Levantamentos do CRA-SP e do Portal Administradores refletem descontentamento com relação ao ensino superior na área.
Uma enquete realizada pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP –aponta que a maioria dos filiados do órgão acredita que o ensino superior na área de Administração é deficitário, no Brasil. O levantamento foi feito no mês de maio com o intuito de verificar a opinião dos profissionais a respeito da sintonia entre os cursos superiores e a evolução do mercado de trabalho.
Cerca de 3.000 administradores filiados ao CRA-SP responderam à pergunta "Você acha que os cursos de ensino superior de Administração têm formado profissionais preparados para a evolução do mercado?" Desses, 53,54% disseram acreditar, em parte, que os cursos superiores de Administração têm formado profissionais preparados para a evolução do mundo corporativo. Já para 31,91%, eles não têm atingido esse objetivo. E para apenas 14,55% o ensino superior de Administração é satisfatório.
O presidente do CRA-SP, Walter Sigollo, avalia que "a velocidade das mudanças nas empresas é mais rápida que nas universidades e, portanto, há um descompasso de tempo". Segundo ele, embora as faculdades se esforcem para aproximar os alunos da realidade, há, ainda, uma certa rigidez nos currículos universitários que é prejudicial . "É preciso preparar os alunos para as transformações futuras", ressalta Sigollo.
Enquete do Administradores
Entre abril e maio deste ano uma enquete realizada pelo Portal www.administradores.com.br fez a seguinte pergunta a seus visitantes: "Você acredita que administrar é apenas para Administradores devidamente formados em Administração?" O resultado foi:
Sim, pois só a graduação em Administração oferece os conhecimentos necessários para o exercício da profissão – 33,34%
Não, pois qualquer pessoa pode desenvolver as habilidades e competências necessárias para administrar, independente da área de formação – 65,18%
Não sei – 1,48%
Os resultados de ambas as enquetes refletem um certo descontentamento com relação à qualidade da formação nos cursos de Administração. A professora Silvia Generali, da Escola de Administração da UFRGS, concorda que as graduações na área ainda carecem de melhorias. "Acredito que há um grande espaço para evolução nos cursos de graduação em Administração. As disciplinas ainda são trabalhadas de forma estanque, carecendo - muitos programas - de maior integração curricular", afirma a professora.
Generali defende que as disciplinas iniciais sejam intercaladas com atividades práticas, para estimular os estudantes, e que, no corpo docente, estejam integrados professores com sólidos conhecimentos clássicos sobre Administração e profissionais que possam agregar a experiência do mercado. "Além disso, os métodos de ensino devem ser repensados à luz das novas tecnologias, sem prejuízo da qualidade do ensino, ou seja, construir-se aulas dinâmicas, interessantes e atuais com as tecnologias de informação disponíveis e evitar o "recorta e cola" nos trabalhos acadêmicos", ressalta a professora.
Diploma, sim
Mesmo com as dificuldades dos cursos, Silvia Generali acredita que o profissional formado apresenta um diferencial no mercado de trabalho. "É inegável, a meu ver, que o acadêmico dedicado de um curso de administração de qualidade possui um diferencial. Além de acesso às ferramentas de gestão nas mais diversas áreas, ele passa a pertencer a uma network considerável e deve, se tudo correr bem, ser capaz de fugir do senso comum no administrar",afirma Generali.
E você, acha que os cursos de Administração precisam de melhorias? Deixe seu comentário.
Uma enquete realizada pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP –aponta que a maioria dos filiados do órgão acredita que o ensino superior na área de Administração é deficitário, no Brasil. O levantamento foi feito no mês de maio com o intuito de verificar a opinião dos profissionais a respeito da sintonia entre os cursos superiores e a evolução do mercado de trabalho.
Cerca de 3.000 administradores filiados ao CRA-SP responderam à pergunta "Você acha que os cursos de ensino superior de Administração têm formado profissionais preparados para a evolução do mercado?" Desses, 53,54% disseram acreditar, em parte, que os cursos superiores de Administração têm formado profissionais preparados para a evolução do mundo corporativo. Já para 31,91%, eles não têm atingido esse objetivo. E para apenas 14,55% o ensino superior de Administração é satisfatório.
O presidente do CRA-SP, Walter Sigollo, avalia que "a velocidade das mudanças nas empresas é mais rápida que nas universidades e, portanto, há um descompasso de tempo". Segundo ele, embora as faculdades se esforcem para aproximar os alunos da realidade, há, ainda, uma certa rigidez nos currículos universitários que é prejudicial . "É preciso preparar os alunos para as transformações futuras", ressalta Sigollo.
Enquete do Administradores
Entre abril e maio deste ano uma enquete realizada pelo Portal www.administradores.com.br fez a seguinte pergunta a seus visitantes: "Você acredita que administrar é apenas para Administradores devidamente formados em Administração?" O resultado foi:
Sim, pois só a graduação em Administração oferece os conhecimentos necessários para o exercício da profissão – 33,34%
Não, pois qualquer pessoa pode desenvolver as habilidades e competências necessárias para administrar, independente da área de formação – 65,18%
Não sei – 1,48%
Os resultados de ambas as enquetes refletem um certo descontentamento com relação à qualidade da formação nos cursos de Administração. A professora Silvia Generali, da Escola de Administração da UFRGS, concorda que as graduações na área ainda carecem de melhorias. "Acredito que há um grande espaço para evolução nos cursos de graduação em Administração. As disciplinas ainda são trabalhadas de forma estanque, carecendo - muitos programas - de maior integração curricular", afirma a professora.
Generali defende que as disciplinas iniciais sejam intercaladas com atividades práticas, para estimular os estudantes, e que, no corpo docente, estejam integrados professores com sólidos conhecimentos clássicos sobre Administração e profissionais que possam agregar a experiência do mercado. "Além disso, os métodos de ensino devem ser repensados à luz das novas tecnologias, sem prejuízo da qualidade do ensino, ou seja, construir-se aulas dinâmicas, interessantes e atuais com as tecnologias de informação disponíveis e evitar o "recorta e cola" nos trabalhos acadêmicos", ressalta a professora.
Diploma, sim
Mesmo com as dificuldades dos cursos, Silvia Generali acredita que o profissional formado apresenta um diferencial no mercado de trabalho. "É inegável, a meu ver, que o acadêmico dedicado de um curso de administração de qualidade possui um diferencial. Além de acesso às ferramentas de gestão nas mais diversas áreas, ele passa a pertencer a uma network considerável e deve, se tudo correr bem, ser capaz de fugir do senso comum no administrar",afirma Generali.
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