segunda-feira, 16 de maio de 2011

Compreensão e percepção

À medida que você aprende a entender profundamente as outras pessoas, vai descobrir grandes diferenças em sua percepção e a dar valor ao impacto que estas diferenças provocam quando as pessoas tentam trabalhar juntas em situações interdependentes.

Por exemplo: você vê a moça. Eu enxergo a velha senhora. E nós dois podemos estar certos. Você pode olhar para o mundo através de seu centro no cônjuge, e eu pelas lentes do dinheiro e da preocupação econômica. Você pode ter sido criado com a mentalidade da abundância, e eu seguir a mentalidade da escassez.

Nossas percepções podem ser muito diferentes. E mesmo assim nós dois vivemos durante anos, cada qual com seus paradigmas, pensando que eles são "fatos", e questionando o caráter ou a competência conceitual de qualquer um que não consiga ver esses "fatos".

Bem, apesar de todas as nossas diferenças, estamos tentando trabalhar em conjunto, seja no casamento, no trabalho, num projeto de serviço comunitário. Nossa tarefa é administrar recursos e obter resultados. Mas somos seres diferentes... então, como vamos agir? Como vamos transcender os limites de nossas percepções individuais, de forma que possamos nos comunicar em profundidade, lidar cooperativamente com as questões que temos pela frente e alcançar soluções ganha/ganha?

A resposta é tentar primeiro compreender. Ou seja, compreender as necessidades e preocupações do outro para depois ser compreendido.

Os antigos gregos tinham uma filosofia que se encontra embutida em três palavras organizadas em seqüência: etos, patos, e logos. Etos é sua credibilidade pessoal, a fé que as pessoas têm em sua integridade e competência; patos é seu lado empático - o sentimento; e logos é a lógica, a parte pensada da comunicação.

Na seqüência: etos, patos, logos é igual a seu caráter, seu relacionamento e a lógica de sua mensagem. Portanto, acredito que essas três palavras abrigam a essência de procurar, primeiro, compreender para conseguir a eficácia no desenvolvimento de suas idéias e sua apresentação.


(Extraído do livro de Stephen Covye, ”Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes”)

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