A capacidade de visualização é uma das características mais marcantes de gente que faz, e ela é fruto das operações mentais realizadas para cumprir um propósito... Cada pessoa tem uma forma única de fazer associações e decidir como enfrentar um problema. Isso depende de fatores como a carga genética, as influências recebidas na infância e na adolescência, e dos modelos de referência com os quais a pessoa teve contato ao longo da vida...
Visualizar não é criar um cenário ideal, descolado da realidade. Ao contrário: é a capacidade de levar em conta as condições reais para alcançar uma meta. Daí a importância de, antes de tudo, conhecer os próprios limites e os verdadeiros potenciais.
Neurologicamente, nossa mente tem as propriedades de um músculo. Quando é treinada, ela se desenvolve. Se não é treinada, atrofia. Então, quanto mais você faz associações, quanto mais estabelece conexões, mais fácil é estabelecer novas conexões...
O segredo da visualização é estabelecer a medida apropriada para um projeto. Quem diz que pretende comprar um apartamento de determinado valor daqui a cinco anos, mas no momento não dispõe de patrimônio algum e não consegue guardar nada por mês, está se iludindo. As contas não fecham, obviamente. Aí a pessoa passa a contar com o improvável, como ganhar na loteria ou receber uma herança inesperada. Não funciona.
Só funciona quando você estabelece um planejamento detalhado para que o objetivo seja alcançado; a partir disso, se percebe que é possível, sim, chegar onde se pretende. Basta planejar e começar efetivamente a agir.
(Luiz Fernando Garcia – Gente que faz – Ed. Gente)
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