Será que os empresários estão fazendo sua parte no que diz respeito à formação de seus quadros?
Por Redação, www.administradores.com.br
As empresas não cansam de reclamar da "escassez de profissionais", do "apagão de talentos" e de tantos outros problemas que, de tanto serem repetidos, já se tornaram jargões. A situação, de fato, não é das melhores no Brasil, que passa por um momento de crescimento depois de décadas com um sistema educacional extremamente falho. Mas será que os empresários estão fazendo sua parte no que diz respeito à formação de seus quadros? Pensando, principalmente, nos cargos de liderança, essa é uma tarefa que, no fim das contas, depende bastante da conjuntura interna, às vezes mais até que a externa. E disso depende o futuro dos negócios.
No caso das empresas que já possuem líderes preparados para os novos desafios da área de gestão a falta de preparação de um possível sucessor PE o problema pode acarretar grandes prejuízos às companhias. Estudo do Korn/Ferry Institute, ligado ao Korn/Ferry International aponta que as empresas brasileiras não estão preparadas para a sucessão de seus líderes. Para 64% dos executivos entrevistados, as organizações a que pertencem não possuem um plano de sucessão estruturado e definido para seus principais líderes.
Para Tatsumi Roberto Ebina, sócio-fundador da consultoria Muttare, "há uma dificuldade das pessoas repensarem o seu modelo atual de gestão, baseado no comando e controle. Além disso, o despreparo das companhias na transformação dos seus gestores em verdadeiros líderes se reflete no que mais ouvimos hoje de reclamações: o apagão de talentos. Os profissionais estão aptos a desempenhar diversas funções. Porém, com gestores despreparados para lidar com esses colaboradores, a responsabilidade e comprometimento da equipe se tornam cada vez mais obsoletos".
Ebina afirma ainda que "diagnosticar a necessidade da equipe, descobrir as habilidades de cada colaborador, acreditar nas decisões em conjuntos, além do fato de não querer puxar toda a responsabilidade para si, deixando sua equipe cada vez mais apta a desempenhar com qualidade suas funções, são apenas alguns dos muitos desafios que os gestores possuem antes de estarem aptos a exercerem um papel de líder".
"Burocratizar a gestão é péssimo para os resultados. Impedir a criatividade e o entusiasmo do profissional poderá colocar em cheque todo o processo. As teorias de gestão com mais de cem anos de existências precisam ser revistas. E o líder, tendo autonomia, poderá contribuir muito para essa reformulação", conclui o especialista.
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