domingo, 19 de setembro de 2010

Até que ponto é possível separar vida pessoal e profissional?


Quem se dedica ao trabalho, empresário ou funcionário, convive com esta dúvida. Como conciliar os dois lados?

Para o seu crescimento profissional, ou para a expansão de sua empresa, é sempre indicado que a vida pessoal seja isolada do seu dia-a-dia. Mas será que isto realmente é possível? Até que ponto deve-se deixar de lado os problemas pessoais ao se chegar no trabalho e vice-versa?

Bom, todos os profissionais, homens ou mulheres, vivem este dilema. E para isso é preciso experiência, para saber que este é um conflito constante em nossas vidas, e que nossa tarefa, como integrantes deste mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, como pais, mães, filhos e netos, é buscar o equilíbrio.

Teoricamente é indicado que, ao chegar ao local de trabalho, você "pendure" seus problemas pessoais em um cabide imaginário logo na porta de entrada, buscando-os neste mesmo lugar somente no final do dia. O mesmo deveria ocorrer ao chegar em casa. Mas isso é mesmo possível?

Sabemos que não. Afinal, não nascemos com duas programações em nosso cérebro, onde desligamos uma e utilizamos outra durante um período e intercalamos depois. Por isso, é necessário respeitar nossos limites e estabelecer alguns critérios para driblar as dificuldades.

Estabeleça uma rotina em seu dia onde você possa se dedicar também à sua casa e aos seus familiares. Isto diminui, e muito, a culpa por passar tanto tempo distante e também lhe proporciona condições para se concentrar o máximo possível em suas tarefas profissionais durante o expediente.

Evite os excessos: não adianta você priorizar demais o trabalho, se não tiver em casa uma estrutura que lhe dê condições para isso. Caso contrário, um dia os problemas pessoais surgirão e, sem que você se dê conta afetarão e muito a sua vida profissional, podendo até levá-lo a desistir de algumas metas.

Procure lembrar que todos nós possuímos problemas, tanto em casa como no trabalho. Mas também temos o vício de, em muitos momentos, valorizá-los demais, o que é extremamente prejudicial. Ninguém na empresa tem obrigação de agüentar a nossa cara amarrada, porque algo saiu errado em casa, e, muito menos os nossos filhos, merecem receber uma extrema dose de mau-humor ao nos abraçarem no fim do dia.

A experiência, ao longo do tempo, nos dá maturidade para administrar tudo isso com bom senso. Portanto, evite se cobrar demais e tente relaxar um pouco em seus momentos de descanso. Afinal, eles foram feitos para isso. Procure fazer o que você gosta, o que lhe dá estímulo e equilíbrio para resolver seus dilemas.

Para conciliar tanta correria, tantas cobranças por todos os lados, é importante que você se mantenha emocionalmente forte para isso.

Uma fonte de energia é, sem dúvida, buscar o apoio de familiares e amigos para superar as dificuldades do dia a dia. Você pode levar seus problemas para casa sim, mas na busca de ajuda, de aconselhamento, e não no gesto de descontar sua tensão em alguém. Experimente contar mais com quem confia!

Como funcionário, a empresa o apóia?

Tudo dependerá de sua postura. Não tenha dúvidas de que, caso seja um bom profissional, cumpra suas tarefas da melhor maneira possível e saiba priorizar suas atividades, você receberá o apoio necessário quando precisar.

Ou seja: os problemas pessoais não devem ser levados diariamente para os ouvidos do seu chefe, mas, quando isto ocorrer, ele encontrará a melhor forma de apoiá-lo.

Como empresário, ou como líder de uma equipe, você precisa ter em mente que está lidando com pessoas e, portanto, com emoções. É claro que isto não significa que você deve tolerar tudo, engolir todos os erros alheios que poderão prejudicar tremendamente seu dia a dia.

Mas você deve ter consciência de que é importante para a empresa que seus integrantes tenham estabilidade emocional suficiente para cumprir suas tarefas. Lembre-se: vida pessoal e profissional, por mais que devamos separar, se completam.


(Texto extraído do Portal Infomoney- Maio de 2007)

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