quinta-feira, 2 de setembro de 2010

DAR E RECEBER FEEDBACK


Nos meus longos anos de magistério, os estudantes dos quais estive mais próximos foram aqueles a quem dei um retorno energético: “Você pode fazer mais do que isso. Não vou facilitar as coisas. Não há desculpa. Você tem que pagar o preço.” Muitos me disseram que torná-los responsáveis – fazendo-os viver com todas as conseqüências de suas ações – foi um momento de definição que mudou suas vidas, embora fosse difícil para todos.

Dar um feedback negativo é uma das formas de comunicação mais difíceis que existe. É também um as mais necessárias. Tantas pessoas têm pontos cegos a respeito dos quais não podem fazer nada porque ninguém soube como lhes dizer isso. As pessoas têm muito medo de romper uma relação ou de ter seu futuro prejudicado por “brigar” com o chefe.

(...)

As pessoas em posição de autoridade devem tornar legítimo o retorno e o feedback dados. Quando recebemos um feedback, precisamos falar explicitamente disso e expressar nossa gratidão, por mais que isso possa doer. Se não o fizermos explicitamente, será desenvolvida uma norma que afirma basicamente que o feedback negativo e o retorno são forma de deslealdade e insubordinação. Ao tornar o “retorno” legítimo, e até uma norma social, também se libera a pessoa com autoridade formal para que possa dar o “retorno” sem receio de ferir suscetibilidades, romper relações ou ter seu discurso considerado como a “palavra final”.

Todos precisamos de feedback, em especial sobre nossos pontos cegos – essas áreas de fraqueza que defendemos. É por isso que o crescimento pessoal é tão relevante, porque os pontos cegos não são tão delicados. Nosso sentimento de valor é intrínseco e não decorre de uma fraqueza em particular, conhecida ou cega.

(do livro: “O 8º HÁBITO – Da Eficácia à Grandeza” de Stephen R. Covey)

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