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Onde você quer chegar na sua carreira? Essa pergunta deveria pautar o planejamento de um profissional para o futuro constantemente. “Mas as pessoas têm dificuldade de pensar nisso, pela excessiva exigência da rotina ou mesmo por falta de percepção da importância desse processo”, avalia a psicóloga e coaching de carreira, Maria Inês Paton.
Maria Inês lembra que, por diversos aspectos, muitas pessoas deixam de pensar e planejar metas e objetivos ligados a sua carreira. A psicóloga, que ministra workshops sobre autogerenciamento de carreira na consultoria contábil Contmatic, diz que uma das principais dificuldades identificadas entre os profissionais para trabalhar a ideia de planejamento de carreira é a organização. “Tanto do seu tempo, quanto das suas prioridades, para que ele pense no que almeja daqui alguns anos”, revela.
Para promover o autogerenciamento de carreira, Maria Inês elenca três pilares que devem ser avaliados pelo profissional, que podem contribuir para definir melhor suas oportunidades e possibilidades de atuação.
Empregabilidade – É quanto o currículo do profissional está sendo desejado e o que o mercado está exigindo neste momento para as vagas formais. Para avaliar este quesito, o profissional deve avaliar suas próprias competências, verificar a demanda de vagas do mercado em sua área, o que elas exigem com relação a conhecimento e perfil, e aí trabalhar o currículo e sua atuação dentro dessa perspectiva.
Trabalhabilidade – Trata-se do pensamento sobre como oferecer as competências e capacidades técnicas no mercado através de outras formas, além do emprego convencional. Vale, nesse caso, o pensamento empreendedor, também como docente, cooperado, consultor e outras formas de propor suas atividades dentro do mercado, além do próprio emprego convencional.
Sonhabilidade – Esse conceito, trazido pelo especialista em coaching Arthur Diniz, diz respeito à capacidade em ter sonhos e buscá-los. Nesta análise, o profissional deve analisar suas motivações internas, onde gostaria de estar no futuro, o que o faz feliz e realizado profissionalmente, e quais as divergências entre o seu atual momento e suas aspirações.
Análise
Maria Inês relata que muitos profissionais esperam que essa avaliação sobre o futuro profissional seja feita pela empresa onde atuam, e essa análise fica para depois, ou sequer é realizada. “Dentro da realidade onde esse profissional está atuando, ele deve tomar a rédea do planejamento e gerenciamento da carreira”, defende Maria Inês.
A psicóloga alerta para que, nesse exercício de autogerenciamento, o profissional não caia em “armadilhas”. “Por exemplo, moldar seu perfil e projeto profissional somente para atender um mercado aquecido em um determinado momento pode ser uma estratégia falha, já que o mercado está mudando cada vez mais rápido, e o conhecimento mais amplo, que inclui diversos assuntos, é bastante valorizado pelo mercado”, revela Maria Inês.
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