quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A arte de vencermos a nós mesmos


“O maior guerreiro é aquele que vence a si mesmo”. Essa frase é do estrategista e mestre chinês do século quatro antes de Cristo, Sun Tzu. Ele escreveu o clássico ‘Arte da Guerra’.

Para vencer a si mesmo é preciso despertar o estrategista que há dentro de nós, mantendo o equilíbrio entre o corpo, a mente e a consciência.

A estratégia para conseguir esta harmonia é bem simples: vivencie plenamente o presente. Esteja alerto, porém relaxado.

O estrategista sabe que soldados de uma tropa não podem tomar decisões de comando por conta própria, eles apenas obedecem às ordens da nação para execução plena da estratégia.

Os generais e altos oficiais, coordenados pelo estrategista, representam nossa mente. É a intuição coordenando e unida à razão.

Quando nos deparamos com um defeito a ser vencido, devem agir de cima pra baixo. Tal como dizem os sábios chineses: ‘não se varre uma escada de baixo para cima’.

Diante de um obstáculo, mantenha o equilíbrio, conheça seus impulsos, mantenha sua mente serena e faça com que ela se ajuste aos desafios do caminho.

O general que faz suas tropas avançarem rápido de mais pode levá-las ao abismo. Se avançarem lento demais, perderão a oportunidade da vitória no tempo certo.

O mesmo pode acontecer com executivo e sua empresa. A estratégia possibilita dar passos na medida certa, mas pode ser arruinada por jogos ilusionistas do adversário.

Para evitar errar, podemos tomar decisões consultando nosso estrategista interno, nosso estado de consciência. Observar o não observado, compreender a forma através do vazio.

Ponderar, frear os esquemas dos nossos adversários não pela hostilidade, mas pela diplomacia. Como disse Confúcio: “Não se mata uma mosca com tiro de canhão”.

A sabedoria na arte de vencermos a nós mesmos é a ponderação e o bom senso em todos os instantes da vida.

Deixar de agir por impulsos do corpo e do stress precipitado, evitando cair no esquema engenhoso do nosso pior inimigo: nós mesmos.

Para mudarmos sempre para melhor, não basta levar nossas tropas de campo em campo, mas treiná-las melhor, assim como nossa mente.

Nem sempre se muda de instituição educacional para obter o melhor aprendizado. A mudança se faz em nossas configurações internas.

Uma boa receita de configurações estratégicas para vencer a si mesmo é: Adquira a autoconfiança através do autocontrole, e este através da autodisciplina.
(texto de Shidoshi Graziano Nardis)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Vencer significa se levantar a cada queda


Vencer significa se levantar a cada queda

Todos nós sentimos medo de vez em quando, isso é normal. “Sinta medo, mas faça o que deve ser feito”, diz o ditado. É isso mesmo. Uma maneira de superar esse medo é manter este pensamento sempre no fundo da mente: vencer não é nada mais do que se levantar a cada queda!

Deveríamos nos preocupar menos com a queda e mais com as chances que perdemos quando nem sequer tentamos. Afinal, muitas pessoas que entraram para a história da humanidade e são admiradas no mundo inteiro também falharam várias vezes. Quer exemplos? Então vamos lá:

- Albert Einstein não falava até os 4 anos de idade;

- o professor de música de Beethoven afirmou que como compositor ele era um caso perdido;

- Louis Pasteur foi considerado medíocre em química;

- Michael Jordan foi cortado do time de basquete quando estava no segundo ano do colégio!
Quer mais? então vamos citar eventos da vida de um homem que falhou muitas vezes, mas que continuou voltando a lutar. Veja se você consegue reconhecer de quem se trata. Ele:

- faliu nos negócios aos 22 anos; não se elegeu para a legislatura do Estado aos 23; faliu mais uma vez nos negócios aos 25; perdeu a mulher amada aos 26; não se elegeu para o cargo de orador aos 29; não se elegeu para o Congresso aos 34; foi eleito para o Congresso aos 37; perdeu a reeleição aos 39; não se elegeu para o Senado aos 46 e aos 49....

Esse homem foi ninguém menos do que Abraham Lincoln – eleito presidente dos Estados Unidos aos 51 anos de idade. Ele se levantou após cada queda e finalmente alcançou seu destino, ganhando o respeito e a admiração das pessoas e das nações.

(Texto de Sean Covey, do livro " Os 7 hábitos dos adolescente altamente eficazes")



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Apresentação pessoal é o que os jovens mais temem na dinâmica em grupo



Segundo pesquisa do Nube, eles ainda consideram difíceis ter boas ideas para o trabalho em equipe e ter de aceitar opiniões diferentes.

Infomoney

As palavras “dinâmica em grupo” assustam muitos profissionais, especialmente os mais jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Ter de ser apresentar a um grupo de desconhecidos e ser avaliado pelo entrevistador são o que os estagiários acham mais difícil nesta fase do processo seletivo.

Segundo um levantamento realizado pelo Nube (Núcleo Brasileiro de Estágios), a resposta foi indicada por 36,57% dos entrevistados. Outras respostas apontadas foram ter boas ideias para o trabalho em equipe (26,92%), aceitar opiniões contrárias (20,48%) e expor as atividades feitas em grupo (16%).
Apesar de muitos não gostarem, não há como fugir da dinâmica, já que ela é fundamental para que as empresas possam avaliar o comportamento do candidato. É o que explica a gerente de Treinamento do Nube, Carmem Alonso.
“Por meio de atividades lúdicas, que são paralelas à realidade corporativa, os recrutadores avaliam o comportamento dos candidatos. O importante é saber como a pessoa age em determinada situação e não qual resultado ela alcança”.
Além disso, a empresa aplica este tipo de análise para facilitar a escolha do profissional quando há muitos candidatos no processo de seleção e para manter um banco de currículos, que é necessário em caso de desistência do colaborador ou da não adaptação.
Prepare-se


A especialista explica que as dinâmicas são mais comuns para a escolha de estagiários, trainees, mas são aplicadas também em cargos de analistas e até uma coordenação júnior. Por isso, se você ainda está no início da carreira, é melhor se preparar, já que muitas dinâmicas ainda surgirão em seu caminho.

Segundo Carmem, não existe uma fórmula pronta para que o profissional se dê bem na avaliação em grupo, mas é possível seguir algumas orientações que podem ajudar.
A primeira delas é treinar em casa uma pequena apresentação, que contenha informações como nome, onde estudou, idade e qual tipo de experiência profissional ou pessoal, como trabalho voluntário ou trabalho da faculdade, se já teve. “Apresente-se para um parente que tenha um olhar crítico e que possa ajudar. Mesmo, se a atividade for diferente na dinâmica, como contar a história em formato de filme, o básico já está estruturado na cabeça”.
Treinar também ajudará a não ter as famosas gagueiras, que entregam o nervosismo e a ansiedade. Outra dica é que a pessoa fale entre a primeira metade do grupo, ou seja, se forem 10 pessoas, fale entre os cinco primeiros, assim a pressão de conhecer os concorrentes diminui e o candidato não perde o foco.
Quem acredita que o candidato que fala mais será o selecionado está enganado. O recrutador avalia se o comentário é apropriado, se contribui para a atividade e se o profissional respeita enquanto o outro fala. Além disso, são avaliados o uso do português de maneira correta, os vícios de linguagem e as gírias.
Informações do mercado


Para não ser pego de surpresa, é importante estar antenado com as notícias do mercado e da atualidade. Caso não esteja, se a atividade for em grupo, a dica é assumir que não tinha conhecimento sobre o tema, mas que pode aprender com a situação.

Além disso, o candidato deve evitar copiar o outro, por acreditar que esta pessoa está se destacando. “O profissional tem de ser verdadeiro, as máscaras são difíceis de segurar por muito tempo”.
A especialista indica que o candidato respeite a opinião de todos, mesmo sendo contrária a sua. Neste caso, vale citar que houve divergência, mas que procuraram uma solução para chegar ao objetivo. “Este é o candidato dos sonhos, que é focado no objetivo”.
Por fim, ela aconselha utilizar aquele momento para ampliar o networking, pois, como os colaboradores trabalham na mesma área, eles podem se encontrar em algum empresa ou até mesmo indicar uma oportunidade de emprego.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

E se Buda fosse coach?


Uma abordagem para o desenvolvimento do RH 500 a.C.

Por Flávio Ferrari

As idéias de Sidarta Gautama sobre o desenvolvimento profissional não poderiam ser mais atuais. Contemporâneo de Pitágoras, Gautama fez parte da primeira geração conhecida de homens que se dispuseram a explicar o mundo a partir da razão, construindo as bases da Filosofia. Não se interessava pelas questões metafísicas sobre as quais, considerava, só poderiam ser tecidas especulações.

Gautama concentrou seus esforços intelectuais na busca do "sentido da vida" buscando respostas para conceitos como felicidade, virtude e vida correta. Sendo de família considerada rica para a época, cedo compreendeu que o status, os privilégios e o luxo não garantiam a felicidade. Por outro lado, também acreditava que o ascetismo (abstinência e austeridade) era uma atitude pouco produtiva e insatisfatória.
Concluiu, então, que deveria haver um "caminho do meio" entre a autoindulgência e a automortificação, que poderia ser encontrado através da experiência e com o auxílio da razão.
Para resumir a essência de seu pensamento em um parágrafo, Buda (o "desperto" ou o "iluminado") considerava que o sofrimento era causado pela frustração de nossos desejos e expectativas (que ele chamou de "apegos"), cuja satisfação poderia trazer gratificação imediata, mas não o contentamento profundo e a paz de espírito. Pregava a busca do "desapego" para alcançar o "não eu", uma libertação da tirania do que hoje chamamos de "ego".

Ele propôs um caminho (dharma) para alcançar esse estado libertação (o nirvana) - o caminho óctuplo – representado graficamente, na maioria das vezes, como uma imagem semelhante ao timão de um navio, indicando as 8 principais atitudes para o desenvolvimento pessoal:
- a compreensão correta;
- a consciência (ou pensamento) correta;
- a ação correta;
- a intenção correta;
- o modo de vida correto;
- o esforço correto;
- a concentração correta;
- a fala correta.
Um bom coach moderno não faria recomendações diferentes.
O principal fundamento do trabalho de coach é levar o coachee (cliente) ao autoconhecimento, à compreensão do seu entorno e ao entendimento de como suas ações impactam os resultados, permitindo que encontre o caminho para seu desenvolvimento.
De maneira geral, as melhores práticas recomendam que o coach tome situações reais do cotidiano do coachee e o ajude a analisá-las com certo distanciamento:
- descrevendo a situação;
- revendo sua interpretação;
- reconhecendo suas emoções;
- identificando sua intenção;
- ressaltando sua atitude;
- pontuando suas ações e o seu discurso;
- observando as reações;
- orientando sua atenção;
- evidenciando os resultados.
O que se espera é que exercícios como esse permitam ao coachee desenvolver um modo de atuação consistente e compatível com os resultados pretendidos e, eventualmente, reavaliar suas pretensões.
Esse trabalho é feito prioritariamente no âmbito profissional, mas não deixa de considerar os objetivos e características pessoais do coachee, entendendo que o trabalho é parte integrante de sua vida.
Dois mil e quinhentos anos depois de Gautama haver proposto seu dharma, os coachs, mesmo que sem se dar conta, aplicam seus ensinamentos para despertar seus coachees.
(referencia bibliográfica: "O Livro da Filosofia", vários (trad. Ziegelmeir, R.), Ed. Globo – 2011)