da inspiração em Bach, que teve uma história de superação parecida com a sua, e aborda temas importantes para a área de Administração, como liderança, trabalho em equipe e valorização de talentos.

Administradores - A sua vida foi marcada por diversos percalços, que sempre colocaram sua força de vontade à prova. Hoje, podemos ver que nenhuma palavra pode definir melhor sua trajetória do que superação. O que o senhor acredita ter sido fundamental para sempre dar a volta por cima?

João Carlos Martins - Eu acho que, de cada adversidade - pode ser a que atinge o físico ou a que atinge a alma - você tem que fazer uma plataforma para mostrar que na vida existe esperança. No momento em que você faz da adversidade essa plataforma, você está dando um exemplo para você e para uma multidão de pessoas que consideram a palavra adversidade como um fim de linha. Para mim, a adversidade é como o começo de uma jornada.

Adm - O compositor clássico Johann Sebastian Bach, que, desde cedo, aparece como a grande referência da sua carreira na música, assim como o senhor, precisou superar muitos desafios para chegar a seus objetivos. A história dele foi inspiração para a sua postura ao longo da vida? E o que Bach tem a nos ensinar?

JCM - Sem dúvidas. Aos onze anos de idade, Bach tinha que acender uma vela para ler partituras à noite, praticamente escondido do irmão mais velho, que foi quem passou a criá-lo (após a morte dos pais). Ele começou sua trajetória por volta dos doze, treze anos, indo para as cortes alemãs, para conseguir seu primeiro emprego. E foi aí, a partir dessas diversas cidades que percorreu, que ele fez toda a profecia da história da música dos dias de hoje. Bach foi uma pessoa que tinha humildade pra entender como a corte funcionava, mas, ao mesmo tempo, ele tinha certeza de que deixaria um legado para a humanidade. Tenha certeza de que, daqui a mil anos, a música de Bach ainda vai ser o centro do universo de toda música no mundo, porque ele foi a origem. Se você pegar o jazz ou a música dodecafônica de hoje, você vê o dedo de Bach. Baseado na humildade e na genialidade que Deus lhe deu, ele mudou toda a história da música do Ocidente.

Adm - Como maestro, o senhor garante a harmonia do trabalho conjunto de dezenas de músicos. O que um líder da música tem a ensinar a um líder da Administração de Empresas?

JCM - Eu digo sempre que a música é a régua do mundo. Se um governo vai bem, se uma empresa vai bem, se uma federação vai bem, todo mundo fala que funciona como uma orquestra. Se um presidente, um governador acha que existe uma campanha contra ele, ele fala que há uma orquestração. Se um time de futebol joga bem, todo mundo fala que está jogando com música. E isso não é uma terminologia que se usa somente no Brasil. Então, se numa empresa você vê que todos os departamentos estão se ajudando, você diz que é uma empresa que trabalha com harmonia. Você tem na orquestra o exemplo de uma empresa que, se todos não funcionarem em razão de um ideia, em razão de um objetivo, se todos eles não tiverem uma meta objetiva, a empresa acaba, aos poucos, perdendo a sua razão de ser. Você não pode ter um departamento de marketing que, por exemplo, fica jogando contra o financeiro, ou um presidente que não é um maestro capaz de criar harmonia entre os departamentos. Não adianta um querer se destacar por vaidade pessoal, se todos não trabalharem em conjunto. Isso você pode entender por um time de futebol. Se um jogador só pensar individualmente no seu ego e quiser fazer tudo sozinho, ele pode ser o maior craque do mundo, mas não vai funcionar. Ele, mesmo sendo uma pessoa genial, tem que trabalhar harmonicamente com o resto do time. Por isso eu digo que uma orquestra é um exemplo para uma empresa, para um governo, para uma federação, para uma delegação esportiva, para tudo. Porque uma orquestra é símbolo de harmonia.

Adm - O senhor ministra em todo o país a palestra "Tocando uma Empresa", voltada tanto para líderes quanto para colaboradores. Qual a sua principal mensagem?

JCM - Eu procuro fazer a palestra mostrando, exatamente, que uma empresa tem que ser dirigida não só racionalmente, mas também com o coração. Porque se você pensa só pelo lado racional em uma empresa, você perde o lado humano. E se você só tem o lado humano, você perde o lado racional. Os dois têm que estar juntos. Isso acontece na música. Se você toca simplesmente de uma forma cerebral e racional, você não consegue chegar ao coração das pessoas. E se você só toca na base da emoção, você pode pecar pelo perfeccionismo. Então, no fundo, tudo funciona se a razão e o coração estiverem juntos na hora de traçar objetivos.

Adm - Atualmente, o senhor realiza um importante trabalho de inclusão social com a Bachiana Jovem do SESI/SP, unindo músicos profissionais a jovens iniciantes de comunidades carentes. Qual o segredo para extrair das "pedras brutas" o talento necessário para formar um grupo admirado?

JCM - A minha frase é a seguinte: é preciso ter a alma de um poeta e a disciplina de um atleta. Tendo esse pensamento, aquele jovem vai, antes de tudo, ter a sensação de que nada vai acontecer no seu futuro se a disciplina e a emoção não estiverem presentes. E, dessa forma, o jovem não está se tornando, simplesmente, um músico. Ele está, também, se tornando um cidadão. Não adianta você ser um músico genial e, como cidadão, não ter a sua responsabilidade social com o país. Nós estamos hoje já com cerca de 1.500 crianças, em treze núcleos, nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais e São Paulo. E formei também uma orquestra com quarenta e cinco jovens e vinte profissionais, sendo que esses quarenta e cinco jovens estão comigo a cerca de quatro ou cinco anos. Então, eu acredito que a música – que hoje já é o principal instrumento de inclusão social nos países asiáticos – vai alcançar essa mesma posição na América do Sul e no Brasil.

A entrevista com o maestro João Carlos Martins foi publicada na edição de lançamento da revista Administradores, em dezembro de 2010.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Profissionais isolados da equipe ascendem menos na carreira


Profissionais mais introspectivos, que preferem o trabalho individual, não veem problemas na opção de permanecerem quietos no seu canto.

Uma das características que o mercado de trabalho hoje mais preza é a facilidade que o profissional tem para se comunicar. Ainda assim, profissionais que ficam isolados na equipe não são tão raros no mercado. A situação pode parecer apenas um detalhe, mas ela pode gerar danos para o profissional e para a empresa.

Profissionais mais introspectivos, que preferem o trabalho individual, não veem problemas na opção de permanecerem quietos no seu canto. Para o gerente de Projetos em Desenvolvimento de Pessoas do Idort-SP, Danilo Afonso, esse isolamento consciente, em uma equipe na qual a interação com os colegas é essencial, não é a decisão mais acertada.

"Existem vários tipos de trabalho. Para aqueles que são mais individualistas, o isolamento não é o problema, mas nas posições que exigem interação, isso é grave", diz. A gravidade deve-se ao fato de a comunicação ser um dos pilares do desenvolvimento profissional, na avaliação do presidente da De Bernt Entschev Human Capital, Bernardo Entschev. "O tripé para um bom desenvolvimento da carreira baseia-se no trabalho bem feito, na ética e na comunicação efetiva", afirma.

Os motivos

Exceto para aqueles cujo trabalho exige certo isolamento, as consequências para os que optam por esse isolamento e os que são isolados são graves e levam até à saída do profissional. Mas por que isso acontece? Os motivos do isolamento, segundo os especialistas consultados, têm diversas naturezas.

Para Afonso, o isolamento, quando parte do próprio profissional, pode sinalizar certa insatisfação. "Muitas vezes, existe uma diferença de valores muito grande e o profissional acaba se desencantando com o trabalho e começa a se isolar", afirma.

Além da insatisfação, outras situações mais graves podem gerar o isolamento do colaborador, como o fato de ele ser um profissional centralizador. "Determinados comportamentos destrutivos causam o isolamento", afirma Entschev. Para ele, profissionais que competem de maneira desigual, sonegam informações e agem de modo pouco ético acabam sendo isolados pelos colegas naturalmente.

Outro motivo que leva ao isolamento dos colaboradores é a desatenção dos próprios líderes. "Muitas vezes, eles não integram aqueles que entram e, com a correria do dia a dia, eles esquecem de olhar para os profissionais. E, quando eles começam a olhar, pode ser tarde demais e o profissional já está querendo sair", afirma Afonso.

Os efeitos

Independentemente dos motivos que levam muitos profissionais a se isolarem, essa situação não é saudável. "As consequências são diversas, desde a queda no rendimento e da motivação até a depressão, dependendo do caso", afirma Afonso. No fim, todo esse cenário culmina na saída do profissional ou na acomodação dele a essa situação.

Os especialistas concordam que um profissional isolado é um profissional esquecido. "Ele vai ser menos lembrado e vai perder oportunidades", afirma Afonso. "Você não é chamado para novos projetos, as pessoas que estão abaixo de você hierarquicamente podem ter a impressão de que você é arrogante, você é excluído dos círculos sociais e a sua exposição no mercado fica prejudicada", afirma Entschev.

Segundo ele, os riscos do isolamento podem nem ser tão sentidos agora, porque muitas vezes os profissionais não se dão conta disso. "Mas, na hora de mudar de posição, por exemplo, você vai perceber que o seu networking está reduzido", ressalta o presidente da De Bernt.

Mudanças

Diante de mais desvantagens que vantagens do isolamento, os profissionais que se encontram nessa situação precisam repensar seu comportamento. "Se a pessoa foi isolada, aí entra o papel do líder, que tem que conversar e trazer esse colaborador de volta para a equipe", afirma Afonso.

Se o problema for o próprio profissional, ele mesmo deve perceber os prejuízos que esse isolamento pode acarretar à sua carreira. Ainda assim, o líder pode dar uma forcinha. "O gestor dele é quem deve tentar estimulá-lo ou mesmo dar treinamento para que ele saiba lidar com as outras pessoas", diz Entschev.

No fim das contas, essas mudanças valem mais a pena que a saída de um possível talento. "Quando isso acontece, o custo é muito maior, porque, além do treinamento que a empresa terá de dar àquele que entrar, a empresa perde o conhecimento que o colaborador que saiu está levando", completa Afonso. "O custo de treinar o líder para desenvolver as pessoas é bem menor", diz.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Profissionais egocêntricos estão perdendo espaço no mercado


O fato de os profissionais egocêntricos desprezarem as ideias alheias os impede de atuar bem em equipe.

Lidar com pessoas egoístas ao extremo não é tão simples. No mercado de trabalho, essa dificuldade se torna ainda maior. Hoje, as empresas já sabem que dificilmente resultados são conquistados sem o trabalho de uma equipe coesa. E profissionais egocêntricos perdem cada vez mais espaço nesse cenário.
Autocentrados, profissionais que pensam apenas neles mesmos não sabem ouvir, criam obstáculos para assimilar as ideias de outras pessoas e costumam misturar as agendas pessoal e profissional. "A agenda dele é mais importante que qualquer outra coisa. E pode ultrapassar certos limites", explica o diretor de Educação da ABRH Nacional (Associação Brasileira de Recursos Humanos), Luiz Edmundo Rosa.

Ele explica que profissionais egocêntricos ainda estão no mercado, mas com poucas chances de sobreviver. "As empresas não aceitam esse tipo de profissional. Mas, muitas vezes, elas têm poucos instrumentos de escuta e, até elas perceberem que têm alguém assim na equipe, o estrago já está feito", afirma.

Eu S/A

E os estragos podem ser de menor ou maior grau, de acordo com Rosa. De maneira geral, o fato de os profissionais egocêntricos desprezarem as ideias alheias os impede de atuar bem em equipe. No final, sobram atritos. Se algum resultado for negativo, ele nega sua responsabilidade. Se positivo, no entanto, ele creditará a ele mesmo os louros do reconhecimento.

Uma postura assim, se identificada pelo líder, pode gerar a demissão. Se apenas os colegas de trabalho perceberem esse comportamento, problemas de relacionamento se intensificarão. "Ele não trabalha para um time, ele se interessa apenas por aquilo que lhe traga resultados rápidos", afirma Rosa. Daí as chances cada vez menores de um profissional com esse perfil se manter no mercado.

Ajudar um profissional egocêntrico a mudar não é tarefa fácil, pelas próprias características dele. "Ele não aceita ideias de outras pessoas, quem dirá críticas", avalia Rosa. "Então, não vai ser pelo feedback que o líder resolverá o problema do profissional". Há casos, ressalta o especialista, que é preciso mesmo uma terapia.

E não é difícil um profissional egocêntrico passar despercebido. A cultura do "Eu S/A" não é de hoje e até é aceita de certa forma. "Essa permissividade faz parte da cultura do País. E, para que esse profissional seja identificado, até sugiro que as empresas explorem como as pessoas vão construindo os seus resultados, a forma como elas chegam até eles", afirma.

É sempre ruim?

Apesar das críticas, profissionais egocêntricos também têm algumas características que são levadas em consideração pelo mercado, como a determinação e a persistência, chegando até ser mais ousados que os profissionais medianos. "Os limites dele extrapolam os convencionais e são mais amplos", considera Rosa.

Por isso, profissionais egocêntricos costumam se dar bem em áreas comissionadas. "Naquelas áreas que dependem apenas dele mesmo e não de equipe, esse tipo de profissional pode se dar bem, como em vendas, por exemplo", afirma Rosa. Trabalhos que exigem contato com o público, por outro lado, não são para esses profissionais.

Embora profissionais persistentes sejam valorizados no mercado, não há egocêntrico que sobreviva às outras exigências, como ter bom relacionamento interpessoal e saber trabalhar em equipe. A tendência é que empreendimentos do tipo "Eu S/A" fechem as portas.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Seja difícil de imitar


Empresas únicas, marcas singulares que fazem a diferença, criam mercados e mantêm a lealdade dos seus consumidores.

O Guaraná Antarctica tem um sabor inigualável. O "Old Mother Owl" (Velha Mãe Coruja) mais conhecido como Omo, rende mais? Não sei, nunca fiz o teste. E o que dizer de um carro Ferrari ou da moto Harley-Davidson? E quem nunca usou um bandaid - band (faixa, em inglês) por causa do pedaço de esparadrapo e aid (socorro, ajuda) - que desde 1947 nos socorre em pequenos ferimentos? E a experiência de jogar no Nintendo Wii ou no PlayStation 3?

Empresas únicas, marcas singulares que fazem a diferença, criam mercados e mantêm a lealdade dos seus consumidores.

Em uma época onde se fala tanto em crescimento sustentável, ecologia e respeito ao consumidor fica cada vez mais difícil ser diferente ou fazer a diferença, mas creio que independente do tamanho da sua empresa ou área de atuação você pode sim crescer e ser reconhecido. Como? Sendo difícil de imitar.

Os consultores norte-americanos Alexander Kandybin e Surbhee Gorver listaram alguns pontos que podem fazer efetivamente a diferença para uma empresa conquistar o mercado. Já adianto que a ideia não é ter todos simultaneamente, mas trabalhar forte para ser referência em pelo menos dois ou três dos pontos citados pode ser questão de sobrevivência.

Ponto 1 - Tecnologia

Ser o único a oferecer uma determinada tecnologia é algo raro e que dura pouco, pois rapidamente a concorrência copia ou faz melhor. Tentar se basear nesta estratégia exige alto investimento em inovação e pesquisa, mas que, dependendo do seu mercado, se faz necessário. O que jamais pode acontecer é sua empresa e produtos serem deficitários em tecnologia. O motivo: é morte certa em médio prazo. Além da tecnologia em produtos não podemos esquecer-nos de adotar a tecnologia em gestão. A diferença não deve estar só no que se produz, mas no modelo de negócio que possa trazer um diferencial no atendimento, distribuição, logística, escala ou custos operacionais menores do que a média do mercado.

Ponto 2 - Benefícios

Dizem que 98% do processo de vendas se dá em conhecer as necessidades, sonhos ou desejos dos seus clientes. Os benefícios que a sua empresa oferece aos seus clientes estão adequados ao que ele necessita, sonha ou deseja? Benefício efetivo é aquele percebido pelo cliente como tal. Aquilo que ele efetivamente usa e que só a sua empresa oferece. Caso o concorrente ofereça também, deixa de ser uma vantagem e cai na faixa do senso comum. Veja a linha calorias zero dos refrigerantes. Alguém lançou primeiro, hoje todos tem.

Ponto 3 - Características únicas

O que só o seu produto ou empresa faz de diferente? O que só você tem? Você vende commodity ou algo que vale a pena para o cliente pagar mais? O método de produção do que você vende torna seu produto único exatamente em quê? Esqueça o discurso da qualidade e mude para o da qualidade comprovada. Prove que seu produto é único por meio de testes comparativos, planilhas que demonstrem o quanto sua empresa pode ajudar em termos de produtividade, certificados de organismos reconhecidos, ou ainda melhor, depoimentos técnicos de clientes satisfeitos.

Ponto 4 - Experiência

A experiência de consumo envolve o aspecto emocional. A questão preço se torna de menor proporção pelo sentimento, sensação ou status que confere ao consumidor. As linhas de produtos gourmet são um bom exemplo como cafés, vinhos, cervejas. Posso citar também resorts, hotéis fazenda, aplicativos de informática, canais de TV fechados como de esportes, notícias ou filmes, entre milhares de outros exemplos que fazem a alegria dos aficionados por acesso ao que se há de melhor em determinado assunto. Neste ponto sua empresa precisa criar ou atender uma necessidade emocional dos seus clientes e assim manter uma relação de cumplicidade, fidelização e lealdade com o seu público.

Ponto 5 - Design e embalagem

Neste caso, normalmente exige-se mudanças no processo de produção o que torne e garanta a sua empresa certo período de exclusividade no mercado. As novas latas de cerveja ou as garrafas litro foram durante um bom tempo encontradas por uma ou outra marca nas prateleiras dos supermercados. No mercado de cosméticos certas embalagens e design são verdadeiras obras de artes e difíceis de resistir à tentação de compra. Praticidade e beleza já são itens consagrados e agora a novidade é a exploração do olfato para estimular o consumidor a escolher o seu produto.

Agora é hora de refletir quais dos pontos acima se aplica ao seu mercado e a sua realidade organizacional e criar algum método para ser reconhecido como diferente. O seu cliente não irá se lembrar ou escolher a sua marca pelo fato de ser igual as demais, mas sim pelo valor que criou pelo seu desempenho ou experiência de consumo.

O ditado diz que quem ri por último ri melhor. Então vale a pena citar a famosa frase do lendário Bob Marley:

- Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ser feliz é correr riscos


Feliz é aquele que saboreia quando come, enxerga quando olha, dorme quando deita, compreende quando reflete, aceita-se e aceita a vida como ela é.

Há quem diga que felicidade depende, antes de tudo, de bastar-se a si próprio; de não depender de ajuda, de opinião e, sobretudo, de não se deixar influenciar por ninguém.

Será mesmo? Você pode imaginar uma pessoa assim?

Lao Tzé dizia: "Grande amor, grande sofrimento; pequeno amor, pequeno sofrimento; não amor, não sofrimento".

Pode imaginar você um homem sem paixão, sem desejos? A felicidade, entendida assim, não seria apenas um engôdo, algo contra a natureza humana?

Evidentemente! Sem amor, sem paixão, que sentido teria a existência?

A felicidade é proporcional ao risco que se corre. Quem se protege contra o sofrimento, protege-se contra a felicidade.

Quem se torna invulnerável, torna sem sentido a existência.

O homem feliz aceita ser vulnerável. O homem feliz aceita depender dos outros, mesmo pondo em risco sua própria felicidade.

É a condição do amor e de todas as relações humanas, sem o que a vida não teria sentido.


(por Jean Onimus)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Com geração Y, diminuem as diferenças entre homens e mulheres na liderança


Poucas características podem ser atribuídas aos homens e às mulheres, distintamente.

Mulheres e homens agem de maneira diferente quando lideram equipes. Para a consultora da Search Recursos Humanos, Lucila Yanaguita, essa percepção já está ultrapassada e, hoje, os líderes têm seu próprio estilo para liderar, independentemente do gênero. "Essa diferença diminuiu muito", afirma.

Para ela, poucas características podem ser atribuídas aos homens e às mulheres, distintamente. "Os homens tendem a ser mais diretos e não se preocupam tanto com o conforto dos colaboradores ao fazer um feedback, por exemplo", afirma a consultora. "Já as mulheres tentam amenizar as situações, por meio de exemplos, e se preocupam mais com o conforto dos profissionais", avalia.

Mesmo essas características, no entanto, dependem da própria natureza dos gestores, de suas características pessoais.

Uma questão de geração

Para a especialista, as diferenças entre homens e mulheres na liderança não são tão perceptíveis hoje devido à geração. Aqueles que começam a ocupar cargos de chefia pertencem à geração Y - o que impacta na queda das diferenças de estilo, uma vez que tanto homens como mulheres dessa geração atuam no mercado praticamente de igual para igual, com foco nas competências.

"De uma maneira geral, essa geração não tem preocupação com hierarquia e possuem uma tendência de criar um estilo próprio", afirma Lucilia. Líderes de gerações anteriores, na avaliação da consultora, têm características mais marcantes, considerando os gêneros. Segundo ela, os homens das gerações anteriores são mais dominadores frente aos subordinados. E as mulheres mais maternais.

Lucila reforça que hoje, embora essas características tenham sido preservadas em menor grau, as diferenças entre homens e mulheres na liderança não são tão marcantes.

Competência

Para a consultora da Search, até a avaliação das equipes sobre a atuação dos seus líderes não leva em consideração o gênero, principalmente quando a liderança está nas mãos de uma mulher. "Os homens aprenderam a respeitar e admirar as mulheres", acredita Lucila.

Mesmo em uma equipe predominantemente formada por mulheres, na qual, na avaliação de Lucila, a competitividade é mais forte, essa diferenciação na liderança não existe mais. "O que o mercado está buscando hoje nos líderes é que eles sejam pessoas que inspirem", afirma. "Não basta mais ter apenas o domínio técnico, mas é preciso, também, saber trabalhar com pessoas". E isso serve para homens e mulheres.

Quando a beleza interfere no desempenho dos profissionais?


Trabalhar com profissionais considerados bonitos pode distrair e fazer muitos perderem o foco. Questão, porém, não é consenso.

Quando ela ou ele passa, todo mundo tira o olho da tela do computador, para de falar ao telefone, interrompe o envio daquele e-mail importante. Trabalhar com profissionais considerados bonitos pode distrair e fazer muitos perderem o foco. Os impactos na produtividade e no desempenho da equipe, contudo, ainda não são certos. Também não há consenso sobre se há mais vantagens que desvantagens em ter ao lado alguém que chama a atenção pela aparência.

O que é consenso entre os especialistas ouvidos é o fato de que ele ou ela desconcentra os colegas, ao menos no primeiro contato. “A princípio prejudica, mas, com o tempo, cai no comum e a pessoa passa a não chamar tanto a atenção”, acredita o diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshal Raffa.

O diretor de Operações da consultoria de RH Human Brasil, Fernando Montero da Costa, acredita que conviver com um colega considerado atraente mais atrapalha que ajuda. “Mas isso também vai depender da personalidade”, avalia. “Se ela for estritamente profissional, ela conseguirá desviar a atenção para os resultados”, afirma.

Os efeitos da beleza

Para líderes e colegas, a presença de um profissional atraente gera efeitos diferentes, dependendo do gênero desses profissionais, se homens ou mulheres. Para os especialistas, a profissional bonita causa mais efeitos com a equipe e líderes do que os homens. Segundo Costa, no caso deles, pode haver suspiros entre as colegas. Entre os colegas, a competição, na sua avaliação, é mais racional. “Eles preferem mostrar competência. A competição maior entre eles é pela influência”, avalia.

Já quando o profissional atraente é uma mulher, a situação complica. “Elas são mais prejudicadas, porque elas têm de mostrar mais resultados para provarem que são competentes”, explica Raffa. Ele explica que existe nessa visão uma questão cultural: por muito tempo, dizia-se que as mulheres bonitas só eram aceitas pelo mercado devido à própria beleza. “Essa percepção está sendo quebrada, mas ainda existe”, completa Raffa.

Com isso, são mais elas que eles que trabalham mais para mostrar seu potencial. De acordo com Raffa, elas acabam sendo prejudicadas até em processos seletivos externos e internos. “Uma pesquisa feita nos Estados Unidos mostra que o homem bonito tem 50% mais chance de conseguir uma oportunidade que as mulheres bonitas”. Segundo ele, o fato é que o RH, constituído em grande parte por mulheres, acaba barrando as mulheres ditas atraentes.

Diante dos líderes, as mulheres também acabam levando desvantagem, na avaliação dos especialistas. “As mulheres acabam sendo mais incomodadas pelos outros e acabam até sofrendo assédio moral, principalmente diante das colegas, e até assédio sexual, no caso dos colegas e líderes”, diz Costa.

No caso dos homens, mesmo quando as mulheres estão no comando, eles não sentem tanto essa amolação. “As mulheres que lideram homens bonitos são bem mais discretas quanto a isso e até sabem lidar melhor com esse tipo de situação”, avalia Costa.

O poder da beleza

Todas essas questões, contudo, podem passar a ser secundárias, se os profissionais que chamam a atenção pela aparência apresentarem uma postura profissional. “A questão da vaidade não deve se sobressair, mas, sim, os resultados”, enfatiza Raffa. Para ele, existem riscos de esses profissionais ficarem deslumbrados com o assédio – e isso vai prejudicá-los mais do que os colegas.

Para Costa, o mercado ainda vê com bons olhos profissionais atraentes, embora eles não tenham prioridade na escolha. “Ainda vivemos em uma sociedade na qual a imagem ainda conta. Mas não é justo que homens e mulheres sejam favorecidos por critérios subjetivos”, considera Costa.

No fim das contas, para os especialistas, é importante que os profissionais mantenham a aparência em dia. Contudo, eles devem olhar mais para os resultados do seu trabalho.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O que escrever no currículo para atrair o recrutador


Destacar a formação e a experiência profissional é mais eficaz que utilizar chavões como espírito de equipe e foco em resultados.

Na ânsia por fisgar o recrutador, grande parte dos profissionais recorre a expressões que viraram clichês no mundo corporativo. O Linkedin, rede de relacionamento profissional, divulgou recentemente os 10 termos mais utilizados nos perfis dos brasileiros em 2010. São eles: dinâmico, ampla experiência, inovador, motivado, proativo, focado em resultados, empreendedor, trabalho em equipe, multitarefado, valor agregado.

Para o especialista em carreira Lindsey Pollak, "expressões como 'ampla experiência' e 'experiência comprovada' podem parecer vazias para um empregador potencial e prejudicar mais do que ajudar um perfil ou currículo". Segundo ele, "o melhor é destacar anos de experiência, conquistas e resultados, como um aumento significativo nas vendas."

Matilde Berna, diretora de transição e gestão de carreiras da Right Management, afirma que um currículo, para chamar a atenção do selecionador, deve exibir a história profissional de maneira estratégica. "O importante não é a quantidade de informações, mas as informações estratégicas", afirma.

Seria irrelevante para o diretor de uma empresa, por exemplo, destacar experiências de estágio. "A informação deve ser coerente ao contexto profissional. É fundamental informar no currículo os resultados obtidos ao longo da carreira", diz Matilde.

Na visão de Giuliana Hyppolito, consultora de recursos humanos da DMRH, na busca por uma vaga de emprego vale mencionar características pessoais valorizadas pelo mercado, mesmo que este não seja o principal foco do currículo. Segundo ela, o dado pode ser útil tanto para o candidato como para o selecionador. "Um profissional que diz ser dinâmico não vai querer trabalhar em uma empresa monótona."

Giuliana destaca que os interesses ou as competências comportamentais do candidato devem ser descritas em um campo específico. No entanto, a consultora salienta que a informação é opcional. Ela ressalta que o indivíduo deve conhecer bem suas habilidades antes de expô-las no currículo. "O candidato deve exibir as competências descritas no documento durante a entrevista de emprego. Vender uma falsa imagem é um risco."

Meio Digital

Os sites de emprego e as redes sociais têm se mostrado ferramentas efetivas e facilitadoras na busca por emprego, atesta Giuliana. De acordo com ela, a internet é o primeiro canal utilizado pelas empresas para comunicar suas vagas. "Mas é preciso expor o conteúdo com cautela para não prejudicar a imagem profissional", adverte.

"Tudo o que surge no mercado como uma modernidade deve ser rapidamente incorporado pelo profissional. A internet tem ajudado muito as pessoas a ampliarem o network", destaca Matilde Berna, da Right Management.

Conquiste sua liberdade


Não existe fórmula única para o sucesso, pois há diversos caminhos para se chagar lá. Você já deve ter ouvido isso diversas vezes, mas sempre vale a pena lembrar: há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam.

Se você desistir, restará sempre a dúvida do “se”. Nem sempre é possível conseguir da primeira vez, e isso não representa motivos para a desistência pura e simples.

Só erra quem tenta e a melhor forma de aprendizado é por meio da análise e entendimento dos próprios erros. Aprendemos muito mais com os erros do que com os acertos, mesmo porque sempre quando acertamos tocamos em frente e não damos conta do caminho que utilizamos para conseguir acertar.

Lembre-se de que quem bate esquece, quem apanha não esquece jamais, e vai sempre se lembrar do tombo ou da surra que levou e, principalmente, recordar-se-á da forma, dos atores e demais condicionantes do cenário em que o erro aconteceu.

Os alpinistas quando escalam uma montanha, os exploradores quando entram em uma caverna e os navegantes de mares abertos sempre registram o caminho trilhado para saber o que terão de fazer na viagem de retorno, ou para empreenderem uma nova viagem.

O mesmo se aplica em nossas vidas. É importante conhecer o caminho do sucesso e registrá-lo para repeti-lo novamente.

Boa sorte na conquista de sua liberdade!

(adaptado do livro: “Marketing Silencioso – quando a propaganda ‘NÃO’ é a alma do negócio” – Prof. Luiz Roberto Carnier)

domingo, 23 de janeiro de 2011

Vai prestar concurso público? Confira dicas que podem ajudar

Dificuldade é maior para quem atua no mercado de trabalho, pois o tempo para estudar é menor.

É o sonho de muitos brasileiros ser funcionário público. Os profissionais que almejam um trabalho no governo devem ficar atentos aos editais que ainda serão publicados. Somente neste ano, mais de 77 mil vagas serão abertas, segundo a ABCP (Associação Brasileira de Candidatos a Concurso Público).

Apesar das oportunidades serem em grande número, a concorrência é grande, por isso, os interessados têm de estudar para passar nos concursos. A dificuldade aumenta para aqueles que já atuam no mercado de trabalho, pois o tempo para estudar é menor.

O psicólogo e autor do livro "Superando desafios – Como se preparar para provas, vestibulares e concursos", Fernando Elias José, afirma que o primeiro passo para montar um programa eficiente é conhecer o cargo pretendido, suas funções e obrigações.

"A partir desta iniciativa, é possível fazer um planejamento diário e realista para dividir o tempo entre o trabalho, estudo e vida pessoal", diz.

Outras dicas

O especialista aconselha ainda que o candidato:
• Não se apavore diante da quantidade de conteúdo exigido na prova;
• Tenha objetivos claros e pré-definidos desde o início;
• Saber é importante, mas não é tudo: equilibre o conhecimento e questões pessoais;
• Não perca noites de sono para estudar, o que só atrapalhará seu rendimento;
• Separe um tempo semanalmente para relaxar e fixar melhor os estudos.

Internet

Outra dica para as pessoas que concorrem a uma vaga pública é utilizar a internet. É o que tem feito a candidata inscrita no concurso da Petrobras, Claudia Silva. "Como me divido entre casa, trabalho e estudos, baixei as provas para resolver as questões e vídeos de aula para tirar dúvidas. Infelizmente não terei como fazer cursinho preparatório, mas estou confiante e uso a internet como aliada", finaliza.

(Karla Santana Mamona , InfoMoney)

sábado, 22 de janeiro de 2011

Como analisar a marca e saber o momento correto de mudar?


Sem conhecimento de marketing e construção de marcas, empresas dificultam a ascensão do negócio por falta de informação.

Sua marca precisa de um upgrade? Bem, nem todo mundo sabe a resposta, e isso é normal. O problema é quando, sem saber como agir, o empresário também se nega a ouvir. Com tantos investimentos em espaço físico, profissionais, o conceito e o desenho da marca acabam sendo relegados. No entanto, estar atento às inovações do mercado e proporcionar aos clientes uma marca forte e moderna é imprescindível para que o cliente ou futuro cliente tenha uma percepção adequada do negócio e este possa prosperar.

O investimento na construção da identidade é um recurso que irá trazer retorno para a empresa. A confiança no produto oferecido inicia-se com a apresentação da marca. Para isso, é necessário estar atento e observar pontos estratégicos. Também não adianta investir na identidade visual da empresa no início e, no decorrer dos anos, esquecê-la. A manutenção deve ser realizada sempre que necessário. Mas, qual é o momento exato para mudar?

A hora certa

Segundo Hélio Moreira, diretor da NewGrowing Design & Branding, agência especializada em construção de marcas, identidade visual e estratégias de branding, o redesenho de marcas ou reposicionamento total ou parcial da identidade deve acontecer quando a identidade visual não corresponde mais ao processo evolutivo que teve ou mesmo quando a marca deseja comemorar uma nova fase da empresa. Por exemplo, ao completar 6 ou 10 anos (não é uma regra) e a empresa pretende impactar o cliente e mostrar a presença ativa no mercado, este é um ótimo momento para mostrar novos atributos presentes na marca. A reformulação é mais indicada para marcas existentes que estejam em processo de reposicionamento, envelhecidas ou conceitualmente problemáticas.

Quais pontos observar para saber o momento de mudar?

"O momento de mudar é complicado dizer, mas normalmente as mudanças de uma marca acontecem como na vida pessoal. Com o tempo envelhecemos, perdemos massa muscular, aparecem as primeiras rugas, enfim, se não cuidarmos do nosso corpo e alimentarmos a nossa mente, com o tempo a tendência é que percamos a nossa identidade", explica Moreira.

"Com uma empresa não é diferente. O tempo passa e muitas coisas envelhecem, equipamentos eletrônicos ficam defasados, assim como as máquinas. Até mesmo a equipe pode entrar em uma zona de conforto, não evoluir e não trazer resultados para a empresa. Com a marca acontece a mesma coisa. Portanto, deve estar sempre atualizada com as evoluções da empresa, do mercado e do público alvo, não apenas conceitualmente, mas visualmente também e, na hora certa, realizar uma renovação", complementa.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Líderes ou gestores: o que é melhor para as empresas?


Para o verdadeiro líder, a sua realização pessoal é colocada de lado e seus colaboradores vêm em primeiro lugar. Chefes e gestores não fazem isso.

Nos últimos anos, intensificou-se a exigência por um ambiente de trabalho saudável dentro das empresas. Vemos diversas literaturas sobre isto como "Great Place To Work" ("As 150 Melhores Empresas para se Trabalhar"), e se procurarmos este assunto em sites de busca encontraremos milhões de informações sobre a forte demanda, por ter um clima organizacional favorável em prol de ótimos resultados financeiros. O grande responsável pelo equilíbrio entre ambiente de trabalho agradável e alta performance é um só: o líder.

E o que realmente acontece no mundo corporativo?

Numa pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Coaching, 84% das pessoas que trabalham nas empresas desempenham apenas 60% de seu potencial. Por quê? Qual é a relação com a liderança?

Segundo Abraham Maslow, todo ser humano almeja a realização pessoal. Ela só ocorre se a pessoa está motivada e sentir pertencente a algo importante. Vale lembrar que a motivação é intrínseca, ou seja, ninguém consegue motivar alguém, mas sim, estimular.

O papel do líder é oferecer desafios aos seus colaboradores de forma a estimular a sua motivação e, ao mesmo tempo, dar sentido aos desafios oferecidos. Fazendo isso, o líder gera um forte vínculo do colaborador com a organização tornando-o cada vez mais comprometido com os resultados a serem atingidos.

Para o verdadeiro líder, a sua realização pessoal é colocada de lado e seus colaboradores vêm em primeiro lugar. Ele lhes dá poder e, com isso, gera um ótimo clima organizacional e resultados excepcionais. Desta forma, para este líder, o crescimento na carreira, o aumento salarial, entre outros são consequências do legítimo interesse pelo colaborador. Chefes e gestores não fazem isso, e se não o fazem não conseguem a alta performance.

No Brasil, de acordo com o banco de dados da Muttare, consultoria de gestão, nos últimos cinco anos foram avaliados quase 1700 gestores. Entre os resultados, podemos destacar que, numa escala que vai até 100% de uso do estilo:

- 78,2% dos casos predominam o estilo de liderança modelador, aquele que consegue fazer com que seus colaboradores façam suas tarefas da mesma forma como ele faria, não aceitando formas diferentes de execução. Se não consegue convencer o colaborador a fazer do seu jeito, torna-se autoritário.

- 66,8% dos gestores predominam o estilo afiliativo, aquele que, com a justificativa de manter um clima agradável em sua área, evita o conflito a todo custo. Ele coloca "panos quentes" em situações em que demandariam um posicionamento, e como "protege" os seus colaboradores de pessoas ou situações "ruins", sua equipe tem grande dificuldade de crescer na organização.

Com estes resultados, podemos afirmar que o modelador cria clones evitando a inovação e o afiliativo cria "aleijados" que não pensam por si. Os dois combinados fazem um grande estrago nas organizações. Estes estilos não agem com foco na visão da empresa nem de acordo com os valores dela e sim por interesses próprios. Colocam a si em primeiro lugar.

Desta forma, o que você gostaria de ter em sua empresa: gestores ou líderes?


Roberta Yono Ebina - é consultora associada da Muttare, consultoria de gestão, fundada em 2002 - www.muttare.com.br. Dez anos de experiência na área comercial em empresas de diversos segmentos de atuação. Conduz treinamentos de construção de time e programa de formação de liderança e é qualificada em MBTI e processo de Executive Coaching.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Carreira: 23% dos profissionais sofrem de depressão pós-férias


A pressão e o índice de insatisfação cada vez maior no ambiente de trabalho levam os profissionais a se sentirem mal.

O retorno ao trabalho, após as férias, pode gerar um impacto negativo para muitos profissionais. Depois de um período de descanso, demorar para voltar ao ritmo é natural. O problema é que, se o desânimo persistir, é possível que o profissional esteja com um quadro de síndrome pós-férias.

Pesquisa da Isma-BR (Internacional Stress Management Association no Brasil), feita com 540 profissionais das cidades de Porto Alegre e São Paulo, de 25 a 60 anos de idade, mostra que 23% dos executivos são afetados pela depressão pós-férias.

Para a presidente da associação, Ana Maria Rossi, a pressão cada vez maior no ambiente de trabalho e o índice de insatisfação cada vez mais alto levam os profissionais a apresentarem sintomas da doença. “Percebemos que, quando as pessoas começam a relaxar durante as férias e a pensar na volta, elas adoecem”, explica Ana.

Considerando as áreas de atuação, os profissionais mais vulneráveis à doença estão na área financeira, de saúde, informática ou estão trabalhando fora da sua área de formação.

Os limites de um retorno normal

De acordo com Ana, é normal os profissionais voltarem ao trabalho e se sentirem ansiosos e desconcentrados. “Até duas semanas depois do retorno, é normal passar por um processo de adaptação”, avalia. Nesse período, a preguiça, a falta de motivação e de concentração e até uma certa irritabilidade são comuns, bem como o excesso de sono e a ansiedade.

O problema é quando esses sintomas persistem após esse período. “De 14 a 30 dias classificamos como síndrome pós-férias”. É aí que entram números alarmantes. Do total dos que possuem a síndrome (23%), 93% alegam insatisfação profissional, 71% acreditam que o ambiente é hostil ou não-confiável e 49% alegam conflitos interpessoais no trabalho.

Os sintomas da depressão pós-férias se resumem em físicos, emocionais e comportamentais. E, de uma maneira geral, aqueles que tem mais tempo na empresa costumam ser mais acometidos por eles, o que não significa que aquele que tem pouco tempo na empresa não possa sentir o mesmo. “Esses sintomas estão diretamente relacionados à insatisfação”, afirma Ana. A síndrome também é mais comum entre aqueles que acabam ficando mais tempo fora. “Estudos sugerem que férias mais frequentes e com tempo menor é melhor”, diz Ana.

Considerando os sintomas físicos, 87% dos entrevistados sentem dores musculares, incluindo dor de cabeça, 83% reclamam de cansaço, 42% dizem sofrer insônia e 28%, problemas gastrointestinais.

Dos sintomas emocionais, os mais recorrentes são angústia, apontada por 83% dos entrevistados, ansiedade, por 83%, culpa, por 78%, e raiva, apontada por 61% dos entrevistados. “Geralmente, os profissionais que têm sintomas físicos e emocionais acabam desenvolvendo sintomas comportamentais”, explica Ana.

Os sintomas comportamentais são os que mais preocupam no quadro da síndrome, pois eles acabam sendo negativos aos profissionais. De acordo com a pesquisa, do total daqueles que têm esse tipo de sintoma, 68% dizem usar medicamentos ou drogas, 52% consomem bebidas alcoólicas, 38% ingerem comidas mais calóricas e 33% abusam do cigarro.

Para não entrar na estatística

Embora seja comum se sentir desconfortável nas duas primeiras semanas após o retorno das férias, o profissional deve ficar atento para que esses sintomas não ultrapassem os limites. Para tanto, Ana aconselha a preparar mente e corpo antes mesmo de voltar ao trabalho: “72 horas antes do retorno, é importante voltar aos seus padrões de rotina”, aconselha Ana.

Dessa forma, é possível amenizar o período de adaptação. Além disso, ela recomenda hábitos mais saudáveis no estilo de vida. “Evite estimulantes e procure fazer alguma atividade física para canalizar a ansiedade”, diz. Além disso, quando voltar, procure estabelecer prioridades nas atividades.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Por que devemos sair da zona de conforto?


"De vez em quando é preciso subir num galho perigoso, porque é lá que estão as frutas." (Will Rogers)

Três boas razões para você sair da zona de conforto:

. A primeira razão é que você será obrigado a sair um dia, por mais que resista. Ninguém passa a vida inteira sem encontrar dificuldades. A incerteza é um fato da vida, a única coisa da qual podemos ter certeza.

Não se entregue a precipitações óbvias ou riscos derrotistas, mas permita-se correr riscos positivos em busca do crescimento e progresso. Não se pode simplesmente optar por uma vida calma, sem nenhuma turbulência. Algum dia em algum lugar, algo o fará passar por um teste para o qual não estará preparado e que gostaria não ter de enfrentar.

Corra riscos. Não espere sempre por uma garantia. Você não tem de ouvir: "- Eu não disse?". Depois de um erro, sacuda o pó e caminhe para o sucesso.

. A segunda razão é que, como seres humanos, devemos procurar maneiras de nos refinar e melhorar. Temos, dentro de nós, a capacidade e o desejo poderoso de melhorar nosso protótipo. E só é possível fazer isso se esforçando e se testando.

Experimente. Tente algo novo. Dê mais um passo. (...) Permita-se provar coisas novas. Deixe-se tentar por algo novo. Você poderá cometer erros, mas a partir desses erros você conhecerá quais são seus valores.

(...)

. A terceira razão pelo qual você deve sair da sua zona de conforto é simplesmente que sua vida se tornará muito mais interessante. Sei que você não quer uma vida monótona ou previsível.

Quem leva uma vida segura e previsível nunca saberá que pessoa extraordinária realmente é. Torne desafiadoras as circunstâncias de sua vida para que sua grandeza possa subir à superfície.

Aventure-se!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que as tragédias de janeiro podem nos ensinar sobre liderança

Novamente, somos apresentados a fatos que não nos surpreendem, pois os investimentos em "respostas" sempre foram mais robustos que os investimentos em "prevenção".

Manchetes e notícias vêm aterrorizando o país nos últimos dias. Embora fortes, infelizmente não apontam nenhuma novidade. Ano após ano somos apresentados a esses eventos climáticos que destroem patrimônios e vidas em todo o Brasil. O que difere é o tamanho da catástrofe, que a cada dia torna-se a maior de todos os tempos, o que também não é nenhuma novidade, pois cientistas de todo o mundo apontam insistentemente para esta tendência.

Segundo informações do portal Contas Abertas, o governo federal, fonte de verba para todo território nacional, gastou apenas 13% do orçamento autorizado para o programa de "prevenção e preparação para emergências e desastres" este ano. Por enquanto, dos R$ 546,6 milhões previstos para 2009, apenas R$ 72,5 milhões foram aplicados até o último dia 10.

Enquanto isso, com o programa de "resposta aos desastres", que recebe recursos após a ocorrência dos problemas, o governo federal, por meio dos ministérios da Integração Nacional, Defesa e Agricultura, já gastou R$ 1,1 bilhão este ano (68% da dotação anual), montante quase 15 vezes superior ao aplicado com o programa de prevenção.

Novamente, somos apresentados a fatos que não nos surpreendem, pois os investimentos em "respostas" sempre foram mais robustos que os investimentos em "prevenção". Segundo especialistas, existem diversos motivos que corroboram para isso, e um dos que mais me impressionou é o fator político, eleitoreiro. Prevenção garante menos votos que recuperação. Afinal, é mais fácil agradar quem sofreu com uma catástrofe e perdeu tudo, pois qualquer ajuda está de bom tamanho, do que convencer alguém a sair de sua casa em uma zona de risco. Quando estou no conforto da minha casa, dificilmente alguém conseguirá me convencer a deixar a minha zona de conforto.

Cadê o propósito?

Analisando o fato acima, podemos ver claramente que o propósito maior de ser o líder de uma nação foi totalmente esquecido. Pessoas morrem anualmente, mas os mesmos políticos continuam no poder, porque sabem jogar o jogo sujo da conquista de votos a qualquer preço.

E vemos isso também nas organizações. Líderes que focam todas as suas energias na defesa de suas teses e anseios, no intuito de alimentar o seu ego e subir a qualquer preço.

Mas afinal, qual é o propósito maior de um líder?

Diga-me outro propósito da liderança que não seja o de melhorar a vida das pessoas e facilitar os caminhos para que elas conquistem os seus objetivos pessoais e profissionais, mesmo que, para isso, o líder tenha que tomar decisões contrárias à vontade do liderado, mal vistas em curto prazo, mas fundamentais em longo prazo.

Precisamos de líderes em todas as esferas da sociedade que resgatem o verdadeiro propósito da liderança: servir às pessoas!

Mas, sinceramente, o que mais me impressiona em tudo isso é a capacidade de tais "líderes" de deitar a cabeça no travesseiro e conseguir ter uma noite de sono profundo, mesmo sabendo que vidas e carreiras são destruídas pelo seu próprio ego.


Alexandre Prates - é especialista em liderança, desenvolvimento humano e performance organizacional. É também Master Coach, palestrante e autor do livro "A Reinvenção do Profissional - Tendências Comportamentais do Profissional do Futuro" e da metodologia de coaching "Inteligência Potencial".

Na hora de criticar ou ser criticado, importante é ser profissional

Segundo especialistas, é um erro se exaltar ou agir de forma grosseira.

Por Gladys Ferraz Magalhães , InfoMoney

Receber críticas ou criticar alguém no trabalho são momentos que exigem postura profissional dos envolvidos. Segundo especialistas, é um erro se exaltar ou agir de forma grosseira, sendo que, sobretudo para quem recebe o comentário, é importante encarar o momento como uma chance de aprimoramento.

"Quem recebe a crítica não deve se sentir por baixo, pois, se o líder criticou, é porque ainda acredita que a pessoa tem potencial, caso contrário, partiria logo para a demissão (...) Já quem critica deve agir com cautela, pois uma crítica pode fazer com que o líder perca ou ganhe o profissional", explica a consultora em RH (Recursos Humanos) do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo, Jane Souza.

Quem critica

É importante ressaltar que, ao contrário do que muitos pensam, não é só o líder que está apto a criticar alguém no trabalho.

Na opinião do diretor executivo da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Marshal Raffa, independentemente se a observação parte do líder, quem critica deve fazer o comentário de forma profissional e detalhada, apontando caminhos para que a pessoa possa melhorar.

Além disso, diz Jane, antes de criticar, é importante analisar com cuidado os fatos, para ter certeza de que a crítica é realmente pertinente e poder explicar os motivos que o estão levando a discordar de alguma posição.

No mais, dizem os especialistas, ao criticar alguém, a pessoa deve ser hábil ao abordar, não gritar e não fazer comentários na frente de outros profissionais.

Quem recebe

Já quem recebe a crítica deve ser humilde e ouvir atentamente o interlocutor. Para Raffa, tal postura é essencial, porque pode dar pistas para a pessoa avaliar se a crítica é pertinente ou não.

Assim como ocorre com quem faz um comentário, quem recebe uma crítica também deve agir de forma profissional, com respeito, e evitar demonstrar insatisfação. Depois, é preciso fazer uma autoavaliação para saber o que deve ser considerado ou não.

"Quem recebe a crítica deve pensar criticamente, verificando o lado construtivo daquilo para o seu trabalho (...) fazer uma autoavaliação e verificar até que ponto isso é importante, como trabalhar esses pontos e colocar em prática. Depois disso, após um tempo, é necessário ir até quem criticou, para ver se houve melhoras", diz Raffa.

Não nascemos prontos


Gente não nasce pronta e vai se gastando. Gente nasce não-pronta e vai se fazendo.

O grande desafio humano é resistir à sedução do repouso, pois nascemos para caminhar e nunca para nos satisfazer com as coisas como estão.
A insatisfação é um elemento indispensável para quem, mais do repetir, repetir, repetir,
deseja criar, inovar, refazer, modificar, aperfeiçoar.

Assumir esse compromisso é aceitar o desafio de construir uma existência menos confortável, porém ilimitada e infinitamente mais significativa e gratificante.

(por Mario Sergio Cortella, do livro "Não nascemos prontos!" - Provocações Filosóficas)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Está de férias? Aproveite o período para aprimorar o currículo


Uma das maneiras de tornar o currículo mais atrativo é investir em um curso intensivo de idiomas ou de informática.

Para muitas pessoas o mês de janeiro é o período para tirar as sonhadas férias. Além de passear, viajar e descansar, o profissional interessado em mudar de emprego deve aproveitar o período para aprimorar o currículo.

Uma das maneiras de tornar o currículo mais atrativo é investir em um curso intensivo de idiomas ou de informática. É o que aconselha o presidente da Curriculum, Marcelo Abrileri.

"A qualificação é um processo constante. O conhecimento em outro idioma é muito requisitado pelas empresas. As vagas existem, mas as pessoas não têm qualificação", diz.

Além disso, ele aconselha que os profissionais busquem assistir palestras, façam cursos de sua área e procurem visitar os eventos que possam interessar, como feiras e workshop.

Estabeleça horários

Abrileri indica ainda que os profissionais interessados em trocar de emprego devem aproveitar as férias para se dedicar à busca de vagas, já que este processo demanda tempo.

"É importante encarar esta busca de maneira muito séria. Ter horário para acordar, para mandar os currículos e procurar as vagas nos sites das empresas. Também é importante interagir nas redes sociais", explica.

Estagiários

No caso dos estagiários, que estão de férias da universidade ou da escola, além de investir em cursos de idiomas e informática, a coordenadora da aérea de Recrutamento e Seleção do Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), Natalia Caroline Varga, aconselha que os alunos coloquem a leitura em dia.

De acordo com a especialista, ler jornais e revistas ajudam os candidatos no processo seletivo. As empresas costumam questionar os estudantes sobre fatos da atualidade. Assistir a peças de teatro ou filmes também é uma atitude positiva, pois mostra interesse pela cultura.

Outra maneira de aprimorar o currículo é participar de algum trabalho voluntário. "Ter realizado algum tipo de trabalho voluntário é considerado um diferencial. Isso ajuda porque indica que o candidato sabe lidar com diferentes tipos de pessoas. Para o estagiário é um crescimento pessoal", declara.

Atenção ao português

Natalia afirma ainda que muitos candidatos encaminham os currículos com erros de ortografia e de concordância, considerados um dos maiores motivos de reprovação no processo seletivo. A dica dada pela especialista é que os estagiários aproveitem as férias para elaborar o currículo da maneira correta.
"Este momento é muito propício para aprimorar o currículo. Os estudantes acabam esquecendo do currículo devido às férias e deixam o assunto para depois. No primeiro trimestre deste ano, o Nube prevê a abertura de 25 mil vagas", finaliza.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Parábola da Vaca


Era uma vez, um sábio chinês e seu discípulo. Em suas andanças, avistaram um casebre de extrema pobreza onde vivia um homem, uma mulher, 3 filhos pequenos e uma vaquinha magra e cansada. Com fome e sede o sábio e o discípulo pediram abrigo e foram recebidos. O sábio perguntou como conseguiam sobreviver na pobreza e longe de tudo.

- O senhor vê aquela vaca? - disse o homem. Dela tiramos todo o sustento. Ela nos dá leite que bebemos e transformamos em queijo e coalhada. Quando sobra, vamos à cidade e trocamos por outros alimentos. É assim que vivemos.

O sábio agradeceu e partiu com o discípulo. Nem bem fizeram a primeira curva, disse ao discípulo:

- Volte lá, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali em frente e atire-a lá em baixo.

O discípulo não acreditou.

- Não posso fazer isso, mestre! Como pode ser tão ingrato ? A vaquinha é tudo o que eles têm. Se a vaca morrer, eles morrem!

O sábio, como convém aos sábios chineses, apenas respirou fundo e repetiu a ordem :

- Vá lá e empurre a vaquinha.

Indignado, porém resignado, o discípulo assim fez. A vaca, previsivelmente, estatelou-se lá embaixo.

Alguns anos se passaram e o discípulo sempre com remorso. Num certo dia, moído pela culpa, abandonou o sábio e decidiu voltar àquele lugar. Queria ajudar a família, pedir desculpas. Ao fazer a curva da estrada, não acreditou no que seus olhos viram. No lugar do casebre desmazelado havia um sítio maravilhoso, com árvores, piscina, carro importando, antena parabólica.

Perto da churrasqueira, adolescentes, lindos, robustos comemorando com os pais a conquista do primeiro milhão. O coração do discípulo gelou. Decerto, vencidos pela fome, foram obrigados a vender o terreno e ir embora. Devem estar mendigando na rua, pensou o discípulo.

Aproximou-se do caseiro e perguntou se ele sabia o paradeiro da família que havia morado lá.

- Claro que sei. Você está olhando para ela.

Incrédulo, o discípulo afastou o portão, deu alguns passos e reconheceu o mesmo homem de antes, só que mais forte, altivo, a mulher mais feliz e as crianças, jovens saudáveis.

Espantado, dirigiu-se ao homem e disse:

- Mas o que aconteceu ? Estive aqui com meu mestre alguns anos atrás e era um lugar miserável, não havia nada. O que o senhor fez para melhorar de vida em tão pouco tempo ?

O homem olhou para o discípulo, sorriu e respondeu:

- Nós tínhamos uma vaquinha, de onde tirávamos o nosso sustento. Era tudo o que possuíamos, mas um dia ela caiu no precipício e morreu. Para sobreviver, tivemos que fazer outras coisas, desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. E foi assim, buscando novas soluções, que hoje estamos muito melhor que antes.

Moral da história: às vezes é preciso perder para ganhar mais adiante. É com a adversidade que exercitamos nossa criatividade e criamos soluções para os problemas da vida. Muitas vezes é preciso sair da acomodação, criar novas idéias e trabalhar com amor e determinação.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Mulheres com renda de até R$ 3 mil são as que mais procuram emprego na web


Segundo pesquisa da Curriculum, do total de mulheres, elas são 81,52%; no geral, mulheres respondem por 54% dos currículos.

As mulheres com renda de até R$ 3 mil são as que mais investem em recolocação profissional por meio da internet.

Segundo pesquisa realizada pela Curriculum, do total de mulheres, elas representam 81,52%. As mulheres com renda entre R$ 10 mil e R$ 15 mil são as que menos procuram recolocação profissional por meio da rede, representando apenas 0,34% do total de mulheres. Dentre os homens, aqueles com rendimentos de até R$ 3 mil representam 63,3%.

No total de pessoas que procuram emprego na rede, as mulheres são maioria, com 54% dos currículos.

“As mulheres são as que mais entendem como a internet pode ajudá-las a conseguir um novo emprego de maneira rápida e fácil”, argumenta o presidente da Curriculum, Marcelo Abrileri.

Empregos

Ainda de acordo com a Curriculum, independentemente do gênero, as vagas mais procuradas na rede são as operacionais (31%). Em seguida, aparecem os postos abertos na área administrativa (22%), em supervisão e coordenação(11%), perfis gerenciais (10%), vendas, estágio e atendimento (4%), além de técnicos e engenheiros (3%).

As vagas de consultoria e saúde (2%), bem como diretoria, TI, trainee e advocacia (1%) aparecem no fim da lista.

No que diz respeito ao perfil das pessoas que mais buscam emprego por meio de sites de recolocação, a Curriculum esclarece que, atualmente, é possível encontrar todos os perfis na rede. Contudo, os profissionais com idade entre 20 e 40 anos, residentes na região Sudeste, sobretudo em São Paulo, com formação a partir do Ensino Médio completo, são a maioria.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Sucesso é sinônimo de comportamento


Há empresas nas quais o comportamento é mais bem avaliado do que as técnicas de trabalho

Rita Palladino/ Press & Mídia

Atualmente muitas empresas, seja para contratar um profissional ou demiti-lo, estão priorizando a avaliação do comportamento, da postura e do caráter da pessoa para só depois verificar suas habilidades técnicas. Esse tipo de atitude está diretamente ligado à necessidade cada vez maior das corporações de atuarem em bloco, em equipes na busca por melhores resultados.

De acordo com o gerente de RH Leandro Ferreira, “outro fato que leva as empresas a priorizarem o comportamento é a preocupação com sua imagem. Quando alguém (seja em que nível hierárquico for) possui caráter questionável, certamente estará levando uma imagem ruim da empresa para o mercado”, afirma ele, continuando: “Ao viajar de avião, se a aeromoça não atende bem, a companhia aérea é responsabilizada pelo tratamento que ela dispensa aos passageiros, do mesmo modo que culpamos o restaurante pelo garçom malcriado ou pelo atendente de call center ignorante e estúpido. Afinal a parte técnica do ofício pode ser ensinada, mas não se pode ensinar alguém a ter caráter”.

De acordo com Leandro, é importante não confundir profissionais exigentes com profissionais maus-caracteres. “Exigir qualidade, cumprimento de prazos, comprometimento etc. é uma obrigação de todo bom gestor, mas quando está cobrança é feita através de ameaças e outras atitudes baixas, aí sim o mau-caráter aparece”.

Mas não apenas o caráter é visto na hora de contratar ou demitir alguém. Outras habilidades, pouco ligadas à parte técnica dos ofícios estão cada dia mais em pauta. “O reconhecimento da importância que há no desenvolvimento das habilidades interpessoais dos executivos está intimamente relacionado com a necessidade das organizações em conseguirem funcionários com alto desempenho em um mercado bastante disputado”.

De acordo com Leandro, o oposto também é verdadeiro: “Os profissionais de hoje procuram trabalhar em empresas nas quais seus perfis serão mais bem avaliados e em corporações com reputação de bons locais de trabalho. Hoje em dia os salários e os benefícios adicionais não são os motivos pelos quais uma pessoa gosta de seu emprego ou nele permanece. Muito mais importantes são a qualidade do trabalho exercido e o apoio recebido em seu ambiente de trabalho”, diz.

O gerente afirma que nos dias atuais, as empresas procuram ter executivos com boas habilidades interpessoais. “Isso é o mesmo que garantir um ambiente de trabalho mais agradável, que, por sua vez, facilita a contratação e a manutenção de pessoas qualificadas”, continua.

“Descobrimos que as habilidades técnicas são necessárias, mas insuficientes para o sucesso das atividades de gestão. Hoje em dia, em um ambiente de trabalho cada vez mais competitivo e demandante, os executivos não podem depender apenas de suas habilidades técnicas. Eles precisam também de habilidades interpessoais”, conclui ele.

Vencedor e perdedor

Quando um vencedor comete um erro diz: "Me equivoquei e aprendi a lição".
Quando um perdedor comete um erro diz: "Não foi minha culpa", e culpa os outros.
Um ganhador sabe que a adversidade é o melhor dos professores.
Um perdedor se sente vitima ante a adversidade.
Um ganhador sabe que o resultado das coisas depende dele.
Um perdedor crê que a má sorte existe.
Um ganhador trabalha muito forte e gera tempo para si mesmo.
Um perdedor está "sempre ocupado" e não tem tempo nem para os seus.
Um ganhador enfrenta os problemas um a um.
Um perdedor da voltas e nem sequer se atreve a tentar.
Um ganhador diz: “Sou bom, mas posso melhorar".
Um perdedor diz: “Não sou tão mal assim, existe pessoas piores que eu".
Um ganhador se sente responsável por algo mais que o trabalho.
Uma pessoa perdedora não se compromete e sempre diz: "Faço o meu trabalho".
Um ganhador diz: “Deve haver uma maneira melhor de fazer isto".
Um perdedor diz: “Esta é a forma como sempre foi feito".

E você, o que vai escolher ser? Ah... eu sabia que você iria optar pelo time das vencedoras. Afinal, ganhar ou perder só depende de você.

(autor desconhecido)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Estudo Nacional - Os cinco comportamentos intoleráveis no líder contemporâneo

Baseado no estudo "O Mundo Corporativo do Futuro" que deu origem ao livro "A Reinvenção do Profissional", iniciaremos em 2011 uma série de publicações de estudos e pesquisas sobre diversos temas que contribuem para que pessoas e empresas potencializem os seus resultados, fortalecendo assim a nossa missão.

O primeiro estudo aborda um assunto de interesse vital para as pessoas e organizações: as principais deficiências da liderança. Um tema não muito agradável, mas fundamental para uma análise crítica da liderança da sua empresa e também para uma auto-avaliação dos seus comportamentos como líder.

Harmonizando o tema com a nossa especialidade - desenvolvimento comportamental - apresentamos: os cinco comportamentos intoleráveis do líder contemporâneo.


O Estudo:

O estudo foi realizado com 50 profissionais, segmentados em 16 empresários, líderes e executivos atuantes no mundo corporativo; 16 jovens empresários e 18 especialistas de mercado e desenvolvimento humano, envolvendo 15 estados brasileiros. Preocupei-me em reunir opiniões diversas para apresentar ao leitor informações variadas, visões diferentes e por vezes divergentes, o que enriquece o estudo. Portanto, entrevistei líderes de diversos segmentos (empresarial, esportivo, político, associativista), jovens empresários de diferentes segmentos empresariais, empresários e executivos de pequenas, médias e grandes empresas, além de especialistas de distintas áreas que interagem com o mundo corporativo.


Os cinco comportamentos intoleráveis no líder contemporâneo


1. Morosidade

É unânime entre os especialistas a velocidade com que as transformações estão mudando o ritmo e postura do mercado e, consequentemente, a dinâmica das organizações. Dessa forma, como imaginar que um líder poderá gerar resultados satisfatórios sem agir com a velocidade necessária para direcionar a organização rumo as mudanças.

Há alguns meses, concedi uma entrevista para a revista Época Negócios e disse: "A Classe C mudou o perfil do líder" (Confira a entrevista). Não quero tornar isso uma verdade absoluta, mas em diversos segmentos isso aconteceu. As organizações tiveram que se adaptar às mudanças e, com isso, aperfeiçoaram seus processos de gestão, exigindo amadurecimento de seus profissionais. O fato é: O líder muda na velocidade em que o mercado muda (ou pelo menos deveria mudar!).

Arthur Diniz, especialista em coaching executivo, destaca: "Os líderes do futuro precisam ter a capacidade de tomar decisão, flexibilidade para trabalhar em diferentes contextos e para mudar rapidamente e, principalmente, a visão sistêmica, não olhar o que acontece na empresa somente sob um ponto de vista e ter a capacidade de entender as consequências daquilo que é feito em todos os aspectos. É muito raro líderes com visão sistêmica diferenciada e pensamento estratégico, por isso são muito valorizados no mundo corporativo."

Analisando a observação do especialista, algo fica muito claro: A morosidade está totalmente ligada a falta de preparo cultural do líder. E quando eu digo cultura, me refiro a capacidade de buscar novas informações, de não contentar-se apenas com as informações locais e buscar novas fontes de informação. Quanto mais informações eu possuo, maior é a minha capacidade de tomada de decisão.


Como identificar um líder com este comportamento:

- Faz somente o necessário;
- Precisa ser cobrado para entregar resultados;
- Indeciso - Fica em cima do muro e posterga as decisões;
- Falta coragem para agir - Precisa sempre de autorização para seguir em frente;
- Centralizador - Torna o seu time lento, pois não sabe delegar.


2. Dificuldade para construir relacionamentos

Óbvio! Um líder que não constrói relacionamentos saudáveis, não é capaz de liderar. A nova geração de profissionais que tem conquistado um espaço importante nas organizações vai buscar lugares agradáveis e saudáveis para que ela possa ficar e construir as suas carreiras. Portanto, o líder tem um papel fundamental na construção de ambientes saudáveis, onde as pessoas sintam-se bem para que queiram produzir cada vez mais. Ambientes saudáveis são propícios a construção de relacionamentos saudáveis. E quando você tem um ambiente onde as pessoas queiram estar, provavelmente é lá que elas se sentirão motivadas a permanecer e prosperar.

Homero Reis, especialista em coaching ontológico, não deixa dúvidas ao declarar: "As duas únicas competências que fazem a diferença hoje é a capacidade conversacional e capacidade relacional. O que está se buscando nos executivos? A capacidade de conversação e de relacionamento, o resto você agrega. Repare, o que você faz 24 horas por dia? Você conversa! É da qualidade da sua conversa que as coisas acontecem, então, eu diria claramente que a capacidade de conversação é a ferramenta na qual eu aposto como uma das competências exigidas pelas organizações do futuro."


Como identificar um líder com este comportamento:

- Falta de interação com a equipe;
- Abafa o desempenho de um colaborador para sobressair as suas habilidades;
- Não administra o seu ego;
- Tenta minar os processos para exaltar as suas ideias;
- Passa por cima dos outros;


3. Falta de comprometimento com resultados

O líder contemporâneo precisa pensar em resultados, seja na sua atuação no campo, na liderança de sua equipe, enfim, o mundo corporativo sempre terá espaço para quem quiser realizar e fazer acontecer e descartará, naturalmente, a passividade e o conformismo.

Uma opinião importante sobre esse tema é do especialista financeiro, Gustavo Cerbasi, que enfatiza: "O profissional tem que ter cabeça de investidor e enxergar cada momento da sua atuação, seja indo para uma reunião, seja tomando uma decisão, seja montando uma estratégia de marketing como algo que agregue valor para a empresa. Precisa ser uma pessoa que questione a necessidade de uma reunião, a qualidade de uma campanha de marketing, enfim, tem que pensar como se fosse dono da empresa, mesmo que não seja."


Como identificar um líder com este comportamento:

- Conforma-se com o não atingimento das metas;
- Defende demasiadamente a equipe, permitindo a ineficácia nos processos e resultados;
- É incongruente - Cobra, mas não entrega. Fala, mas não age.


4. Pensar pequeno

Se partirmos do princípio de que a equipe é a cara do seu líder, concluímos que se um líder pensar pequeno, a sua equipe não pensará de outra maneira. Um líder com foco em curto prazo, formará uma equipe com essa mesma visão. Portanto, as organizações querem líderes que pensem grande, que sonhem, que ousem, que inovem, que façam as pessoas sonharem. Um líder com desejo de ir além, constrói equipes que lutam por um propósito. Pensar grande é focar no presente, com o olhar para um propósito maior.

Sidney Kalaes, empresário do ramo de franquias, enfatiza: "O mercado está carente de líderes, não só de líderes de fato, que lideram pessoas e equipes, mas também de profissionais de qualquer área da empresa que ajam como líderes, que tenham um comportamento de líder. Vou explicar: um colaborador líder é aquele que se empenha em trabalhar mais qualificadamente. Cada vez mais ele vai buscar inovação no seu trabalho e que não se restringe em fazer só o básico. Esse profissional é o líder nato, é aquele que está sempre querendo progredir, sempre buscando uma novidade, sempre buscando uma melhor alternativa."

E José Luiz Tejon, escritor e palestrante, destaca outro ponto fundamental do líder que pensa para o futuro: "O grande líder é aquele que vai saber sair, é aquele que quanto menos necessário ele for mais líder ele será, porque a grande liderança está cada vez mais invisível, não na figura de uma pessoa em si, pois o papel do líder é encorajar as pessoas e não ser o astro. Os times que foram para a final da copa do mundo, você não sabe nem qual é o nome do técnico, outras equipes com técnicos famosos já ficaram pelo caminho."


Como identificar um líder com este comportamento:

- Tem foco no curto prazo;
- Preocupa-se somente com os tangíveis, deixando de lado qualquer outro fator que não possa ser medido;
- Dificuldade em quebrar paradigmas;
- Não aceita mudanças;
- Não busca a inovação;
- Não prepara novos líderes.


5. Arrogância

Arrogância é o primeiro passo para a queda profissional. É insuportável conviver com pessoas arrogantes em qualquer cenário da vida, principalmente no mundo corporativo. A arrogância destrói a capacidade de aprendizagem do ser humano, pois cria barreiras, muitas vezes instransponíveis, geradas pela crença de que tudo sei. É ai que mora o perigo!

Falamos no início do artigo sobre a velocidade das transformações, portanto algumas competências tornam-se fundamentais para que o profissional possa atender a esta nova demanda do mercado. Entre elas estão cultura - mais do que educação, estamos falando de conhecimento profundo, não perecível - e obsessão por aprender.

Paulo Afonso, empresário, comenta: ?Uma virtude fundamental é a permanente obsessão por aprender. Eu tenho uma expressão que eu sempre uso: "Existem dois pecados que eu procuro não cometer e espero que as pessoas que me cercam também não cometam. O primeiro pecado é o da vaidade e o outro é o pecado da acomodação. As pessoas que acharem que não precisam se aprimorar mais estão cometendo um pecado e não terão mais espaço."

Fecho esse último comportamento com uma frase destacada pelo empresário e especialista em gestão de atendimento, Edmour Saiani: "O servir deve entrar no trabalho da pessoa, o que eu faço e para quem. Nelson Rodrigues dizia que humildade é algo tão importante que se não for por caráter é por malandragem."


Como identificar um líder com este comportamento:

- Acha que sabe tudo;
- É autoritário;
- Quer sempre ter razão a qualquer custo.


Alexandre Prates
Responsável pelo estudo e autor do livro "A Reinvenção do Profissional - Tendências Comportamentais do Profissional do Futuro"