sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O melhor investimento financeiro é o que se encaixa nos seus objetivos

É importante sempre acreditar na beleza dos seus sonhos e, para isso, é imprescindível que se pare de prorrogar o início da ação de se educar financeiramente .

Por Reinaldo Domingos , www.administradores.com.br

Quando se inicia o debate sobre educação financeira, um questionamento é frequente: qual o investimento que trará maior rentabilidade neste momento? É importante frisar que educação financeira é muito mais complexa do que apenas esta questão, pois depende da mudança de comportamento das pessoas.

Mesmo assim, é interessante comentar um levantamento feito pelo Instituto Assaf. Segundo esse, é apontado que a modalidade de investimento que teve o maior rendimento real, de 2001 a 2010, foi Título Público, que proporcionou aos seus investidores um lucro de 164,6%. Na sequência vieram os seguintes investimentos: Bolsa, com 139,3%; Ouro, 112,3%; Renda Fixa, 95,1%; CDB, 83,3%; Imóveis, 21,7%; Poupança, 17,7% e Dólar, que teve o resultado negativo de 56,6%.

Ao ver este levantamento, a primeira idéia do investidor é direcionar todo o dinheiro para Títulos Públicos, correto? Nem sempre o que brilha é ouro. Por mais que os números mostrem um tipo de investimento como vantajoso, vários fatores devem ser avaliados antes desta decisão, entre os quais estão o comportamento do mercado, que pode mudar de rumo com o correr dos tempos e, principalmente, os sonhos e objetivos que se quer atingir com o dinheiro investido.

Investir apenas na linha que aparentemente tem a maior rentabilidade pode ser uma armadilha, levando até mesmo a prejuízos. Além disto, o dinheiro poupado deverá ser dividido em investimentos direcionados aos objetivos e sonhos de curto, médio e longo prazo.

Sonhos de curto prazo são aqueles que se pretende realizar em até um ano, isso é, cujos valores não são tão altos e que podem ser realizados rapidamente. Para esses, é interessante aplicar em caderneta de poupança, pois, quando necessitar, terá a disponibilidade de retirar sem pagar taxas ou perder rendimentos. Esta aplicação tem como característica o fato das taxas proporcionadas não oscilarem de um banco para outro. Contudo, em questão de rentabilidade, nos últimos dez anos só perdeu para o Dólar.

Já os sonhos de médio prazo abrangem um período de um a dez anos. São aqueles que não ocorrem imediatamente, mas conseguimos visualizar a realização em um período não tão longo. Para esses, são interessantes linhas que tenham prazos pré-estabelecidos no período do sonho a ser realizado. Entre as opções, recomendo CDB, Fundo de Investimentos, Título do Tesouro e Ouro. Neste caso, o melhor é pesquisar em pelo menos três instituições financeiras de grande porte.

Já os sonhos de longo prazo são aqueles que a maioria das pessoas acreditam que não irão realizar, por seu alto custo ou por representar algo muito distante. O tempo destes sonhos é de dez anos ou mais, o que faz com que a maioria se desanime antes mesmo de começar. Afirmo, seja qual for o seu sonho, ele é factível de ser realizado, mas é preciso perseverança e começar imediatamente. Para estes sonhos, recomendo investir em previdência privada, Título do Tesouro, ações. No caso de investimento em ações, o melhor é investir no máximo 20% do dinheiro total com essa finalidade, isto porque existe grande risco, por depender do desempenho da empresa na qual investe.

É importante sempre acreditar na beleza dos seus sonhos e, para isso, é imprescindível que se pare de prorrogar o início da ação de se educar financeiramente. Também é importante que sempre se tenha uma reserva financeira extra para os imprevistos, geralmente problemas acabam desviando o dinheiro dos sonhos de médio e longo prazo. Seguindo essas orientações, mais que investir, será possível realizar os sonhos!


Reinaldo Domingos - educador e terapeuta financeiro, autor dos livros "Terapia Financeira" e "O Menino do Dinheiro", e da primeira Coleção didática de Educação Financeira para o ensino básico. Presidente do Instituto DSOP de Educação Financeira, www.dsop.com.br

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Comunicação eficaz é um dos desafios dos profissionais da área financeira


Profissionais de todas as áreas precisam entender que uma comunicação eficaz ajuda no desenvolvimento da carreira.

Infomoney

Independentemente da área de atuação, a comunicação eficaz é ferramenta fundamental para o crescimento profissional. A afirmação não é novidade, mas ela é esquecida por alguns profissionais que ainda acreditam que trabalham melhor sozinhos. Entre os profissionais de Finanças, Controladoria e Contabilidade, essa crença é muito difundida. Por isso, ela é um dos desafios de quem atua nessa área.

A percepção é do professor da Fipecafi e diretor do Instituto Passadori, Reinaldo Passadori. E o assunto será debatido em palestra, a ser proferida em seminário sobre os desafios e perspectivas para os profissionais de Finanças, Controladoria e Contabilidade, nesta quarta-feira (23) em São Paulo.

Para o professor, os profissionais de todas as áreas precisam entender que uma comunicação eficaz ajuda no desenvolvimento da carreira. E esse quesito é ainda mais importante para os profissionais da área contábil e financeira, uma vez que a conjuntura atual privilegia a disseminação das informações em nível global e na qual o cenário econômico é cada vez mais determinante para as tomadas de decisões de empresas e pessoas. "Esses profissionais passam a ser cada vez mais influentes", avalia Passadori.

"Fazer uma análise de mercado e traduzi-la para os investidores requer uma comunicação eficiente e clara", ressalta o professor. "É com base nas informações desses profissionais que serão tomadas as decisões", completa. Com tamanha responsabilidade, o mercado de trabalho está exigindo mais. Agora, não basta mais ser bom tecnicamente, é preciso saber falar com flexibilidade e adequar a linguagem ao público-alvo para ser compreendido.

As sete dimensões da comunicaçãoSer compreendido no mundo corporativo não é tarefa simples, ainda mais para profissionais que durante anos não precisavam se expor tanto como agora. Mas, na avaliação de Passadori, essas dificuldades não são sentidas apenas pelos profissionais de Finanças, Controladoria e Contabilidade. "Todos os profissionais devem ficar atentos às questões da comunicação", avalia.

Passadori explica que existem várias fases da comunicação eficiente no mundo corporativo. A primeira delas é a comunicação intrapessoal. "Para saber se comunicar, é preciso ter autoestima e consciência de si mesmo", explica o professor.

O segundo passo para uma comunicação eficiente é entender a comunicação interpessoal. Perceber o outro e as suas necessidades ajuda o locutor a entender o que o ouvinte está disposto a ouvir. "Essa percepção ajuda o profissional a adequar a sua linguagem", diz. Para cada tipo de público, existe um jeito diferente de expor uma ideia, um projeto.

Os profissionais também devem ficar atentos às dimensões que Passadori chama de vocal e corporal. Ele explica que o tom e a velocidade da voz, bem como a postura corporal, também trazem informações e podem ajudar, ou atrapalhar, na transmissão de uma mensagem. "Gestos, tons e postura devem indicar segurança", aconselha o professor.

Na hora de transmitir uma mensagem, também é preciso conhecer técnicas de apresentação. Elas podem auxiliar a passar uma ideia, como vídeos, powerpoint, slideshows, por exemplo. As duas últimas dimensões, o professor chama de intelectual e espiritual. No primeiro caso, os profissionais precisam agrupar todas as dimensões de um ponto de vista intelectual, ou seja, eles precisam utilizar a estrutura do pensamento para organizar ideias e eventos antes de transmiti-las a um público, tornando a mensagem ainda mais clara.

Já a dimensão espiritual refere-se aos valores que estão, e devem estar, embutidos nessa comunicação. Sem eles, na avaliação do professor, as ideias passadas não têm sustentação. Para Passadori, mais que passar informação, os profissionais precisam cativar quem os ouve.

Os 10 mandamentos das Relações Humanas

1 . FALE com as pessoas. Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais de "sorrisos amáveis".

2. SORRIA para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para sorrir.

3. CHAME as pessoas PELO NOME. A música mais suave para muitos ainda é ouvir o seu próprio nome.

4. SEJA amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos seja amigo.

5. SEJA cordial. Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo o prazer.

6. INTERESSE-SE sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que sabe, porém você não sabe o que outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros.

7. SEJA generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam, sabem encorajar, dar confiança, e elevar os outros.

8. SAIBA considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados numa controvérsia: o seu, o do outro, e o lado de quem está certo.

9. PREOCUPE-SE com a opinião dos outros. Três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba elogiar.

10. PROCURE apresentar um excelente serviço. O que realmente vale na vida é aquilo que fazemos para os outros.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

E agora, José: mudar pelo dinheiro ou ficar pela carreira?


Agir pensando apenas no salário é uma visão de curto prazo. A decisão deve estar centrada em uma abordagem estratégica, levantando a pergunta "aonde eu quero chegar"?

Por Nelson Moschetti, www.administradores.com.br

A festa de formatura acabou, as luzes se apagaram. Colegas, professores, amigos, familiares, todos foram embora. Sobrou a noite fria da solidão do seu quarto, um canudo universitário na sua mão e pensamentos que lembram Drummond, na sua sábia pergunta "E agora, José? E agora, você?"

A vida de estudante, com alegrias e sacrifícios, ficou para trás. O futuro profissional lhe pertence tanto para as necessidades de sobrevivência quanto para a realização pessoal. José se lembra das conversas que teve com os seus professores e colegas de classe. Em resumo, eles diziam: tudo começa com um bom estágio.

A maioria das empresas sólidas que se preocupam com o desenvolvimento profissional contrata vários estagiários e seleciona os melhores para trainees. Outras, também sólidas, são mais rigorosas no processo seletivo e recrutam estagiários para serem depois efetivados como trainees. Neste caso, a regra é manter o estagiário. Essas companhias entendem que seria uma grande perda não continuar com ele depois de formado, em função do grande investimento efetuado no treinamento em sala de aula e treinamento no trabalho.

A pergunta "E agora, José?" tem pelo menos um princípio de resposta. Seu estágio terminou, você teve ótimas oportunidades de aprendizagem e, verdade seja dita, soube aproveitá-las. E mais, foi convidado para ser efetivado e participar do programa de trainee da Empresa "Alfa". O salário é apenas razoável. Surge o dilema: aceitar ou procurar uma oportunidade salarial melhor no mercado de trabalho?

Novamente José resgatou conversas e experiências de colegas da faculdade. Pensou no Antonio, veterano do mesmo curso e formado há dois anos. Naquela mesma época ele estava muito feliz, pois, além da formatura, tinha conseguido um emprego com um ótimo salário. Meses atrás, no entanto, José o encontrou triste e cabisbaixo. Mesmo com ótimo salário, Antonio, desmotivado confidenciou ao amigo: "Salário não é tudo, pois a empresa não investia em treinamento e desenvolvimento profissional. Pior, não havia perspectiva de crescimento".

Antonio se sentia estagnado. Era como se batesse a cabeça no teto, não havia para onde ir, sobrava a rotina do dia a dia, sempre realizando as mesmas atividades. Não havia na empresa uma política de movimentação horizontal (rodízio de cargos no mesmo nível hierárquico) e eram raríssimas as movimentações verticais (promoções).

O sofrimento do amigo acendeu um alerta. Tomar uma decisão, apenas focando o salário, representa uma visão de curto prazo. A decisão deve estar centrada em uma abordagem estratégica, levantando a pergunta "onde eu quero chegar profissionalmente daqui a cinco anos?". A partir destas reflexões, José resolveu conversar com o gestor dos estagiários e pedir esclarecimentos necessários para uma tomada de decisão eficaz.

O gestor explicou que, além do salário razoável, a empresa oferecia um plano de carreira, sintetizado nas seguintes etapas de ascensão: estagiário, trainee, assistente, sênior, coordenador, gerente. Explicou que, conforme o planejamento de carreira do colaborador, estabelecido consensualmente com a hierarquia da empresa, poderia haver movimentações horizontais. Apresentou também o tempo médio estimado que os colaboradores ficavam em cada um dos cargos, sempre levando em consideração o desempenho profissional esperado.

Disse mais: que o colaborador poderia chegar à alta hierarquia da empresa no cargo de diretor ou até mesmo de sócio, sempre em função do desempenho e resultados alcançados. José aceitou o convite, pois o conjunto da obra apresentava um bom equilíbrio entre carreira e salário, evidenciando que o momento era de investimento na carreira profissional.

Nelson Moschetti - é consultor de Recursos Humanos da Crowe Horwath RCS.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Mais que talentos, empresas agora querem profissionais "top talent", diz consultora


Jovens com espírito de liderança e formados em instituições de primeira linha não mais bastam para sanar as necessidades de algumas empresas.

Infomoney

Se o mercado de trabalho está aquecido, ele também está cada vez mais exigente. Tanto é que as empresas querem mais que profissionais talentosos, elas querem um perfil que a consultora Patrícia Tacaoca, da Kienbaum, empresa de recursos humanos, chama de profissionais "top talent".

Segundo ela, jovens com espírito de liderança e formados em instituições de primeira linha não mais bastam para sanar as necessidades de algumas empresas. Essas características apenas são parte de um perfil mais apurado.

"[As] empresas estão atrás de jovens que já tragam uma certa bagagem", afirma. "Na área contábil-financeira, por exemplo, alguém que já tenha tido a experiência de fechar um balanço. É mais do que um estagiário ou um trainee", exemplifica a consultora.

Um "top talent"

Experiência no exterior, domínio em uma segunda língua estrangeira e experiência em cargos de responsabilidade são algumas características de profissionais top de linha. "Estamos falando de um jovem de até 32 anos que tenha excelente formação e uma experiência de quatro ou cinco anos em grandes empresas", explica Patrícia.

Ela acrescenta que os profissionais "top talent" não são recém-formados, mas são jovens com pós-graduação ou mesmo com MBA (Master Business Administration) em instituições reconhecidas.

Considerando as habilidades comportamentais, a consultora ressalta que um "top talent" precisa estar além dos requisitos básicos do mercado de trabalho, como perfil de liderança, gestão de pessoas, iniciativa, critividade, dinamismo e comprometimento.

O diferencial

O que diferencia um profissional "top talent" de um talento no mercado de trabalho? Para a consultora, a resposta é a experiência em grandes empresas, alguma experiência em gestão e formação sólida em todos os níveis.

Entre as competências, além das gerenciais, a que diferencia os dois perfis é a visão empreendedora. "Esse fator é um dos mais importantes para um profissional 'top talent'", afirma.

E, embora as exigências sejam altas, não são só multinacionais que querem esses profissionais. "Empresas de pequeno porte, mas com fortes perspectivas de crescimento, também requisitam esses profissionais", completa.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Seu projeto de carreira - parte 1

"De nada adianta uma mapa para quem não sabe aonde quer chegar" Por mais lugar comum que essa frase seja, ela faz todo o sentido, ainda mais quando estamos falando de planejamento de carreira.

Por Jack DelaVega

"De nada adianta uma mapa para quem não sabe aonde quer chegar"

Por mais lugar comum que essa frase seja, ela faz todo o sentido, ainda mais quando estamos falando de planejamento de carreira. Perdi conta das vezes que perguntei sobre objetivos de carreira para candidatos, durante entrevistas de emprego. Na maioria dos casos, recebi respostas vagas. O fato é que não temos a cultura de planejar a carreira. Ninguém nos ensina isso, seja em casa ou na escola. O máximo que ouvimos é o velho:
- O que você quer ser quando crescer?
- Médico.
- Ah, tem que estudar muito para chegar lá.

Estudar muito? Isso vale para todas as profissões, mas, será que é o bastante? Certamente não. O que diferencia profissionais de sucesso do resto é o fato de que, antes de tudo, eles sabem onde querem chegar, ou, pelo menos, tem uma boa idéia. Além disso, eles também são aqueles que perseguem o seu sonho, colocando os objetivos de carreira em prática através de um bom plano. Portanto, antes de começar a construir um plano de carreira, a pergunta do milhão é:
- Aonde diabos você quer chegar?
- Não tenho a menor idéia Jack. Eu não sei nem o que vou jantar hoje à noite, como vou saber onde eu quero estar daqui dois, cinco, dez anos?

Para aqueles que, como eu, não tiveram a dádiva de decidir cedo o seu destino profissional, nem tudo está perdido, aqui vão algumas dicas para ajudar a encontrar o caminho:

- Experimente: Comece o mais cedo possível, testando as mais diversas opções profissionais. Rapidamente você descobrirá quais lhe dão mais gratificação e quais que devem ser descartadas. Nessa fase o importante é manter a mente aberta, qualquer trabalho é válido na busca da sua direção de carreira.

- Crie oportunidades dentro e fora do trabalho: Estágio cedo é um bom começo, mas engana-se quem pensa que seu futuro profissional depende apenas de oportunidades restritas ao mercado de trabalho. Quer desenvolver liderança? Candidate-se a síndico do prédio. Busque o voluntariado, o trabalho em ONGs, o empreendedorismo com paitrocínio. Viaje, viaje muito, conheça outros povos, outras culturas. Tudo isso vai lhe ajudar a encontrar o caminho.

- Encontre um Mentor: Todos temos pessoas que admiramos profissionalmente, busque alguém assim para ser o seu Mentor. Alguém experiente, com quem você possa discutir carreira abertamente, sem medo ou preconceito. Falo por experiência própria, uma pessoa assim vai fazer uma grande diferença na sua vida profissional. Mas não espere dele as repostas, um bom Mentor é justamente aquele que ajuda você a fazer as perguntas certas.

Essas dicas vão ajudá-lo no primeiro passo para construção de um plano sólido de carreira: A visão clara de onde se quer chegar. Mas, não se preocupe se isso mudar com o tempo, na verdade, é o que vai inevitavelmente acontecer. É justamente a experiência que nos torna pessoas melhores e isso tem impacto direto nos nossos objetivos. O segredo é que o ato de planejar vale mais do que o plano em si, ele nos força a traçar metas, buscar ações, a crescer como pessoas e profissionais.

Nas próximas semanas entramos no plano propriamente dito, fique com a gente.


Jack DelaVega

Bom ambiente de trabalho é o que mais motiva os profissionais, revela pesquisa


A boa convivência com os colegas e com os gestores afeta tanto o comportamento do profissional como o pessoal.

Infomoney

Manter os profissionais motivados é um desafio das empresas, mas quem acredita que a principal maneira de motivar os colaboradores é por meio de promoção e aumento de salário está enganado.

Uma pesquisa realizada pela Trabalhando.com revela que o bom ambiente de trabalho é o principal fator que motiva as pessoas. Esta resposta foi indicada por 52% dos entrevistados.

Eles disseram que a boa convivência com os colegas e com os gestores afeta tanto o comportamento do profissional como o pessoal. Além disso, o ambiente impacta diretamente nos resultados apresentados.

A oportunidade de promoção e o aumento de salário foram apontados por apenas 22% e 14%, respectivamente. Já 5% afirmaram ser o status da empresa o principal motivador e outros 7% indicaram outros motivos.

“Esses resultados comprovam o que já sabíamos intuitivamente: quanto melhor o clima, mais produtivas são as pessoas e todos ganham com isso”, declara o presidente da Trabalhando.com Brasil, Renato Grinberg.

Benefícios à saúde

O ambiente de trabalho agradável, além de motivar o profissional, influencia a saúde. De acordo com a Trabalhando.com, pesquisas realizadas anteriormente indicam que pessoas que julgam trabalhar em melhores ambientes apresentam menos condutas de risco, como tabagismo, obesidade, sedentarismo e abuso de álcool.

“Está comprovado que ter bom relacionamento na vida pessoal ou no trabalho só traz benefícios tanto para o desenvolvimento profissional quanto para a saúde”, diz Grinberg.

Como analisar o ambiente

O especialista acrescenta ainda que é possível saber se um ambiente de trabalho é positivo para a equipe, basta observar os sinais das pessoas que trabalham neste lugar.

Se elas trabalham bem em equipe, se trazem ideias, se estão envolvidas em todos os processos, se respeitam seus gestores e, principalmente, os admiram, "já se tem meio caminho andado", diz.

Caso os sinais sejam opostos, não desanime. É possível motivar a equipe. Para isso, é fundamental que o gestor entenda a personalidade, necessidade e expectativa dos profissionais e desenvolva um plano de ação a partir dessa análise.

A escolha da profissão


Apenas um em quatro publicitários, um em três engenheiros e um a cada dois administradores faz carreira a partir do título que escolheu e perseguiu. Precisamos voltar a perguntar aos nossos filhos: “O que você vai ser quando crescer?”

Por Tom Coelho

"Antigamente publicitário era aquele que tinha largado o curso de jornalismo. Hoje, publicitário é o cara que largou o curso de publicidade."(Eugênio Mohallem)

Uma análise do Censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita pelo Observatório Universitário indicou a correlação entre a profissão exercida e o curso superior realizado pelos profissionais. Enquanto 70% dos dentistas, 75% dos médicos e 84% dos enfermeiros trabalham na mesma área em que se formaram, apenas 10% dos economistas e biólogos e 1% dos geógrafos segue pelo mesmo caminho.

Exame atento de outras profissões ainda nos indicará que apenas um em cada quatro publicitários, um em cada três engenheiros e um em cada dois administradores faz carreira a partir do título que escolheu e perseguiu.

É evidente que faltam vagas no mercado de trabalho. O emprego formal acabou. Nas décadas de 1960 e 1970 o paradigma apontava como colocação dos sonhos um cargo no Banco do Brasil, na Petrobras ou em outra empresa pública. Nos anos de 1980 experimentamos o boom das multinacionais e empresas de consultoria e auditoria que recrutavam os universitários diretamente nos bancos escolares. Já na década de 1990 o domínio de um segundo idioma, da microinformática e a posse de um MBA eram garantia plena de uma posição de destaque. Contudo, nada disso se aplica hoje.

As grandes empresas têm diminuído o número de vagas disponíveis e são as pequenas companhias as provedoras do mercado de trabalho atual. Ainda assim, a oferta de trabalho é infinitamente inferior à demanda – e, paradoxalmente, muitas posições deixam de ser preenchidas devido à baixa qualificação dos candidatos.

Assim como todos os produtos e serviços concorrem pela preferência do consumidor, os profissionais também disputam as mesmas oportunidades. Engenheiros que gerenciam empresas, administradores que coordenam departamentos jurídicos, advogados que fazem estudos de viabilidade, economistas que se tornam gourmets. Uma autêntica dança das cadeiras que leva à insegurança os jovens em fase pré-vestibular.

Há quem defenda a tese de que adolescentes são muito imaturos para optar por uma determinada carreira. Isso me remete a reis e monarcas que com idade igual ou inferior ocupavam o trono de suas nações à frente de grandes responsabilidades, diante de uma expectativa de vida da ordem de apenas 30 anos...

O que falta aos nossos jovens é preparo. Um aparelhamento que deveria ser ministrado desde o ensino fundamental por meio de disciplinas e experiências alinhadas com a realidade, promovendo um aprendizado prazeroso e útil, despertando talentos e desenvolvendo competências. Um ensino capaz de inspirar e despertar vocações. Ensino possível, porém distante, graças à falta de infraestrutura das instituições, programas curriculares anacrônicos e, em especial, desqualificação dos professores.

Em vez disso, assistimos a estudantes com 17 anos de idade, 11 deles ou mais na escola, que às vésperas de ingressar no ensino superior sequer conseguem escolher entre psicologia e comunicação social, entre arquitetura e educação física, entre veterinária e direito.

A escola e a família devem propiciar ao aluno caminhos para o autoconhecimento e descoberta da própria personalidade e identidade. Fornecer informações qualificadas e estimular a reflexão, exercendo o mínimo de influência possível. Muitos são os que direcionam suas carreiras para atender às expectativas dos pais, aos apelos da mídia e da moda, à busca do status e do sucesso financeiro, em detrimento da autorrealização pessoal e profissional. E acabam por investir tempo e grandes somas de dinheiro numa formação que não trará retorno para si ou para a sociedade.

Orientação vocacional não se resume aos testes de aptidão e questionários. Envolve conhecer as diversas profissões na teoria e na prática. Permitir aos estudantes visitarem ambientes de trabalho e ouvirem relatos de profissionais sobre os objetivos, riscos, desafios e recompensas das diversas carreiras. Tomar contato com acertos e erros, pessoas bem sucedidas e que fracassaram. Provocar o interesse e, depois, a paixão por um ofício.

Precisamos voltar a perguntar aos nossos filhos: "O que você vai ser quando crescer?" A magia desta indagação é que dentro dela residem os sonhos e a capacidade de vislumbrar o futuro. Aliás, talvez também devamos colocar esta questão para nós mesmos, pais e educadores.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Coaching: o sonho de consumo de 10 entre 10 profissionais


Todo processo de coaching busca levar a pessoa do ponto A ao ponto B. A pessoa é instigada a traçar um plano de ação para que as mudanças de ordem comportamentais aconteçam.

Por Rubens Gustavo Gurevich, Administradores.com.br

Quem nos disse que crescer era fácil nos enganou, pois o crescimento pode ser mais difícil do que imaginamos. Para entender como nos desenvolvemos, vale a pena relembrar o conceito das fases da vida, que podemos dividir em 5 etapas: infância, adolescência, fase adulta, amadurecimento e terceira idade.
Na infância somos totalmente dependentes, o que muda radicalmente na adolescência, quando lutamos desesperadamente pela nossa independência.

Próximo aos 20 anos, entramos na fase adulta, onde o que nos motiva é a liberdade, o poder, o sucesso, a vontade de ganhar dinheiro. Nessa fase temos energia de sobra e na grande maioria das vezes é onde se inicia nossa vida profissional.

A primeira reflexão verdadeira ocorre aproximadamente aos 40 anos, na fase do amadurecimento, quando questionamos tudo: se a profissão que exercemos é mesmo a que nos realiza e nos completa, se estamos casados com a pessoa certa, se educamos bem nossos filhos, se fazemos as coisas que nos dão prazer... Enfim, se estamos conduzindo bem nossas vidas.

A resposta só virá na terceira idade, lá perto dos 65 anos, quando todos nós iremos pagar as contas de tudo que fizemos ao longo de nossas vidas, e que é apresentada em quatro áreas: como tratamos da nossa saúde (nosso corpo é o passaporte para o futuro), nossos relacionamentos (como nos relacionamos com nossos pais, cônjuges, filhos, amigos, colegas de trabalho, etc.), nossas finanças pessoais (como tratamos nossos recursos financeiros, nosso bolso) e nossa carreira (como gerenciamos nossa vida profissional).

Vale agora uma reflexão de como você está gerenciando essas quatro áreas da vida. Mas, vamos nos restringir a área Carreira, e para falar de vida profissional irei traçar um paralelo com o que existe de mais atual em processo de desenvolvimento: o coaching, o sonho de consumo de qualquer profissional.

Coaching é um processo que se dá por meio de um facilitador treinado, um Coach (técnico, em inglês), cujo objetivo é fazer com quem seu Coachee (pessoa que recebe o processo de coaching) alcance seus objetivos de desenvolvimento pessoais e profissionais, encontrando soluções para os seus problemas.

Todo processo de coaching busca levar a pessoa do ponto A ao ponto B. A pessoa é instigada a traçar um plano de ação para que as mudanças de ordem comportamentais aconteçam, ou seja, deve-se implementar no dia-a-dia novas atitudes, baseadas em como estou hoje e como irei agir no futuro.

Assim, é possível identificar quais competências é preciso desenvolver. Essas características são diagnosticadas de várias formas - como, por exemplo, por análise de perfil comportamental, auto-análise, etc. - sempre de comum acordo entre Coach e Coachee. Juntos, irão estabelecer o plano de ação para uma competência específica, que geralmente é a mais crítica, que deverá ser implementada no prazo de três meses.

A cada 15 dias, terão reuniões de ajustes do plano identificando possíveis correções para que o planejamento aconteça na prática. O sucesso dessa metodologia está mais que comprovada e as pessoas acabam por identificar e implementar novas atitudes em suas vidas, o que facilita exponencialmente o desenvolvimento profissional e até pessoal.

Entretanto, esse processo tem dois grande inconveniente. O alto custo envolvido, não é novidade que o processos de coaching são muito caros e elitistas, e a necessidade de tirar o colaborador do seu ambiente de trabalho, isto é, deslocamento físico do coachee até o local de trabalho do coach.

Portanto, hoje, esse processo está restrito ao topo da pirâmide nas empresas, que inclui somente o presidente e a alta gestão.

O desafio é permitir que essa metodologia possa ser utilizada por todos os colaboradores dentro de uma empresa, independente do seu porte, e não existiria outra forma de fazê-lo a não ser desenvolver o mesmo processo do coach presencial, porém de forma virtual, incluindo a realização do diagnóstico para identificar as competências a serem desenvolvidas, a elaboração do plano de ação, os ajuste quinzenais do planejamento e o mais importante, a facilidade de definir uma rede de avaliadores para cada participante que irão "acompanhar" a evolução de seus avaliados através de sessões de feedbacks eletrônicos e anônimos.

Está nascendo uma nova forma de coaching, chamada de e-coaching ou coaching digital, que certamente irá revolucionar a forma de como as pessoas irão se desenvolver, com inúmeras vantagens de custo e de facilidade na utilização, utilizando a internet como melhor aliada no processo de auto-desenvolvimento e de auto-gestão de qualquer pessoa.



Rubens Gustavo Gurevich é CEO da Your Life do Brasil (www.yourlife.com.br).

Adolescentes buscam coaching para decidir sobre qual profissão seguir


A orientação profissional está ficando no passado. O que os adolescentes buscam hoje, na hora de decidir sobre qual profissão seguir, é um coaching.

Por Camila F. de Mendonça, InfoMoney

"Para alguns, a escolha da carreira é uma carga enorme. Nesses casos, o coaching ajuda, pois faz o jovem refletir, descobrir suas características e potencialidades", afirma o presidente da Slac (Sociedade Latino Americana de Coaching), Sulivan França.

Segundo ele, o coaching está sendo cada vez mais utilizado por adolescentes. O chamado "coaching de carreira" pode ajudar os indecisos recém-saídos da escola a escolher a profissão.

Porém, a orientação não faz a tarefa desses jovens, que é escolher efetivamente o que querem estudar. "A decisão cabe exclusivamente a ele. Através de diversas técnicas e questionamentos, o coaching faz a pessoa buscar as respostas dentro de si", reflete França.

De acordo com ele, após o adolescente escolher a carreira, o coach passará a trabalhar com ele as próximas metas. "O estudante terá de elaborar um plano de estudos e até mesmo programar os períodos de lazer, tudo isso focando o sucesso no vestibular", finaliza.

E o que faz um coach?

O coach surgiu de uma necessidade das empresas de buscar outras técnicas que ajudassem seus colaboradores a se desenvolver. A ideia é acompanhar os profissionais a alcançarem um objetivo.

No início, o coch ajudava executivos a tornarem-se líderes. Mas a ideia saiu das altas hierarquias e alcançou diversos profissionais que buscavam ajuda para alcançar os objetivos profissionais

Para ajudar os profissionais, o coach faz um diagnóstico das competências e personalidades deles. Depois, ele analisa e interpreta os dados coletados no diagnóstico, com base nas responsabilidades da pessoa e nas estratégias do negócio, e ajuda com um feedback.

Os programas de coaching duram de seis meses a um ano e meio. Contudo, a frequência das conversas e a duração do atendimento variam de acordo com o profissional e com seus objetivos.

As análises devem levar a uma conclusão, que será concretizada em um plano de metas para o profissional.

COACHING PARA PROFISSIONAIS DO DIREITO


Você está satisfeito com a atividade que executa? E onde trabalha?
Entende que vai alcançar seus objetivos profissionais e pessoais?
Você crê que esteja preparado para encarar novos desafios?
Você quer mais tempo livre, sem estresse?

O coaching (treinamento) é amplamente difundido nos Estados Unidos e no Brasil. Apareceu como uma ferramenta para atender a necessidade do novo mercado de trabalho jurídico, cujos profissionais encontraram no coach (treinador), o parceiro ideal para alavancarem as respectivas carreiras e ao mesmo tempo alcançarem os seus objetivos profissionais e pessoais.

Por necessidade do novo mercado de trabalho e dos profissionais, surgiram os coachings voltados para o desenvolvimento pessoal, profissional e empresarial.

Até na área desportiva que, por exigência do mercado futebolístico, os clubes de futebol profissional implantaram a figura do treinador de goleiros. Nos dias de hoje, não adianta ter somente talento, é necessário ter um treinamento adequado. A figura do treinador de goleiros entra exatamente neste ponto, ou seja, de corrigir os defeitos, destacar as qualidades e proporcionar um treinamento adequado, para que o talento natural sobressaia.

Na esfera jurídica não é diferente, houve uma grande transformação no mercado de trabalho e no perfil do advogado no Brasil. Nos Estados Unidos centenas de web sites oferecem os serviços de coaching for lawyers. Dentre estes chamo a atenção para o de Daniel Roberts (www.coachingforlawyers.com/) e o de Phyllis Sisenwine (www.thelawyerscoach.com/).

Coaching para advogados

É uma ferramenta de desenvolvimento profissional, que se baseia no aumento da autoconsciência individual do profissional, através de um processo contínuo de parceria entre a pessoa treinada e o coach, que resulte em um progresso constante, no sentido de alcançar os objetivos profissionais e pessoais desejados.

Ultimamente, as empresas contratam coachs para seus executivos, a fim de melhorar os desenvolvimentos profissionais deste internamente. A contratação de um coach pessoal está crescendo entre os executivos que querem aprimorar-se profissionalmente e, conjuntamente atingir o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

O trabalho de coaching compreende: a avaliação do histórico da carreira profissional, a avaliação e situação no novo mercado de trabalho, a identificação das aspirações; a identificação das metas, a elaboração conjunta das estratégias, o apoio nas realizações, entre outras atividades. O trabalho de coaching pode ser focado em: resultado, orientação, consulta etc.

Coach

O coach não é headhunter ou especialista em recolocação profissional, mas sim um profissional, com experiência na seara jurídica, focado não somente nas disciplinas do direito, mas também, aquele sintonizado com as necessidades do contexto atual do novo mercado de trabalho jurídico. A função do coach é de torna-se um conselheiro de confiança do profissional do direito, auxiliando-o a alcançar os objetivos pessoais e profissionais.

Novo mercado de trabalho do advogado

O novo mercado de trabalho do advogado no país é competitivo e escasso. Inúmeros advogados desistem da carreira devido à falta de oportunidade ou por estarem frustrados como os resultados que vêem obtendo na carreia.

O reflexo disto é o número de candidatos em qualquer concurso público na área legal, e ainda, o aumento de cursos preparatórios para concursos. Com os escritórios de advocacia não é diferente quando precisam preencher uma vaga. Recebem centenas de currículos e na maioria das vezes não encontram o profissional desejado.

Todos os anos, as faculdades do país formam milhares de bacharéis em direito. Estes profissionais ingressam no mercado de trabalho sem ter a mínima noção de seus objetivos profissionais ou da profissão que escolheram.

No século passado, devido à escassez de advogado, estes eram valorizados. E cultivavam um formalismo empolado, falavam o “juridiquês”, que a maioria das pessoas não compreendia. Mas, o mercado de trabalho mudou.

Entender o mercado de trabalho atual, para os profissionais do direito é fundamental. Houve uma grande transformação no mercado de trabalho e no perfil do advogado. Não basta cursar uma faculdade de renome para ingressar no mercado de trabalho, é necessário algo mais. Ele deve estar em sintonia com as exigências do novo mercado de trabalho.

Muitas vezes, a escolha ramo de atividade jurídica é meramente casuísta, sem qualquer espécie de programação ou objetivo.

O ramo do direito proporciona uma diversidade de disciplinas, tais como, tributário, criminal, trabalhista, contratual, regulatório, etc. Escolher no início de carreira uma disciplina para trabalhar, praticamente a vida inteira, é muito complexo. É ainda mais difícil, após anos de atividade de atividade, querer migrar para disciplina.

Perfil profissional

Na busca da realização, é relevante para o profissional do direito saber escolher a área de atividade que irá exercer no mercado jurídico. Para isto, o profissional deverá ter conhecimento do seu perfil.

Na esfera jurídica existem diversos perfis de profissionais, que representam as habilidades dos profissionais, por exemplo:

a) profissionais com habilidade educacional (professores natos), vivem em ambiente acadêmico;
b) profissionais doutrinadores vivem no mundo acadêmico, mas não ministram aulas;
c) profissionais comunicativos e acessíveis, com extenso network, circulam no meio empresarial, como sócios ou associados, captam clientes para os escritórios;
d) profissionais que possuem habilidade em administrar, adaptam-se perfeitamente em departamento jurídico e ao ambiente empresarial, como gerentes ou diretores;
e) profissionais que escrevem muito bem, devido à criatividade jurídica que possuem, são eruditos e sempre buscam o mais conhecimento através de livros jurídicos, fazem seu trabalho com prazer, atuam em qualquer ramo do direito, mas se destacam como processualistas;
f) profissionais que possuem conhecimento generalista, transitam superficialmente quase todos os ramos do direito, mas sem se especializarem em algum ramo em especial.
g) profissionais que buscam o conhecimento jurídico através da internet (são conhecidos no mercado como os “ctrl c, ctrl v”);
h) profissionais que possuem habilidade em transitar em foros e tribunais, órgãos públicos entre outros, pois são conhecedores do formalismo exigido por tais órgãos;
i) Expressam-se muito bem em audiência, seja qual for à matéria que são submetidos;
f) entre outros.

Conclusão

Para ter empregabilidade, o advogado necessita modernizar-se, precisa estar em sintonia com as exigências do novo mercado de trabalho da advocacia brasileira.

Tendo em vista que o direito proporciona ao profissional, um vasto elenco de matérias jurídicas, o coach poderá auxiliá-lo a encontrar a disciplina que esteja em harmonia com sua personalidade pessoal e profissional.

Poderia citar inúmeros casos de advogados que não conseguiram alcançar seus objetivos profissionais e pessoais, por estarem trabalhando em áreas conflitantes ao seu perfil profissional e outros que atingiram seus objetivos ao acaso.

Contudo, para aquele que ainda não atingiu seu objetivo profissional, alguns ponto são de suma importante:

a) Refletir sobre a vida profissional;
b) Buscar a respectiva habilidade;
c) Ponderar sobre os defeitos e as qualidades profissionais;
d) Escolher o(s) ramo(s) do Direito que esteja em consenso com perfil profissional e pessoal;
e) Estar em sintonia com as necessidades deste novo mercado de trabalho jurídico;
f) Aperfeiçoar a competência;
g) Manter-se sempre atualizado;
h) Cuidar muito bem do network;
i) Aumentar a empregabilidade;
j) Aprimorar os aspectos de: liderança, criatividade facilidade de comunicação, energia empreendedora, habilidade de relacionamento, saber trabalhar em equipe, etc.

Como parceiro do advogado, o coach irá orientá-lo, no sentido de que este alcance os seus objetivos profissionais e pessoais.

Revista Advogados M&N - Edição 30


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Coaching ajuda profissionais a investir ou mudar de carreira


Muita gente coloca na lista de promessas de fim de ano conseguir um novo emprego, fazer um curso que deixou para trás em 2010 ou investir em outra carreira. E como o ano já começou, não tem mais jeito. A solução é colocar o que foi prometido em prática sem prorrogar ainda mais. Quem planeja mudanças na vida profissional para 2011 pode usar um serviço muito útil: o coaching.

O trabalho do coach (que em inglês significa treinador ou técnico) pode ajudar principlamente em mudanças no mercado de trabalho, como os cargos de liderança, que nos últimos anos passaram por mudanças profundas, segundo o consultor de Recursos Humanos Aguinaldo Neri. “Os líderes e gestores não são mais aquelas pessoas que só buscam resultados. Eles tem um papel muito importante no desenvolvimento dos funcionários. Podem educar como modelo, sendo um líder com princípios e valores, orientar no momento de analisar um trabalho, na definição de metas e planejamento, e na hora do feedback e do reconhecimento, ajudando o funcionário a ser uma pessoa melhor no ambiente de trabalho”.
A noção de carreira também está muito diferente, e o profissional tem se posicionado e escolhido em qual tempo e por quais caminhos vai conduzir a vida profissional. O consultor de RH Aguinaldo Neri explica que a busca de ajuda, como o coaching, tem crescido muito nos últimos anos por conta da rapidez das mudanças no mercado de trabalho, aumento do número de áreas e dos avanços tecnológicos.

Escolha de carreira gera dúvidas

O coaching é feito principalmente com pessoas que estão em cargos de chefia, mas o esse tipo de ajuda e orientação não é só para quem está já está no mercado de trabalho. Ele também pode ser feito com quem ainda está escolhendo qual carreira seguir, momento em que os jovens ficam com muitas dúvidas. O coach pode analisar os objetivos e metas de vida do jovem, qual o conceito de sucesso que se busca, entre outros itens que facilitam a escolha da profissão. O coaching também pode ajudar o profissional está passando por um período de estresse, no momento de uma promoção, transferência e situações de mudança de departamento ou de função. Para ter sucesso durante este processo, é interessante pedir ajuda a um especialista ou ao líder da empresa.

Coaching na aposentadoria

Outra etapa da carreira que está ganhando muitos adeptos do coaching é a aposentadoria, que é considerada pelos especialistas como mais uma etapa da vida profissional, e não o fim dela. Com o aumento da expectativa de vida, ela é mais um evento da carreira, como o primeiro emprego e promoções. Mas, de acordo com Aguinaldo Neri, não é fácil enfrentar essa fase sem um planejamento. “As pessoas estão aprendendo que é mais fácil entrar nesse longo rio de forma planejada. Eu ensino as pessoas a reiventar a própria vida. É gostoso perceber que aos 60, 70 anos, elas continuam ativas e produtivas”.

Workaholic na atualidade

Segundo o consultor em Recursos Humanos Aguinaldo Neri, os profissionais viciados no trabalho – conhecidos como workaholics - aprenderam que carreira é sinônimo de equilíbrio entre carreira e vida pessoal. Nos últimos anos, os exemplos de dificuldade com essa postura na vida profissional foram aparecendo. Atualmente, o líder ideal é aquele que dá exemplos de uma vida profissional equilibrada, com responsabilidades com o ambiente, familia, sociedade, espiritualidade, deixando de lado o foco apenas no trabalho.


Fonte: http://eptv.globo.com/campinas/educacao/NOT,1,1,329756,Coaching+ajuda+profissionais+a+investir+ou+mudar+de+carreira+.aspx

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sobrecarga de trabalho é o principal motivo de estresse entre as mulheres

As mulheres acreditam que precisam produzir mais para provar que são competentes, por isso, se estressam mais.

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As mulheres são mais sensíveis aos fatores externos e, talvez por isso, acabam assimilando mais os níveis de estresse. E, entre esses fatores, a dificuldade de lidar com a dupla jornada de trabalho é uma delas, mesmo que elas estejam mais adaptadas a isso hoje do que antes.

Pesquisa da ISMA-BR (International Stress Management Association) mostra que as mulheres estão sobrecarregadas de trabalho e esse fator é a causa do estresse, que atinge 94% delas.

“Como ainda existem diferenças entre os sexos no mercado de trabalho, as mulheres acreditam que precisam produzir mais para provar que são competentes, além de cumprirem uma dupla jornada de trabalho, que inclui afazeres domésticos”, explica a presidente da ISMA, Ana Maria Rossi.

O estresse das mulheres advêm, principalmente, pela diversidade de papéis delas. “As mulheres querem fazer tudo bem, querem cumprir todas as tarefas do dia a dia”, afirma Ana Maria. Mas nem sempre é possível.

Carreira incerta e reconhecimento

Se, entre as mulheres, a diversidade de papéis é a principal causa de estresse, entre os homens, é a incerteza de continuar ou não na empresa e suas chances de crescer profissionalmente. Esse fator gera preocupação em 91% deles.

Entre as mulheres, esse fator é a segunda causa que mais gera estresse e que acomete 83% delas. O motivo para que essa insegurança não apareça na primeira posição deve-se justamente ao fato de a mulher ainda não ter se consolidado no mercado em postos de liderança.

Para a presidente da institiuição, outro fator aumenta ainda mais o estresse das mulheres: a falta de reconhecimento. “Se a mulher que tem diversidade de papéis se sente satisfeita, ela tende a ter uma maior qualidade de vida”, afirma Ana. “Mas, se ela não for reconhecida, ela tem 60% mais chance de ficar doente”, considera.

Ana ressalta que conforme a mulher vai se sentindo mais reconhecida, ela automaticamente deixa de se preocupar com a questão da diversidade de papéis e passa a colocar a questão da incerteza profissional como o principal motivo de estresse.

Lidando com o estresse

O estudo da ISMA mostra que ainda que as mulheres sejam mais estressadas que os homens, elas conseguem lidar melhor com o estresse que eles. E exatamente por isso elas vivem mais e melhor. Um dos comportamentos que fazem a vida delas mais leve, apesar de todas as pressões no trabalho e fora dele, é a facilidade de elas falarem sobre o que sentem.

Falando, como explica Ana, elas passam a entender melhor suas emoções e passam a ter maior conscientização das suas condições físicas e emocionais. Com isso, nos primeiros sinais de estresse, elas buscam ajuda. Ter uma maior disciplina na prática regular de técnicas de relaxamento e cultivar crenças também ajudam as mulheres a viverem melhor.

Como destruir sua carreira: veja o que não fazer no ambiente de trabalho


Entender os passos que podem fazer você acabar com a sua carreira pode ser tão importante quanto as dicas dadas para obter sucesso no trabalho.

Infomoney

Você que está acostumado a ler matérias sobre "como acertar na carreira", "como subir de cargo" ou "as maneiras de se agradar ao chefe", fique tranquilo, você não está lendo nada errado.
No entanto, entender os passos que podem fazer você acabar com a sua carreira pode ser tão importante quanto as dicas dadas para obter sucesso no mundo corporativo.

Na avaliação do diretor da consultoria Portal Fox, Ricardo Piovan, a falta de excelência pode fazer com que o profissional cometa seguidos erros e acabe com as próprias chances de crescimento no trabalho.

Destruidor

Para se aprofundar ainda mais no universo das chamadas "carreiras capengas", Piovan enumerou cinco itens básicos capazes de acabar com qualquer histórico profissional. Confira abaixo cinco maneiras de acabar com sua vida profissional:

Ser um “reclamão” - Para conseguir uma estagnação completa no seu trabalho, seja aquela pessoa que vive reclamando de tudo na empresa, dizendo que o seu chefe não colabora, que a equipe é incompetente e que a organização não contribui de forma efetiva com o seu trabalho. A "dica" é também reclamar do cliente, aquele cara que paga o seu salário. O “reclamão” é aquela pessoa que vê defeito em tudo e não faz nada para mudar aquilo que ele reclama.

Não dar resultado para a empresa - Outra forma fantástica de ser esquecido em um canto da empresa é você ser um “passivo”, isto é, ser uma pessoa que apenas traz despesas para a empresa. Se as suas atividades não fazem a empresa gerar dinheiro ou economizar dinheiro, saiba que você está no caminho certo para o esquecimento completo.

Não ser um “resolvedor” de problemas - Para potencializar ainda mais a sua estagnação, não resolva nenhum problema, a menos que lhe solicitem, isto mesmo, fique na sua, se o seu radar detectar uma situação problemática, finja que não é com você e apenas se manifeste quando for solicitado. Ahh … reclame pelo problema ter aparecido.

Não buscar situação de aprendizado - Este é um dos pontos mais importantes para que você fique paralisado anos na sua carreira. Não leia livros, não assista palestras e em hipótese alguma faça treinamentos. Continue fazendo as coisas sempre do mesmo jeito. Por favor, não procure fazer mais rápido, mais barato ou com mais qualidade as suas atividades.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Entre parentes: como lidar com o relacionamento em uma empresa familiar?


De acordo com especialista, profissionalismo pode evitar que ambientes profissional e doméstico se misturem.


Como evitar que o ambiente de uma empresa familiar se misture com as preocupações de casa? Para o diretor da MQS Consultoria e Treinamento Empresarial, Paulo Queija, a ausência de regras e a falta de definição dos papéis são dois dos principais fatores que podem prejudicar os resultados e até mesmo comprometer o sucesso dos negócios entre parentes.

"Algumas famílias acabam estremecidas e relacionamentos são rompidos por esta mistura. Algumas vão à falência. Portanto, o que é da empresa deve-se discutir na empresa e o que é da família, só em casa", afirma o especialista em gestão empresarial, Paulo Queija.

Percalços

O especialista sustenta que os problemas ocorridos no ambiente de trabalho não podem ser levados para uma pessoa de casa que não participe dos negócios da família. Esse membro pode se tornar uma espécie de confidente.

"Isso não pode acontecer. É preciso estabelecer regras, definindo quais os papéis que devem ser exercidos por cada familiar dentro de uma hierarquia pré-estabelecida", ressalta Queija. Outra situação corriqueira em pequenas empresas familiares diz respeito à atuação dos profissionais.

"Quando o desempenho de um familiar não é o esperado ou fica problemático, ele acaba sendo mantido na empresa, justamente por conta do grau de parentesco. Mas aqui vai uma dica: se o administrador não puder ter independência nas ações por ter familiares na empresa, deve pensar bem antes de contratá-los. Essa ajudinha pode custar muito caro", explica o especialista.

Processos

De acordo com Queija, a profissionalização tem por finalidade evitar ou acabar com qualquer tipo de problema que chegue a esse nível. Soma-se a esse item a disciplina, o que fará com que todos se tratem como colegas de trabalho.

Para atingir o objetivo da profissionalização, entretanto, são necessárias táticas como a inserção de práticas administrativas mais racionais e personificadas, a integração da equipe e, em especial, o formato de contratação, que deve deixar de privilegiar parentes.

"Procurar uma consultoria externa que auxilie neste processo de mudança de gestão pode facilitar e até mesmo encurtar o caminho para a profissionalização do negócio, é um caminho", conclui Queija.

Montei minha empresa na faculdade: conheça algumas histórias de sucesso


Com poucos recursos, muito talento e uma imensa vontade de acertar, jovens universitários transformaram boas ideias em excelentes negócios. Confira a matéria completa que saiu na revista Administradores nº 0.

Por Fábio Bandeira de Mello, Revista Administradores

Romero Rodrigues cursava Engenharia Elétrica na Poli USP quando, junto com seus colegas, pensou em uma idéia que mais tarde revolucionaria o comércio eletrônico brasileiro. "Tudo começou quando um dos meus amigos (hoje sócio), Rodrigo Borges, procurava na Internet um modelo de impressora para comprar. Depois de pesquisar bastante, ele não encontrou nada sobre preço ou especificações técnicas.

Concluímos que era uma oportunidade a ser explorada e tivemos a ideia de criar um negócio que pudesse solucionar esse problema".

Com começo difícil, o grupo de estudantes retirava do próprio bolso 100 reais ao mês, cada um, para cobrir os custos de manutenção. "No início, tivemos dificuldades na aceitação do conceito da empresa. Os varejistas não tinham tanto interesse em abrir seus preços para serem comparados na internet. No entanto, revertemos essa situação na medida em que melhoramos nossa audiência, e nos transformamos na porta de entrada do comércio eletrônico no Brasil".

O jovem estudante de Engenharia tornou-se, hoje, o presidente do grupo BuscaPé, site referência na comparação de preços de produtos pela internet, com nove empresas acopladas e atuante na cadeia de varejo em mais de 20 países.

Empreendedorismo entre gerações

Outro empresário que começou cedo sua aventura no mundo dos negócios foi Bruno Tomasi. Aos 23 anos, Bruno soube enxergar na fábrica de peças e acessórios de metal para banheiras do avô, uma oportunidade de expansão para os negócios de decoração em lavabos e banheiros. Hoje, com 28 anos, é dono da Doka Bath Works, referência quando se trata em decoração de banheiros de luxo. Os produtos da Doka são exportados para os Estados Unidos e Europa e suas peças viraram tendência nos projetos mais ousados e charmosos dos principais arquitetos do mundo.

A vocação para empreendedor, aliada à formação em Administração de Empresas, possibilitou a Bruno Tomasi evoluir em seu negócio. "Apesar de alguns anos trabalhando em conjunto com meu pai e avô, sempre tomei decisões embasadas em pesquisas junto ao mercado, o que sempre me deu confiança para seguir minhas convicções, sair do mundo das ideias e realmente implementar projetos reais. Depois da Doka, já empreendi um outro negócio e tenho certeza de que não vou parar por aqui".

As possibilidades encontradas pelos dois empresários, Romero e Bruno, só aconteceram pelo fato de terem acreditado e investido em suas ideias. Uma das lições aprendidas por começarem um empreendimento tão cedo foi compreender que qualquer projeto demanda esforço e intenso trabalho por um longo período. Manter-se atento às tendências do mercado, e não se deixar desmotivar por algumas dificuldades foram outras regras. Bruno Tomasi destaca também que "muitas vezes, a falta de capital estanca o início do projeto, mas hoje existem diversos programas de incentivo às empresas, encontrados no BNDES e FINEP, por exemplo."

Incubadoras como parceiras

Outra forma de colaborar para a concretização de um projeto é através das Incubadoras de empresas. Elas estimulam a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas através de suporte técnico, gerencial e formação complementar para os empreendedores. Catarina Azevedo, coordenadora da Incubadora de Empresas da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, relata que enquanto 56% dos empreendimentos fecham as portas até o terceiro ano de vida, as empresas que são incubadas têm mais possibilidades de darem certo. "Por conta do suporte desse sistema, a taxa de mortalidade das empresas vinculadas às incubadoras no Brasil é menor que 20%."

Quem soube aproveitar essa colaboração, foi o empresário carioca Marcius Costa, que conseguiu tirar do papel sua idéia do Motofog, uma moto fumacê com o escapamento adaptado usada no combate de pragas agrícolas e vetores urbanos, como a dengue. Com a assistência da Incubadora da UVA, a empresa ganhou parceiros tecnológicos ligados ao Instituto Genesis na PUC- Rio e teve sua tecnologia patenteada no INPI. "A incubadora foi fundamental para ingressar no mercado. Ela ofereceu todo suporte que seria necessário com muito investimento e um canal de network que demoraríamos anos para adquirir", salienta Marcius.

Esse planejamento certo, fez com que a Fumajet, empresa do Marcius, já colhesse os frutos. Recentemente ela venceu o Desafio Brasil Intel 2010, competição entre empresas e empreendedores de inovação tecnológica que reuniu mais de 162 equipes de todas as regiões do país.

MAIS DO QUE EXEMPLOS

Veja a história de gigantes internacionais que também começaram no dormitório da universidade

Facebook

Surgiu como um site para que um grupo de colegas colocassem fotos e trocassem informações. Montado em um quarto da Universidade de Harvard, em 2004, pelo estudante Mark Zuckerberg, a rede social, hoje, conta com mais de 500 milhões de usuários e vale US$ 33 bilhões.

Dell Computers

Michael Dell, aos 19 anos, começou a vender os computadores que montava em seu dormitório na Universidade do Texas. Passou de um capital de US$ 1.000, em 1984, para faturar US$ 60 bilhões somente em 2010.

Google

Dois estudantes de doutorado de Ciência da Computação da Universidade de Stanford, Sergey Brin (23 anos) e Larry Page (24 anos), criaram um sistema de busca que, em 1998, foi chamado de Google. Hoje, a organização é considerada uma das principais empresas do mundo.

1. Analisar imparcialmente o potencial de mercado e o grau de inovação da sua ideia;

2. Apresentar uma proposta de negócio à Incubadora de Empresas;

3. Elaborar um bom plano de negócio do empreendimento que quer realizar;

4. Passar na apresentação da banca examinadora;

5. Participar do sistema de incubação aproveitando ao máximo os subsídios e oportunidades oferecidas.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Profissionais "Ronaldo": saiba como a saída deles impacta no ambiente de trabalho

O desligamento das estrelas da casa, sem os cuidados especiais, pode impactar na motivação dos colegas e no clima da empresa.

Por Karla Santana Mamona, InfoMoney

Na última segunda-feira (14), o jogador Ronaldo Nazário anunciou a sua aposentadoria dos campos de futebol. O esportista, apelidado de “Fenômeno”, é considerado uma referência para os outros esportistas.
Não é só nos gramados que situações como esta ocorrem. No mundo corporativo, também é comum a saída de profissionais de alta performance. Entre os motivos que levam ao desligamento com a empresa, estão a oportunidade de trabalhar em outro projeto e a aposentadoria.

No entanto, a saída destes profissionais, sem os cuidados necessários por parte da empresa, pode impactar de maneira negativa no trabalho da equipe. De acordo com o sócio-diretor da Alliance Coaching, Silvio Celestino, a motivação das pessoas que trabalhavam com estas “estrelas” é afetada.

“Muitas pessoas são motivadas porque trabalham com profissionais que são referência no mercado. Os profissionais querem aprender com eles. A saída impacta no clima organizacional”, diz.

Imagem da empresa

Já a diretora-executiva da Ricardo Xavier Recursos Humanos, Izabel de Almeida, diz que pode haver reflexo na imagem da própria empresa, prejudicando seus negócios.

"Estes profissionais são naturalmente diferenciados. Eles são convidados para atuar nas empresas. Trazem estímulo para os outros. Se a empresa não consegue ler os sinais que indicam a saída, ela certamente terá uma surpresa”, acrescenta.

Ela declara ainda que a falta de preparo das companhias em receber estes profissionais também pode ocasionar ciúme e inveja aos outros colegas, já que algumas empresas oferecem remunerações superiores, regalias e bônus maiores na comparação com os outros profissionais.

Para Celestino, a solução é desenvolver as pessoas que trabalham com estes profissionais, por meio do conhecimento, com o objetivo de torná-las referências no futuro. “Geralmente, os grandes profissionais são aqueles que já trabalharam com os melhores. É importante mostrar que a empresa valoriza o passado, mas pensa no futuro”, finaliza.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Como ser um profissional exemplar fazendo mais em menos tempo

Foco, disciplina e planejamento são essenciais para evitar o acúmulo de trabalhos sobre a mesa.

Por Camila F. de Mendonça, InfoMoney

Tem dias em que a lista de pendências só parece aumentar. E por mais que você se atente a ela, mais tarefas surgem e o que parecia ser para amanhã era para ontem. A falta de organização no trabalho não só prejudica o desempenho do profissional, como aumenta o estresse, a ansiedade e piora a qualidade de vida. Afinal, quem nunca ficou além do horário tentando terminar aquela tarefa que não conseguiu fazer ao longo do dia?

A nova dinâmica do mercado de trabalho, que exige cada vez mais profissionais multitarefas distribuídos em equipes cada vez menores, muitas vezes não acompanha a dinâmica dos próprios colaboradores. Nesse cenário, o excesso de pendências é consequência direta do volume de trabalho ou da falta de organização dos profissionais.

Independentemente do motivo, dá para organizar as pendências sem pirar e sem ficar fazendo horas e mais horas extras. Basta se habituar a uma estratégia de planejamento. “As pendências vão surgindo de acordo com a falta desse planejamento”, avalia a consultora da Triad PS, consultoria especializada em tempo e produtividade, Valeria Nakamura. “Só existe uma solução: disciplina e método”, completa o diretor regional São Paulo da De Bernt Entschev, Julio Bonrruquer.

Relacionando as pendências

Quem costuma ter muitas pendências já deve ter feito isso: listá-las. E, como muitos devem ter percebido, a simples listagem das tarefas a fazer pode não dar muito certo. “A lista de pendências é o primeiro passo para você se enrolar ainda mais”, acredita o gerente de Projetos em Desenvolvimento de Pessoas do Idort-SP, Danilo Afonso.

Colocar uma pendência atrás da outra pode ser eficaz para mostrar ao profissional a quantidade do trabalho a fazer. E o tamanho da lista pode fazer os profissionais ficarem desesperados em demasia ou relaxarem ainda mais. A grande questão no método mais simples de organização não é a quantidade, mas a qualidade e tempo de duração das tarefas. “Para planejar, você deve perceber o que pode ficar para depois”, afirma Bonrruquer.

No planejamento, é preciso, sim, listar, mas definindo prioridades. “Quando você coloca no papel, você sabe o tamanho do problema e fica mais fácil”, diz Bonrruquer. “Mas é preciso classificar as tarefas, até para diminuir a ansiedade do profissional”, ressalta. O especialista recomenda aos colaboradores registrarem na lista as tarefas que são urgentes, as que são indiferentes e aquelas que não têm prazo para serem entregues.

Para além da priorização, Valeria acredita que é preciso definir um planejamento semanal das atividades, com tempo de início e término. Para ela, ficar atento ao e-mail de cinco em cinco minutos, tanto o pessoal como o corporativo, demorar excessivamente ao tomar café e resolver problemas pessoais durante o horário de trabalho diminuem significativamente o tempo ativo do profissional. “Perdemos mais tempo nessas pequenas coisas”, afirma. E quando se lista as tarefas com tempo pré-determinado fica mais fácil saber em que ponto estamos gastando tempo demais.

Evidente que a especialista considera importante reservar um momento do dia para resolver pendências pessoais, uma vez que os profissionais passam a maior parte do seu tempo dentro da empresa. Além disso, deixar de resolver alguns problemas podem aumentar a ansiedade e o estresse. Resultado: ainda que o profissional não se atente aos seus problemas durante o trabalho, ele não conseguirá ficar focado o suficiente para produzir bem. Tudo deve ser bem dosado.

Afonso utiliza um método um pouco diferente da lista de pendências. Para ele, dividir uma planilha em quatro quadrantes ajuda a visualizar melhor o que deve ser feito agora e o que pode ser feito depois, sem pressa. No primeiro quadrante, lista-se as pendências que são urgentes e importantes. “Essas têm de ser resolvidas na hora”, enfatiza.

No segundo quadrante ficam as tarefas que são urgentes, mas não são importantes. “E por que não resolver em segundo lugar as que são importantes? Porque as urgentes não permitem que pensemos. É preciso tirar as pendências urgentes da frente, porque senão elas ficam martelando na nossa cabeça”, explica o especialista.

Depois de resolver as pendências urgentes, mas não importantes, você terá mais tempo para pensar em como tirar da lista as tarefas importantes e não urgentes. Nessa hora, atenta Afonso, é preciso ponderar, pois corre-se o risco de o profissional ficar apenas no segundo passo, o de resolver as tarefas urgentes.

“Nesse estágio, é preciso não perder de vista o que é importante”, enfatiza. Por último, no quarto quadrante da planilha, coloque as tarefas que não são urgentes nem importantes. “Acumulamos pendências porque, no dia a dia, resolvemos essas tarefas primeiro”, explica.

De olho no SEU trabalho

Manter o foco e o planejamento certamente fará o profissional não se perder no meio de tanto trabalho. E, embora os métodos indicados pelos especialistas ouvidos sejam consolidados, eles podem variar de acordo com o próprio perfil do profissional. Antes disso, porém, é importante que cada um fique atento ao que de fato lhe compete fazer. “Será que as tarefas que estão comigo são realmente minhas?”, questiona Afonso.

“É importante que ao fazer esse planejamento os profissionais tenham um propósito, adotem uma metodologia e se disciplinem”, afirma Valeria, da Triad PS. “Essa mudança não é fácil, mas a partir do momento em que você se organiza, você demora de três a quatro semanas para sanar as pendências”, explica.

Para Bonrruquer, da De Bernt, adotar um planejamento é uma questão de hábito, que deve ser internalizado. “O importante é resolver no seu tempo”, afirma. Ter clareza no que se tem de fazer e na relevância dessas atividades é outro fator importante nesse planejamento, na avaliação de Afonso. “Que ele saiba o que é urgente e urgente para quem. Temos de aprender a dizer não e a negociar, quando for preciso. E entender que não dá para fazer tudo ao mesmo tempo porque nem tudo tem o mesmo grau de importância”.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Você: o grande diferencial do seu currículo

Ter no currículo um MBA em uma instituição de renome pode até ajudar. Isso, no entanto, está longe de ser fundamental em uma seleção, afirma consultora.

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Ter um curso de MBA (Master Business Administration) no currículo já não é garantia de diferencial no mercado brasileiro. Embora não exista um levantamento preciso de quantas especializações do tipo existem no Brasil, já que os cursos se enquadram na categoria de pós-graduação lato senso e, consequentemente, não são avaliados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do MEC (Ministério da Educação), a estimativa da Associação Nacional de MBA é que existam mais de nove mil cursos. Poucas escolas, no entanto, desfrutam de renome no mercado e as que têm esse reconhecimento costumam praticar preços mais elevados – superiores a R$ 20 mil.

Então, optar por um curso mais barato significa algum tipo de exclusão no mercado, certo? A resposta é não, mas também é sim. A consultora da DDI Consultores do Brasil, Priscila Giglio, ressalta que algumas escolas realmente têm um conceito melhor entre recrutadores, empresários e executivos, mas o que tem mais peso na análise de um profissional, efetivamente, é o equilíbrio entre vários fatores. "Percebemos que as empresas avaliam um conjunto entre a experiência, aptidões, habilidades e o que efetivamente foi assimilado do curso realizado", explica.

Fabiana Nakazone, gerente da DM Recrutamento, Seleção e Desenvolvimento de Executivos, concorda. A consultora lembra que muitas vezes um curso pouco renomado de graduação pode ser sucedido de outro MBA reconhecido ou vice-versa. Por isso, na avaliação da profissional, uma marca reconhecida da instituição onde o curso foi realizado potencializa o currículo de um candidato, mas está longe de ser fundamental em uma seleção. "O ideal mesmo é uma formação sólida, independentemente da instituição escolhida. O profissional precisa mostrar a aplicação prática de seus conhecimentos, como se envolveu com o aprendizado, que tipo de experiência agregou a ele, e é isso que terá o maior peso em sua avaliação", analisa.

Escolha

Atualmente, não é difícil encontrar diversas modalidades de cursos de especialização e MBAs mais acessíveis e, entre elas, estão cursos online, presenciais, mistos, apenas aos finais de semana, de um a dois anos, intensivos e com ou sem avaliações periódicas. O MBA, sigla derivada dos Estados Unidos, é um especialista em administração de negócios, portanto, está sob a esfera desta opção as áreas de marketing, finanças, RH (Recursos Humanos), contabilidade, projetos, entre outras ciências ligadas à gestão. Trata-se, portanto, de um curso de especialização como qualquer outro, mas voltado para a administração.

Priscila Giglio, da DDI, analisa que mais importante do que a própria escolha da instituição na hora de cursar um MBA é que o profissional que busca determinada especialização tenha os seus objetivos bastante claros. "É necessário que o aluno do curso saiba qual caminho ele pretende traçar, quais as metas a serem atingidas com o estudo e que tipo de informações são mais valiosas em sua realidade ou perspectiva profissional. Por isso, é importante se informar muito e avaliar com cautela a opção de fazer um MBA, e que tipo de instituição ou área seguir". A consultora acrescenta que muitas vezes os profissionais acabam optando pela especialização antes mesmo de frequentar cursos de inglês ou de contar com o amadurecimento necessário para absorver as aulas de forma adequada, e nestas situações, a marca da instituição valerá muito pouco no final.

Fabiana, da DMRH, explica que a valorização de algumas instituições no País se dá pelo fato de a média de seus profissionais saírem com bagagem de conhecimento superior e desempenho satisfatório no mercado, mas que esse diagnóstico não limita a inserção de profissionais vindos de instituições menos renomadas ou mais novas. "É claro que existe a percepção que cursos muito acessíveis não conseguem alcançar níveis de excelência, em função do alto custo demandado com bibliotecas, estrutura, quadro docente e material didático, mas não se deve generalizar. É possível que com ferramentas web se reduza custos e profissionais consigam absorver grande carga de conhecimento, mesmo em cursos mais acessíveis. Não é comum, mas cada caso merece uma análise detalhada", comenta a consultora.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Teletrabalho já é uma realidade


Em alguns países da Europa, como Itália, Portugal e Espanha, já existe legislação específica que regulamenta a atividade de teletrabalho.

Nos últimos meses, o Rio de Janeiro e várias outras cidades do Brasil e do mundo foram castigadas por catástrofes ambientais, de dilúvios a terremotos, que em nada ficam devendo aos relatados na Bíblia. Parece que não são coisa nova esses problemas. O que há de novo é que hoje, pelo menos nas empresas, podemos minimizar os seus efeitos com certa facilidade.

Empresas como a Nortel Networks, multinacional com mais de 95 mil funcionários, vem tornando realidade o teletrabalho – sistema pelo qual o funcionário não precisa ir até o escritório para realizar as suas tarefas.

Em alguns países da Europa, como Itália, Portugal e Espanha, já existe legislação específica que regulamenta a atividade de teletrabalho. No Brasil, ao contrário, a CTL ainda é restritiva ao teletrabalho e os empresários resistem em permitir que seus empregados trabalhem em casa, com medo de que eles aleguem "ficar à disposição da empresa 24h por dia".

Para resolver esse problema e incluir o Brasil no grupo dos países avançados com relação à gestão de pessoas e à produtividade ocupacional, a sociedade civil e os governos vêm buscando fórmulas de flexibilizar as práticas de trabalho à distância. O projeto de lei 3129/04, que trata do assunto, já passou pela Câmara dos Deputados e aguarda análise do Senado Federal, mas ainda é cedo para prever quando ele entrará em pauta.

Enquanto isso, empresas como o Citibank, por exemplo, buscam soluções intermediárias para estabelecer escritórios sem salas, disponibilizando estações de trabalho móveis que permitem ao funcionário trabalhar "de qualquer lugar", ou seja, em qualquer instalação da empresa.

A SOBRATT (Sociedade Brasileira de Teletrabalho) dá conta de que já existem no Brasil aproximadamente 10 milhões de teletrabalhadores, um número considerável e com forte tendência de crescimento em função das dificuldades de deslocamento cada vez mais presentes nos grandes (e pequenos) centros urbanos.

De olho nessa tendência, empresas como a Nasajon Sistemas, software-house carioca com foco em sistemas contábeis, vem disponibilizando ferramentas como o 'Conecta', que permite ao trabalhador operar o sistema de qualquer lugar, a partir de um computador ligado à Internet. O ganho de produtividade é enorme. Em muitos casos, além de não perder tempo com traslados, o funcionário também economiza recursos físicos, já que não exige espaço, mobiliário e nem equipamentos na sede da empresa.

Não é para todos, mas cada vez mais veremos pessoas trabalhando em notebooks, ou em pequenas salas espalhadas pela cidade, como se fossem "lan houses", para realizar as suas tarefas profissionais. Suites como o Google docs, que permite o compartilhamento de planilhas, textos e apresentações online, ou Salesforce, um ERP "sediado na nuvem" (como é chamada a web), permitem que o trabalhador esteja cada vez mais conectado independentemente da sua localização.

Isso tudo pode ser bom ou ruim – cada um tem um ponto de vista diferente –, mas que é uma tendência irreversível é um fato. E contra fatos, não há argumentos. Então, gostando ou não, prepare-se: o futuro não terá fronteiras para o trabalhador.



Claudio Nasajon - é Empresário, Presidente da Nasajon Sistemas, especialista em Estratégia e Inovação pela Wharton School of Business e Professor de Planejamento de Negócios da PUC-Rio (www.claudionasajon.com.br)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

5 dicas para não comprometer sua carreira nas redes sociais


É preciso organização, objetividade, foco e persistência.

Com a internet e as redes sociais, as pessoas estão cada vez mais conectadas, o que facilita o chamado networking, instrumento poderoso para abrir as portas do mercado de trabalho e do mundo dos negócios. No entanto, com a diversidade de ferramentas, o fantástico número de usuários e a tendência ao caos que a rede sugere, os profissionais têm dificuldades de administrar de forma eficiente e tirar proveito dos relacionamentos virtuais.

Afinal, como ganhar visibilidade e aparecer de forma diferenciada na rede social, quando todos se apresentam com clichês como motivado, inovador, dinâmico, focado em resultados? Como se conectar a pessoas certas e tornar produtivos esses relacionamentos? Como entrar em grupos sem se sentir ou ser considerado um "penetra" chato e indesejável?

A rede social tem uma lógica: o usuário aumenta o número de conexões com pessoas que realmente conhece ou com quem mantém algum tipo de relacionamento – e, a partir desses contatos, ele se conectará progressivamente a pessoas que não conhece no mundo físico. Ou seja, no networking virtual, o céu é o limite.

Mas, apesar desse caráter, digamos permissivo, da rede, o profissional precisa ter organização, objetividade, foco e persistência. Alguns conselhos:

Planeje sua entrada na rede social

Não caia na rede apenas porque todo mundo está lá. Defina objetivos, avalie as ferramentas, calibre a imagem e as mensagens que queira transmitir. Não convide desconhecidos apenas para alavancar sua rede. Procure se conectar a pessoas e grupos com os quais tenha interesses em comum.

Não confunda alhos com bugalhos

Todas as ferramentas contribuem para o networking, mas cada uma tem uma funcionalidade específica. Se você quiser apresentar seu currículo, procurar contatos em sua área, prospectar negócios ou participar de discussões profissionais de seu interesse, o LinkedIn é a melhor ferramenta, pois tem um foco mais corporativo. O Facebook é mais democrático e serve para você compartilhar novidades, idéias, falar de sua vida, do jogo do domingo, de sua paixão por cachorros. Isso não quer dizer que a ferramenta deva ser descartada para relacionamento de caráter profissional, pelo contrário.

Vá além dos clichês

Procure, quando oportuno, mostrar suas experiências profissionais concretas, como projetos que liderou, resultados que obteve, desafios que superou. Compartilhe conhecimentos, pois essa é uma forma de você se diferenciar na rede.

Tenha bom senso

Não entre em grupos de discussões de temas que não o interessam, que você não domina ou com o qual não tem familiaridade. Você será visto como bobo, ingênuo e oportunista.

Tente trazer para o mundo real os relacionamentos virtuais

Aproveite oportunidades para conhecer pessoalmente pessoas com as quais mantém contatos virtuais – em eventos, congressos, feiras, festas corporativas, campeonatos ou happy hours, mas sem forçar a barra. Se você acha que albatroz, birdie e eagle só existem no mundo da ornitologia, não convide ninguém para jogar golfe.

Por fim, trabalhe as redes de forma sistemática e metódica, pois incursões eventuais não constroem relacionamentos.


Marcelo Mariaca - é presidente do conselho de sócios da Mariaca e professor da Brazilian Business School.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Saiba por que um em cada cinco alunos abandona o Ensino Superior no Brasil


Especialistas apontam falta de orientação no Ensino Médio, pouco conhecimento sobre carreiras e situação financeira como causas.

Falta de orientação no Ensino Médio, idealização de carreiras, problemas no nivelamento entre estudantes e dificuldades para lidar com os altos custos do ensino estão entre as principais causas para que um em cada cinco alunos tenha abandonado a faculdade em 2009, segundo dados do MEC (Ministério da Educação). A média de desistentes (21%) é inferior à registrada em 2008 (22%), mas ainda considerada muito alta, levando em conta o número de universitários que abandonaram seus cursos, que chegou a 896.455.

Os dados do Ministério não contemplam explicações sobre as causas do abandono, que atinge 24,5% do total de alunos das universidades privadas e 10,5% daqueles que estavam nas públicas. Para a coordenadora de Vestibular da Trevisan Escola de Negócios, Leticia Bechara, os números refletem um Ensino Médio voltado para o vestibular sem a devida apresentação das áreas, carreiras e assuntos profissionais. “A maioria das escolas esquece de focar na identificação de habilidades e possibilidades dos alunos, focando apenas na passagem para o Ensino Superior. Eles acabam escolhendo o curso sem muitos subsídios, e isso se reflete no abandono”, analisa.

O orientador vocacional Sílvio Duarte Bock corrobora o argumento de que as escolas não incentivam de forma adequada a reflexão sobre a escolha profissional, e acrescenta que a entrada maciça da classe C nos salas de aula do Ensino Superior também contribui para esse alto índice de evasão. “É um grupo que está 'encantado' com o acesso à universidade, e acaba optando pelo ingresso direto, sem avaliar as consequências, os valores e a projeção de futuro”, explica.

Visão errada

Bock, que é doutor em educação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), acrescenta que os veículos de comunicação também têm um papel preponderante na formação das ideias que os jovens têm sobre determinada carreira ou profissão e, às vezes, contribuem para escolhas equivocadas. “Desde que nascem, as pessoas formam uma imagem a respeito das profissões, que não são falsas, mas são imagens supervalorizadas, idealizadas. É bom lembrar que ninguém pensa a profissão de forma abstrata, mas normalmente conhece um profissional e gostaria de ter a vida e o poder que ele tem. Isso não é errado, mas é preciso mostrar todo o contexto da carreira”, aponta o orientador.

Letícia, da Trevisan Escola de Negócios, lembra que há cursos como Relações Internacionais e Gastronomia que são a “bola da vez” e atraem cada vez mais alunos, mas boa parte deles sequer conhece o cotidiano e o mercado dos respectivos profissionais. Com isso, muitos buscam as graduações pelo deslumbramento.

“Poucos sabem qual o campo de atuação de um profissional de Relações Internacionais, por exemplo. Seria muito difícil apresentar as mais de 200 graduações que existem hoje, mas é preciso dar maior atenção para a escolha, já que muitas vezes ela ocorre com jovens de idade entre 17 e 18 anos”, explica.

Evasão e prejuízo

O saldo do abandono de alunos passa de bancos universitários vazios ou mão de obra menos capacitada no mercado. As perdas financeiras com os quase 900 mil estudantes que abandonaram o curso em 2009 passam de R$ 9 bilhões, segundo cálculo do pesquisador do Instituto Lobo para o Desenvolvimento da Educação, Ciência e Tecnologia, Oscar Hipólito. Os dados são do próprio Censo do Ensino Superior divulgado pelo Ministério da Educação, levando em conta o custo de R$ 15 mil ao ano com alunos na rede pública e R$ 9 mil ao ano nas instituições privadas.

Hipólito, que também é ex-diretor do Instituto de Física do Campus São Carlos da USP (Universidade de São Paulo), lembra que esse valor, ainda que alto, é subestimado. “Estamos levando em conta os gastos com infraestrutura, prédios, material de ensino, biblioteca e custeio de salários que são fixos, independentemente do número de alunos em sala de aula. Se colocarmos o preço da mão de obra que deixa de ser capacitada, e os recursos que deixarão de ser empregados em transporte, alimentação e itens de consumo, o valor sobe, e muito”, aposta.

Segundo o estudo realizado por Hipólito, apenas 47,2% dos estudantes se formam após quatro anos de curso. Significa que mais da metade dos alunos demora, cinco, seis ou mais anos para concluir a graduação. Outro dado preocupante da pesquisa é que, apesar da redução de 1% no número de desistentes entre 2008 e 2009, a taxa de matrículas que tinha crescido 14,8% em 2002, só cresceu 0,7% em 2009.

Solução

Hipólito critica a falta de ações do poder público e defende uma radical mudança na política de educação do País. “É necessário acompanhar o aluno desde o início, oferecer créditos educativos muito mais flexíveis que os existentes, apostar na capacitação e no desenvolvimento humano para colher os frutos nas próximas décadas”. O professor lembra ainda que o País conta um grande deficit no desenvolvimento de tecnologia e profissionais de pesquisa, fruto da falta de investimentos na formação de profissionais, além de mestres e doutores.

Já Bock acredita que as escolas podem orientar mais e melhor, e consequentemente melhorar esse cenário de vagas ociosas. “Penso que pode se dar uma atenção maior à análise de habilidades dos estudantes. Não basta fazer feiras de profissões ou palestras, é necessário deslocar um pouco o foco do vestibular e Enem para as necessidades individuais”, ressalta, lembrando que o Exame Nacional de Ensino Médio virou termômetro de qualidade para a maioria das escolas, distorcendo o real papel das instituições de ensino. O alto índice de evasão no Ensino Superior atrapalha também o já atrasado desempenho do Brasil na busca para atingir as metas do Plano Nacional de Educação – cuja ideia era alcançar 30% da população entre 18 e 24 anos no Ensino Superior até 2010. O indicador ainda não chega aos 13% atualmente.

(Infomoney)